ACOMPANHE A SEGUNDA TEMPORADA
Jéssica Montero, uma jovem brasileira de 27 anos, é influenciadora digital de automobilismo e engenheira mecânica da Mercedes, uma fábrica renomada. Mas tudo isso vai mudar, quando chegar uma oferta de trabalho irrecusá...
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BOA LEITURA
Ímola – Emília-Romanha – Itália. – QUINTA-FEIRA
LEWIS
O clima em Ímola era de céu aberto. Após a chegada no hotel, vesti uma bermuda e camiseta, calcei os tênis de corrida e me encontrei com Ângela para uma rodada de exercícios. Nas duas semanas de intervalo que se seguiram do GP do Azerbaijão, eu não vi e nem ouvi falarem da engenheira, eu sabia que Ânge havia desenvolvido uma leve amizade com ela, evitei tocar no assunto para não parecer interessado, mas sonhar a semana toda com aqueles olhos cor de avelã não estavam facilitando as coisas pra mim. Desde quando uma mulher recém-chegada mexia comigo desse jeito? Do nada! Talvez ela fosse tudo, menos comum.
Estar a fim de alguém não estava nos planos, após Nicole e outras ficantes, principalmente uma "colega" de trabalho. Era algo incogitável, mas como evitar ficar mexido com aquele jeito meigo e ao mesmo tempo tão dona de si? Isso nunca tinha acontecido antes, meu olhar se interessar por uma mulher de vida comum, e a mesma simplesmente cagar para mim, sem dar a mínima. Ângela me conhecia muito bem, após anos de trabalho, era fato que não deu pra disfarçar muito tempo esse interesse.
- Já disse Lewis, descubra sozinho! – Ângela ri de mim pela décima vez, enquanto preparava nossa refeição pós treino, no quarto de hotel que estávamos em Ímola, com a Mercedes. Era uma suíte espaçosa, com cozinha.
- Achei que fôssemos amigos. – digo com minha melhor cara de mágoa.
- E somos, mas não posso te passar o endereço de alguém só por isso. E aliás que interesse súbito é esse?
- Sei lá! – dou de ombros – Ela parece interessante você fez alguns comentários sobre ela, fiquei curioso. – coço a cabeça fingindo um interesse comum. – Só queria ver que parte de Kensington ela mora, pra ver se era perto da minha casa.
- Bom, lamento, se quiser saber vai ter que perguntar a ela. – ela me alcança o shake. Olho para ela com a melhor cara de cachorro abandonado e ela dá um suspiro. – Posso te dar uma colher de chá... – ela mexe no celular e uma ponta de empolgação cutuca meu estômago, te adoro Ângela. Ela caminha em minha direção e me entrega o telefone com a aba do Instagram aberta. – Espia e me devolve. – ela pisca pra mim e sai em direção a pequena cozinha.
Olho a tela do telefone e identifico rapidamente a página aberta. Ela.
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