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10/04/2017
19:57 PM.
Tokyo; Japão.

                               ×××

Após uma enorme viagem da Inglaterra à Tokyo, aqui estou eu.

Só o caco.

Aqui está escuro. Olho em meu relógio duplo, que me mostra os dois fuso horários, tanto da Inglaterra, quanto o do Japão.

Era agora, 19h 57min.

Desembarco.

Não precisaria ligar para a meus pais, eles já estavam bem ali.

Assim que me vê, minha mãe vem em minha direção. Solto as bolsas para que ela possa me abraçar.

—— Filha! -- diz ao me abraçar. -- Você não imagina o tanto da saudades que sentimos! -- ri.

—— Também morri de saudades de vocês..! -- nos soltamos.

Vejo meu pai se aproximar, e o abraço.

—— Minha garotinha já cresceu, se eu te colocar no colo é capaz de trincar a coluna. -- ele diz, me fazendo rir.

—— Também senti sua falta, pai. -- digo com tom brincalhão.

—— Ocorreu tudo certo durante a viagem? -- ele pergunta.

Pegando minhas bolsas e começando a andar, igualmente da minha mãe.

—— Sim, sim. O vôo foi tranquilo, só muito cansativo. -- caminho atrás dos dois.

—— E a Diana, querida? -- minha mãe pergunta. -- Ela virá nos visitar algum dia?

—— Não sei mãe, fiz o convite, mas ela não decidiu ainda se viria.

Minha mãe concordou em silêncio, e fomos em direção ao carro, que estava no estacionamento.

O vento balança com violência as minhas vestimentas assim que atravessamos a porta automática do aeroporto.

Ajudo o meu pai a pôr as malas no porta malas, e entro em seu carro.

E quando os dois já se encontram dentro também, lembro de uma coisa.

—— Ei! Que surpresa é essa que disseram que teriam para mim?

Meus pais se encaram, e me olham.

—— Só mostraremos amanhã, agora está meio tarde. -- ela responde.

Concordo. Retiro meu celular da minha bolsa, e vejo que a bateria está quase acabando. Quando chegarmos em casa, colocarei para carregar e avisarei a Diana que cheguei inteira aqui.

—— Você quer jantar em um restaurante, ou prefere pedir em casa? -- minha mãe pergunta.

—— O que for melhor... -- deitei minha cabeça no encosto do banco, e senti meus olhos pesarem.

Quando "acordei", já estávamos em casa. Minha mãe me balançava e entendi quer ela já estava me chamando a algum tempo.

—— Pediremos comida, tá? -- ela diz.

Eu não raciocinava muito quando acordava, então só fiz que sim com a cabeça.

Meu pai tirava as malas do carro, o resto, na verdade.

Eu senti uma falta daqui, até da vizinhança. Meus pais sempre preferiram morar em lugares calmos, sem muita perturbação.

—— [Nome], vamos. Você está olhando para o nada.. estou ficando assustado. -- meu pai me chama atenção, me fazendo rir de seu comentário.

"All I Ask..." - Baji Keisuke. Onde histórias criam vida. Descubra agora