uma rebelde careca - escrito por char

784 78 7
                                    


samanta estava rindo horrores através do telefone

-eu queria muito ver a cara da sua mãe! sério você a humilhou!- eu sorri orgulhosamente

-ok, entendi que sou incrível- ironizei e depois prossegui - mas a questão é o que fazer, eu nunca me senti algo assim por ninguém antes samanta!

-olha ou você agrada a todos, ou se agrada.- escutei um suspiro - eu queria muito te dizer o certo a se fazer mas não existe o certo, você tem duas escolhas: se molde, faça o que os outros querem como sempre fez ou... faça o inusitado, sei lá raspe seu cabelo, vire uma rebelde e se assuma lésbica.

-eu nunca te disse que era lésbica, e se eu for bi?

-você escuta "girl in red" e seu quarto é cheio de fotos de meninas, nunca sequer mostrou um mínimo interesse por um garoto, sua mãe não viu porque não quis.- samanata disse com uma voz brincalhona  como se tudo tivesse bem

eu estava sorrindo.

-quer saber? vamos ver até onde eu consigo irritar a senhora Winter.- eu me levantei e sai do quarto - te amo samanta, se ver alguma foto minha careca finja surpresa 

-que?! eu fui irônica na parte de raspar!- eu desliguei e sai mancando com minha tala para o quarto da max, bati na porta e ela me atendeu

-escute, minha mãe ligou pra mim surtando, ela não quer nós duas juntas.- o sorriso que tinha no rosto de max foi em bora, eu sorri a deixando confusa - eu quero a irritar, a irritar ao extremo entende?

max sorriu e me abraçou, um abraço de urso que me fez corar

-eu literalmente te carreguei por uma floresta, deveria pelo menos parecer doente agora!

-uau muito obrigada pelo o apoio, nem um "está melhor"?- retruquei

-querem que eu busque um candelabro?- era celeste, eu rapidamente me afastei de max - então você quer irritar sua mãe?- ela se levantou da cama qual estava sentada e pegou em meu cabelo - pretende mudar algo no visual?

-na realidade sim, quero raspar minha cabeça deixando um pouquinho de cabelo de sobra, tipo passar a maquina zero mas não passar a gilete depois pintar de vermelho o que sobrar.

eu quase pude ver o queixo de celeste indo no chão

-caramba eu achei genial, só precisamos de tinta e uma máquina para raspar sua cabeça.

-podemos comprar- max sugeriu

-então vamos no meio da noite sair dessa escola sem ninguém para comprar coisas há quilómetros de distancia? - ironizei com um belo de um sorriso forçado 

-exatamente!- celeste gritou, a olhamos espantadas, ela parecia ter uma ideia - charlie, você vai dar um jeito de planejarem uma festa no final de semana da cidade mais próxima, o seu grupinho pode arranjar umas caronas, confie nisso. 

-isso é muita doideira, estou dentro- eu disse mega animada

-gente isso vai dar errado, tipo 100% de chances.- max retrucou com os braços cruzados. eu me aproximei dela e fui até seu ouvido

-nós podemos dar uns pegas e postar, tenho certeza que isso vai irritar de vez minha mãe.

-vou pensar no seu caso- ela respondeu beijando minha bochecha

-qual é cara! eu vou literalmente andar segurando um candelabro- celeste disse se jogando na cama de baixo. - vamos lá charlie, o que está esperando? jogue seu charme para cima de seu primo e consiga a festa

-eu prefiro que ela jogue charme só para cima de mim- max respondeu sentando ao lado de celeste

-não escute a max possessiva, vá!- celeste fez um gesto de tchau coma mão, me virei e fui em direção a porta

-me desejem sorte e torçam para que meu charme funcione em outras pessoas além de max!- mandei um beijinho no ar em direção a max enquanto ela revirava os olhos.

fechei a porta atrás de mim e fui mancando até o jardim, belo sábado para fazer o que minha mãe menos queria.

menina+ menina = desastreOnde histórias criam vida. Descubra agora