Vivendo como a madrasta do vilão (01)

Capítulo 2 - Meu Pobre Menino Hir (1)

A primeira vítima da transformação de Lila foi seu enteado.

Ela começou a negligenciá-lo, a ponto de não lhe dar absolutamente nenhuma atenção como se ele nunca tivesse existido. Ela tinha um ataque de raiva por questões triviais e quase sempre o garotinho estava no final da recepção. Logo as coisas ficaram tão fora de controle, que ela baniu seu enteado, abandonando-o sem coração.

Pensando nisso, a mulher que segurava o livro em suas mãos se pegou pensando  : Meu pobre menino, Hir. Eu teria te tratado melhor se eu fosse Lila. Como ela podia ser tão cruel com um filho tão adorável?

Ela nunca pareceu gostar da primeira parte do romance, onde Hir deve encontrar uma maneira de sobreviver, crescer e se desenvolver sozinho, fora do conforto de sua casa; no entanto, ela sempre parecia se pegar relendo apenas para aprender mais sobre Hir como personagem.

Pode-se dizer que ela estava ligada ao personagem de Hir no romance, principalmente porque ela o achava relacionável e bastante semelhante a ela de muitas maneiras.

Mas por que ela estava ficando muito emotiva hoje? A mulher refletiu para si mesma, suas mãos folheando as páginas do romance enquanto o fazia. Eu quase quis jogar o livro no chão e incendiá-lo pela forma como Hir foi tratada!

Acontecimentos do passado vieram correndo em sua mente, lentamente enchendo sua cabeça com memórias sombrias, tentando engoli-la completamente quando de repente...

BIPE-BIPE !

O cronômetro do forno disparou repetidamente, tirando-a de seus devaneios.

O livro deveria se considerar sortudo por ela ter sido sacudida de seus pensamentos, ou teria se transformado em cinzas hoje!

"Está feito." O aroma rico e amanteigado das madeleines fresquinhas do forno, com um toque de chocolate quente tornou-se mais distinto à medida que ela se aproximava.

Parece que pode ter ficado melhor hoje

Ela se abaixou para dar uma olhada em seu trabalho. Eles subiram muito lindamente, pareciam tão macios e fofos. Eles eram de cor marrom dourada, assados ​​com perfeição. E o pó de cacau que ela polvilhava adicionava um tom suave e brilhante à superfície.

Tudo o que resta é revestir um lado com chocolate doce e derretido e suas madeleines estão completas.

Ela estava prestes a abrir o forno, quando uma série de batidas fortes sacudiu minha porta.

Bam! Bam!

Ela imediatamente soube quem era pelas batidas incessantes. Quem mais, senão a pessoa que contribuiu para o nascimento dela! O pai dela. Ela tentou evitar chamá-lo assim; mas não conseguia pensar em nenhum substituto.

Como ele descobriu onde estou?  Ela decidiu ignorá-lo. Ele continuou batendo na porta dela e, pelo que parecia, parecia bastante impaciente. Ele deve estar aqui por dinheiro.

BANG! BANG!

A mulher deixou o barulho irritante para trás e continuou a libertar suas madeleines da cela extremamente quente. A porta do forno está um pouco mais pesada do que o normal hoje—

ESTRONDO!

Fumaça preta saiu do forno junto com o som ensurdecedor de uma explosão. A cozinha estava nublada com a fumaça que tinha saído do forno. O ar estava tão poluído que o contorno das paredes da cozinha não podia mais ser visto. A fumaça parecia encher os pulmões da mulher quando ela acidentalmente respirou fundo. Seu corpo não aguentava mais o calor e a fumaça e o mundo ao seu redor parecia oscilar quando ela perdeu o equilíbrio e caiu no chão. A escuridão da fumaça cobriu seus olhos também.

Eu não conseguia ver nada...  Foi seu último pensamento antes de perder a consciência

*

A mulher lutou para recuperar a consciência. Ocorreu uma explosão...? Isso dói-

Sua visão parecia ter retornado. Embora um pouco embaçada, ela conseguia distinguir onde eu estava.

A dor foi sentida por todo o seu corpo, a ponto de ela não conseguir nem levantar um dedo. Ela queria gritar, mas parecia que até o ar que uma vez enchia seus pulmões a deixou...

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Com cada última gota de força, ela virou a cabeça para a porta da frente, procurando a pessoa que veio visitá-la. As chamas atingiram a porta, e um corpo caído e enegrecido podia ser visto caído no chão. Isso machuca muito

A casa inteira estava envolta em chamas e fumaça, um único item havia sobrevivido ao incêndio e estava em perfeitas condições, um livro que foi aberto recentemente.

*

Uma dor de cabeça excruciante se manifestou enquanto a mulher lutava para abrir os olhos. Parecia que ela tinha bebido com garrafas de álcool na noite passada, sem tomar nenhum analgésico para aliviar a ressaca que se aproximava. Sua cabeça parecia não aguentar mais ser uma peça.

Ela costumava pensar que a morte seria rápida e indolor, que terminaria tudo rapidamente, como uma flor sendo levada pelo vento. Parecia, porém, que a dor claramente continua até a vida após a morte, já que ela não sente nada além de agonia física desde quando abriu os olhos.