Mare de saudade

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Regulus Black se vê imerso em uma batalha interna, lutando com a culpa que se enraizou em sua alma e moldou sua existência. A culpa que sente é um peso constante, uma sombra que se estende por cada pensamento e ação, corroendo lentamente seu bem-estar mental. Cada segredo não revelado, cada ação duvidosa, alimenta essa sensação de decadência que o afunda cada vez mais na escuridão.

Ao contrário da culpa, a raiva é um sentimento mais bruto e imediato. É um fogo que arde na superfície, que se manifesta fisicamente — o calor nas bochechas, o aperto na garganta, a tensão nos músculos. A raiva explode em reações intensas e muitas vezes incontroláveis, revelando-se em ações e palavras que muitas vezes escapam do controle.

Regulus observa esses sentimentos com uma clareza dolorosa. Ele percebe que, embora a raiva e a culpa tenham a capacidade de consumir e destruir, são experiências diferentes. A raiva é uma força explosiva, uma reação a injustiças e frustrações. A culpa, por outro lado, é uma tortura mais sutil, uma forma de remorso que persiste e corrói a alma.

Seu irmão, Sirius, também conheceu ambos os sentimentos. A raiva e a culpa marcaram sua vida, cada um à sua maneira, como resposta às expectativas e pressões familiares. Regulus vê a diferença entre eles não apenas em termos de intensidade, mas em como cada sentimento molda suas vidas e identidades. A raiva pode ser uma resposta a uma injustiça imediata, mas a culpa é uma cicatriz que continua a doer, mesmo quando o tumulto externo já passou.

Duas Almas (Regulus E Narcissa Black)Onde histórias criam vida. Descubra agora