Virou música

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Todas os nossos beijos até aqui foram beijos quentes, acelerados, desesperados. Não sei se juntava que a gente tinha se conhecido há pouco tempo e estávamos nos descobrindo ainda, com a carência que a gente sentia na casa. Nunca foi ruim, pelo contrário, eu jurava até que era o melhor beijo de toda a minha vida.

Até hoje.

Acho que pela primeira vez tanto eu quanto ele nos tocamos que estávamos apaixonados e nem precisamos dizer isso um pro outro.
A gente não tava ali fazendo apenas sexo.
A gente tava fazendo amor.
O nosso amor, pela primeira vez.

Com a maior delicadeza que já vi num homem com tesão, ele tirou minha camisola. Era engraçado o olhar dele de satisfação ao me ver assim, completamente nua. Só pra ele.
Beijou meu pescoço mais algumas vezes e joguei a cabeça pra trás, dando liberdade a ele de descer um pouco mais, assim ele fez. Desceu até meu colo e enfim até meus seios.

Meu corpo inteiro se arrepiou. A forma com a língua dele passava pelo meu corpo era inacreditável. Parecia que ele já conhecia cada partezinha. Parecia que ele sabia exatamente o que fazer e onde fazer. Eu tava nas nuvens e queria deixar ele assim também.

Empurrei ele pra lado e fiquei em cima dele. O olhar dele de surpresa foi engraçado, ele não tava acostumado a me ver assim, mais ousada, então sussurrei no seu ouvido:

Jade: - Melhor se acostumar.

E mordi sua orelha. Senti todo seu corpo se arrepiar. Todo mesmo.
Todo.

Beijei seu pescoço, mordi sua orelha, passeei com minha língua pelo seu corpo assim como ele fez comigo. Comecei a rebolar por cima de sua cueca e aproximei meu rosto do dele. Ele virou o rosto pro lado, se aproximou do meu ouvido e gemeu.

Era um gemido grosso, alto.
E aquele gemido virou música para os meus ouvidos.
Como era bom sentir prazer com ele e fazer ele sentir também.
Como era bom tá ali, só nós dois.

Ele trocou de posição comigo novamente, mas dessa vez completamente nu e entrou em mim. E agora quem gemia era eu.

Ele se empurrava contra mim olhando nos meus olhos. Segurava meu pescoço e passando o dedo na minha boca. Eu não iria aguentar muito tempo.

PA: - Geme Jade.

Ouvir sua voz me chamando de Jade era arrepiante.
Me dava ainda mais tesão.
A forma como ele falava, como ele mandava...
Eu só obedeci.
E gemi.
Gemi alto.

PA: - Não para.

E eu não parei.

Não porque ele estava mandando, mas porque eu realmente não conseguia parar de gemer.

Não aguentaria muito tempo mais... nem ele.

Gozamos juntos.

Ele se jogou de bruços pro meu lado e ficamos ali deitados, recuperando o fôlego.

Eu estava no céu.
Foi a melhor noite de toda a minha vida e ela nem tinha acabado ainda.

Me aproximei dele dando alguns selinhos e deitei em seu peito.

PA: - Como eu tava esperando por isso, papo reto! Tava foda ficar do teu lado e não poder fazer nada, tava aguentando mais não.

Olhei pra ele sorrindo.

PA: - Não me olha com essa cara assim não, ainda não me recuperei.

Mas eu já.
E queria mais.

Jade: - Que cara? Não tô fazendo nada.

PA: - Você tá me provocando.

Jade: - E tô conseguindo?

Foi o suficiente pra ele vir pra cima de mim de novo.

JADRÉ | Depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora