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09:27 AM.
Tokyo; Japão.

                               ×××

UM BARULHO irritante me faz acordar. Levanto minha cabeça lentamente, e vejo que o despertador está fazendo o que foi feito para fazer... Deixar as pessoas "P" da vida logo de manhã.

Desligo o aparelho e enterro meu rosto no travesseiro novamente, fecho os olhos lentamente e..

Duas batidas na porta me faz abrir os olhos de novo, em seguida a voz da minha mãe.

—— Filha? Já está acordada? -- pergunta.

Me sento na cama, e a respondo:

—— Sim.. mãe, estou sim. -- me levanto e vou até a porta, abri-la.

—— Seu pai e eu queremos te mostrar a.. "surpresa". -- fala assim que abro a porta.

Sim. Verdade, havia ainda a surpresa que eles disseram ter para mim. Mas eu só queria ficar uns minutinhos à mais na cama...

—— Deixa de corpo mole e acorda. O café já está na mesa. -- após isso, ela desce e me deixa com cara de tacho na porta.

Entro no quarto, pego minhas coisas para higiene pessoal, e vou para o banheiro.

Quando termino, me arrumo e desço.

—— Bom dia! -- digo entrando na cozinha.

—— Bom dia, filhona! -- meu pai me comprimenta. Seguido de minha mãe.

Tomamos café juntos. Comigo contando sobre as minhas experiências em Londres, e toda a minha trajetória em relação a estudos, trabalhos, e amizades.

—— Ah! -- minha mãe diz. -- Depois fala com a Diana, e convence ela de alguma maneira a vir conhecer Tokyo. Queremos muito conhecê-la.

Após minha mãe comentar sobre ela, lembro que a deixei sem notícia desde ontem a noite.

—— Vou falar sim. Aliás, vou ir falar com ela agora. Deixei ela sem notícias desde que sai de Londres. -- levanto da cadeira, e pego meu celular.

Ligo, mas só chama.

—— Deve estar ocupada. -- penso alto.

—— Bom, estão prontas? -- meu pai diz, levantando de sua cadeira.

Minha mãe levanta, levando toda a louça suja para a pia.

—— Estamos. -- ela diz.

Acho que agora sim, poderei ver a tal surpresa que eles tanto escondem.

Caminhamos até o carro. Esperamos até que meu pai o tirasse da pequena garagem.

—— Não acredito! -- uma voz atrás da gente surge. -- [Nome]? Você voltou!

Olho para trás, para conferir de quem era a voz.

—— Srt. Lin?! -- caminho até a pequena cerca que divide as casa. -- Quanto tempo!

—— Eu é quem digo! Está crescida, um mulherão. -- diz me deixando sem graça.

Com um sorriso de orelha a orelha, ela continua:

—— O menino Kei também voltou. Veio me visitar tem uns quatro dias.

—— Sério? Que bom.. a senhora está bem? -- pergunto.

—— Sim, estou sim querida. Só com alguns problemas com os ossos, mas acho que isso é normal para uma velha. -- ela diz, e eu ri.

Antes que eu possa respondê-la, escuto minha mãe me chamar.

"All I Ask..." - Baji Keisuke. Onde histórias criam vida. Descubra agora