Tradução: Assalto ao banco.
Ponto de vista de Connor Dygeras Scott.
Dup’e nos irritava, pelo que parece, propositalmente. Discordava de tudo, e ao mesmo tempo não colaborava. Gabe era descontrolado, explosivo, era uma bomba de pavio curto que em questão de segundos apontaria uma arma pra cabeça de qualquer um naquela sala, até mesmo para Boltz, todos sabiam disso. Me irritar era difícil, eu driblava a raiva e o impulso como num passe de bola, mas depois de horas naquela merda de sala em um domingo ensolarado onde todos se divertiam e eu, pateticamente, ouvia ordens e problemas. Isso sim inevitavelmente me tirava qualquer resquício de paciência.
Agradeci mentalmente quando bateram na porta, não suportando escutar a voz de qualquer um dos presentes ali. Bruno levantou e abriu-a, entendi sua imediatez quando vi sua filha recém chegada do outro lado. A patricinha, inegavelmente mimada, sorriu em minha direção. Confuso, levantei os lábios em uma forma de sorriso, lembrando que na noite passada ela estava onde seu pai menos sonhava. Como será que dup’e ficaria? Irritado? Um sensibilizante pretexto para acabar com essa reuniãozinha.
E ela uma presa fácil, muito fácil.
Escutei de relance que ela iria para um luau, o da laura, pensei. Olhei para Gabe, que tinha as mão apoiadas nas têmporas para amenizar sua tensão, como se aquilo fosse adiantar. Ele levantou o olhar, e eu direcionei o meu para a porta, não a tempo que Gabe visse a garota, mas o bastante pra ele compreender meus pensamentos. É, dup’e, espero que você controle sua língua de hoje em diante.
— Podemos continuar?— Bufei com a proposta de Boltz.
Estávamos resolvendo a cena que acontecera na última semana, onde Dup’e inocentemente revelou para seus funcionários quem produzia o armamento, e consequentemente, as munições. Trazendo eu e Gabe pra história, descobrimos através de um policial corrupto que por um acaso escutou a informação pelos corredores do cassino. Dup’e de fato era um cara sortudo, prepotente demais e burro.
O problema em si foi termos perguntado, inocentemente, para os nossos aliados se era mais vantajoso lavar dinheiro no Cassino ou em outro lugar. Na mesma moeda era tão prazeroso, talvez servisse de lição pra ele.
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Depois de longos 50 minutos a reunião acabou. Graças a Deus, sussurrei. Dei sinal pra Lamborghini laranja me seguir, parei no píer esperando Gabe.
— Acha que ele já recebeu o troco.— Dei de ombros.
— Aquela é a filha dele? — Assenti— Vou me aproximar, caso Dup’e tente mais uma gracinha.
— Chegou tarde, garotão.— Sorri de lado.
— Mas já? Que porra.
— Comecei errado, chamei ela de mimada e os carai.
— Quando ela começar a te odiar me avisa.— Bufei, escutando sua risada anasalada.
— Vou consertar as coisas, não é tão fácil achar uma fraqueza dele além do dinheiro.— O de cabelos rosa concordou, acenou em despedida e segui meu plano.
Já na praia, vi sua silhueta perfeita focada no celular, e depois direcionou seu olhar para Nissin. Pelo visto alguém já estava na minha frente. Cheguei despretensiosamente ao seu lado, iniciando um assunto qualquer.
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A garota era divertida, afinal, não seria burro ao ponto de se aproximar sem realmente conhece-la. E principalmente, muito bonita. Quase tudo nela lembrava ao seu pai, cabelos e e olhos negros, a pele alva. Algumas coisas eram únicas, como o sorriso singelo que quase sempre exibia em seu rosto, as íris misteriosas e a sede de curiosidade. Lua era, ao todo, curiosamente perigosa. Claramente o tipo de garota que eu me envolveria antes de Renata ou Luna, ciladas que cai perigosamente instigado pela curiosidade e mistério.
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Lua
FanfictionLua Dup'e. A recém chegada na Cidade Alta e filha de Bruno Dup'e, empresário e prefeito da cidade, gerava curiosidade e admiração por todo o servidor. Seu nome fazia juz a escuridão do corpo celeste refletida em seus cabelos e olhos tão escuros qua...