TWENTY-FIVE

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NOTAS INICIAIS

OLÁ MEU POVO, CHEGUEI COM CAPÍTULO FRESQUINHO SAINDO DO FORNO!!! E ESSE TÁ BOMBÁSTICO!

C H E G A M O S A O S 4 K!!!!!!!!!!!!!!!!! obrigado, obrigado, obrigado!

SEM MAIS DELONGAS, NOS VEMOS NOS COMENTÁRIOS! ME CONTEM TUDO QUE ACHAM.

BOA LEITURA.

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[AUTÓDROMO DE MONZA – ITÁLIA]

JESSIE

Bip...Bip...Bip...Bip...Bip...

Era o sistema. Era o som de aviso dos sistemas. Eu não queria ver, Meu Deus por tudo que era mais sagrado... Levanto o olhar para a grande tela em minha frente. Os sistemas de potência... Estavam baixando... até zerarem completamente. Meu coração vem na boca. Ele desligou o motor. ELE ME OUVIU! ELE NÃO TINHA PARTIDO. ELE AINDA ESTAVA LÁ.

- ELE DESLIGOU O MOTOR! ELE ESTÁ VIVO! – grito com todas as forças para me convencer e o box inteiro explode em comemoração. Olho para a tela de transmissão e ele estava se levantando. – E ESTÁ CONSCIENTE! – continuo. Não conseguia acreditar.

- O Safety Car chegou junto com nossos médicos. – Toto diz, mais para mim do que para os outros. Percebo que após constatar que Lewis estava vivo eu me recostei na cadeira sentindo-me anestesiada, eu não podia parar. Agora não. O trabalho precisava das minhas ações. E o time precisava de mim.

- Michael! – o chamo pelo rádio.

- Jessie! Estou na linha. – ele responde.

- Isso é um absurdo Michael! Insano! Aquela curva era 100% nossa! Queremos providências AGORA! – enfatizo indignada, batendo na mesa, isso não ia ficar assim, não no meu plantão. Sinto minhas mãos começarem a tremer, tudo menos isso.

- Max já está sob investigação dos comissários. Retorno assim que tiver mais informações. – desliga.

Tiro os fones e respiro fundo. Encaro a transmissão, Lewis está caminhando com o auxílio dos médicos até o carro para ir ao atendimento médico. Isso não era bom sinal. Ele não conseguia caminhar sozinho? A tremedeira nas minhas mãos aumentou e eu sabia o que isso significava, meu corpo tinha descarregado a adrenalina da ação.

- Toto... – chamo com a voz já embargada, tentando sufocar. – Você ainda precisa de mim? Agora? – ele me olha curioso, mas percebe que eu não estou legal.

- Não... está dispensada, por hora. – ele toca meu ombro como se entendesse. – Vai. – seu tom é firme. Levanto sem pensar em nada e saio dali sem rumo.

Vou caminhando pelos corredores e quando dou por mim, entrei na sala de pneus, que ficava sem ninguém nesse momento. Que irônico. A sala que eu e Lewis sempre tínhamos nossas tretas, por ser vazia.

Sento no chão entre as prateleiras altas, lotadas de pneus. Abraço meus joelhos, enterrando minha cabeça ali e choro. Como um bebe. Minha calça jeans já estava molhada e eu soluçava descontroladamente, minhas mãos tremiam junto com meu corpo e aquele pânico que eu já havia experimentado meses atrás, volta. Minha crise de ansiedade. A última vez que tive uma dessa foi com Gabriel e eu parei no hospital. De novo não. Por favor Meu Deus. Eu não podia evitar. Libero todo o choro que precisei engolir na hora da batida daquele carro.

Só de pensar em perder Lewis e não poder ter mais a chance de falar para ele o quanto ele era importante, o quanto eu o queria, e o quanto eu... o amava, me matava por dentro. Eu sentia uma agonia que apertava o peito. Doía muito. É como se estivessem enfiando um ferro em brasa no meu coração. Chorava tanto que já não conseguia mais respirar direito e os soluços já estavam me afogando.

Perfect Duet - Lewis HamiltonOnde histórias criam vida. Descubra agora