Capítulo 11: Sexta-feira parte 3

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Sasuke seguia apressado pelo corredor vazio do colégio

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Sasuke seguia apressado pelo corredor vazio do colégio. Seus paços eram rápidos, assim como as batidas de seu coração.

O líquido salgado banhava sua face, o nó entalado na garganta por prender o soluço desesperado pela liberdade. Seus corpo rígido, e a falha tentativa de aliviar toda sua frustração enquanto apertava a unha curta na palma da mão.

A imagem dos olhos azuis confusos. O brilho duvidoso e cauteloso, como se repasse tudo o que havia feita para causar tal decisão em Sasuke, aquele olhar que quebrou seu coração.

– O que você disse?

– Não podemos mais... Eu não posso mais, Naruto.”

Uma decisão precipitada.

Uma decisão tomada sobre o sentimento de medo. Medo de perder novamente alguém que amava. Medo de se aproximar e se permitir sentir...

Ah... Sentir.

A decisão tomada pelo tsunami de sentimentos que invadiram seu peito e sua mente naquele momento no banheiro, quando Naruto iria dizer aquelas palavras.

O medo da verdade por trás do calor que subiu por seu peito, do frio na barriga a cada momento que Naruto aparecia em seu campo de visão.

O medo de nomear o sentimento que nunca havia sentido verdadeiramente por ninguém em toda sua vida.

“– Porque está fazendo isso? – ele ainda segurava o braço de Sasuke. Impedindo que o moreno saísse do vestiário.

– Porque sim.

– Vai ter que ser mais convincente com sua resposta. – ele cruzou os braços, encarando o Uchiha.

– Eu... – engoliu em seco. – Tô cansado de ver você se jogar nas drogas.

– O que? Se te incomoda tanto podemos conversar... – tentou se aproximar, erguendo a mão na direção do moreno. – Posso parar de usar.

– Esse é o problema... Você não tem que fazer por mim e sim por você. Não posso me envolver com uma pessoa como você.”

Sasuke respirou fundo em busca do ar, a procura na tentativa falha em se acalmar. Se apoiou na parede, agarrando com força sua camisa por cima de seu peito.

A vontade subida de gritar rasgou sua garganta, fechando os olhos em seguida.

Doía.

Era um covarde por fugir do loiro, por jogar uma mentira, para o afastar, sendo que na verdade o queria o mais perto possível.

Procurou as chaves no bolso da calça, não conseguindo acertar o buraco da fechadura por conta das mãos trêmulas.

Quando a porta atrás de si se fechou, os joelhos de Sasuke cederam. E o soluço rasgou para fora de seu peito, queimando como brasa sua garganta.

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