Nova escola, novos problemas

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-Charlie você precisa se levantar!- Samanta, uma das ajudantes da casa disse batendo na porta de Charlie

-Samara você sabe que pode entrar. Não precisa ficar batendo na porta.- Charlie resmungou alto o suficiente e Samanta entrou

-senhorita, - Samanta for cortada ao meio da frase

-Samanta, eu não quero ir. Você sabe que essa escola vai ser um inferno. Estão achando que eu sou gay, eu vou chegar lá e vão ficar em cima de mim agindo como se eu fosse algo especial. Ninguém vai me deixar quieta por sequer um segundo e meu primo...

-seu primo vai a acolher!

-meu primo vai me enfiar em seu grupinho me jogando expectativas de ser super descolada.

-você se saiu muito bem na festa da semana passada. Bem... no quesito de descolada, você foi bem descolada

-eu estava completamente bebada, Samanta!- Charlie se levantou, pegou o novo uniforme e o vestiu

-Charlie, olhe para mim- Samanta segurou Charlie pelo os ombros e a abraçou - por favor, não faça merda. Se quiser ser introvertida, seja. Se quiser falar com todos, fale. Faça o que você quer

-Samanta, eu já escolhi minha personalidade da escola

-você não pode escolher personalidades diferentes e se enquadrar nelas! Isso é algum tipo de problema psicológico, eu tenho certeza.

Charlie riu e foi até o banheiro

-algo ser proibido nunca fez com que eu desistisse, fez?

-desisto, vá se trocar, Charlie.

Ela fechou a porta do banheiro

-bom primeiro dia, chacha!- Samanta gritou ao fechar a porta do quarto

-esse apelido não!- Charlie gritou já dentro do chuveiro

Charlie colocou um casaco de couro por cima do uniforme, um casaco que claramente não era para seu número. Charlie era uma garota de 15 anos relativamente na altura média mas o casaco poderia facilmente ser vestido por um homem adulto. Seu humor estava péssimo, todos na internet falavam sobre ela é aquela garota qual na noite segurava as mãos. E de verdade, se não fosse pela foto, Charlie sequer saberia da garota. É isso o que a bebida faz, mas nunca poderia admitir que havia bebido a esse ponto então simplesmente não respondia nenhuma pergunta sobre a garota misteriosa.

-entre logo.- uma mulher alta, esbelta e com aparência de ter acabado de sair de um filme de Hollywood ordenou a Charlie enquanto se sentava no banco carona.

-eu estou entrando, mãe!- ela resmungou entrando no banco traseiro.

-motorista, abra as janelas , por gentileza- a mãe de Charlie pediu no tom mais suave possível mesmo que aquilo fosse uma ordem

-mãe?! Não quero fazer uma aparição em público! Estão todos falando mal de mim.

-não estão falando mal. Estão viajando na ideia de que você gosta de garotas. Os deixe imaginar, o único problema seria se isso fosse verdade. - a senhora disse empinando o nariz para que qualquer foto de paparazzi ficasse no ângulo perfeito.

Charlie abaixou a cabeça e com todo ódio e colocou a mão na frente do rosto.

-mãe, sério que eu vou recusar aquela oferta?

-já conversamos, não vai atuar durante esse ano, esse ano é para os estudos.- a voz da senhora Winter era rígida, qual qualquer um temeria. Charlie não era qualquer uma.

-mãe eu seria a principal! Estão vendo talento em mim!

-todos veem talento em você, você é minha filha. Já teve várias outras chamadas para diversas séries diferentes sendo a principal. Inclusive perdeu provas...-

menina+ menina = desastreOnde histórias criam vida. Descubra agora