Capítulo 12: Desculpa

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Sabe aquele momento em que palavras ferem mais que facas afiadas?

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Sabe aquele momento em que palavras ferem mais que facas afiadas?

Foi o que senti a cada palavra que escutei sair da boca de Sasuke. Ainda não sei descrever o que sinto por ele. Não posso dizer que o amo, mas também não posso dizer que não o quero.

Ele é especial. Tanto que ao ponto de ouvi-lo dizer que não quer que seu mundo perfeito desmorone por minha causa, me faz pensar o quão ruim estou sendo na vida dele.

Mas não devia ser uma novidade para mim. Assim como para meu pai, eu só trago decepções a aqueles que esperam mais.

Sorri em meio aos meus pensamentos, levando a mãos ao meu rosto e notando minha face banhada em lágrimas. Fechei meus olhos limpando com o dorso da mão, e o soluço rasgou minha garganta.

Por Deus, eu parecia uma menina de quinze anos sofrendo pelo garoto que a abandonou no baile.

Ouvindo apenas o som de alguma torneira mal fechada naquele banheiro mal limpo, com cheiro de cloro, e os rejuntes manchados, foi aí que percebi que ainda estava no mesmo lugar.

Parado de pé, olhando um ponto nada específico. Sem saber o que fazer, o que pensar. Apenas analisando cada passo que dei, cada atitude e em como tudo desaba de suas mãos de uma hora para outra e você não consegue controlar.

Suspirei. Caminhando até a torneira da pia. Molhei minhas mãos, escorregando em seguida sobre meus fios loiros, e encarando meu reflexo no espelho manchado.

Sasuke não é e não será o primeiro ou último a dizer palavras como aquelas. Mas será as últimas que me machucarão.

Assim que sai do vestiário, segui até meu dormitório, Kiba estava vestido e bem arrumado. Olhei meu amigo, erguendo uma sobrancelha em sua direção.

– Aonde você estava cara? - tirei a camisa e segui até a gaveta da cômoda, procurando uma troca de roupa. – Os meninos já devem estar chegando. Se arruma logo.

Ah, droga.

– Não me diz que se esqueceu? - acho que a cara de surpresa que encarei aquele cachorro pós petshop mostrou a ele o que realmente se passava na minha cabeça. – Droga Naruto. Você chama a gente pra' sair e quer furar?

– Não é isso.

– O que é então? Porque essa cara de largado mostra outra coisa. - ele sorriu e eu bufei.

– Só achei que fôssemos mais tarde, idiota. - soltei tacando minha cueca suja na cara dele.

– AH QUE NOJO CARA. - gritou. Jogando a cueca de volta em mim. – Meu Deus, ela tá cheirando porra. - gargalhei alto ligando a ducha do chuveiro. – Ah Naruto, você estava transando seu pervertido.

– Que espertinho você Kiba. - tirei a cabeça para fora, vendo o moreno fazendo careta. Ri e voltei ao meu banho assim que ouvimos baterem na porta do quarto.

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