🌀 Episódio 2 🌀

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Não revisado!

— UM O QUE?! — novamente os dois rapazes questionaram totalmente perdidos naquela loucura

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— UM O QUE?! — novamente os dois rapazes questionaram totalmente perdidos naquela loucura.

— Tenho certeza que nenhum de vocês tem problema de audição! Bem-vindos ao Paradoxo Sterek! Foi isso o que eu disse, e não falei grego.

— Mas que diabos é um paradoxo sterque? — Derek perguntou.

— É sterek, Derek, s-t-e-r-e-k! — Spirit respondeu com deboche. Aquela criatura estava começando a irritar o lobisomem.

— O que isso quer dizer? — o lobo perguntou novamente.

— Peraí... — Stiles estava concentrado em outra coisa que não era a discussão dos dois ali — Aqueles dali são... eu?

— Você tá meio nervoso Derek, relaxa e coloca sua cabeça pra funcionar. Sterek é apenas a junção de vocês dois, Stiles mais Derek igual Sterek! — ele se vira para Stiles — E sim, aqueles ali dentro são você, e o Derek também.

Dentro da extensa sala se podia ver dezenas de outros Stiles e outros Derek, cada um diferente do seu modo, mas também tão iguais.

— Mas que maluquice é essa? Tinha algum gás alucinógeno naquele frasco, é isso?

— Não, sour wolf, Eu já expliquei o que aconteceu. Todos esses daí são seus personagens, alter egos de outras realidades paralelas ficcionais que foram tragos para cá no momento em que vocês me invocaram. A maioria deles são casais, escritos por alguém, mas que são paralelamente iguais a vocês.

— Ok! Eu tô mais perdido que a garota do Halloween. Que show de horrores é esse, cara? Como assim alter egos ficcionais? E que são casais? Que tipo de realidade é esse onde Derek e eu somos um casal? Isso é bizarro, no mínimo.

— Você não pode dizer isso Stiles, não quando eu sei que você baba internamente quando Derek tira a camisa.

— Como sabe disso? Quer dizer... isso é mentira, você é um maluco isso sim! Nós leve de volta pra casa. Isso aqui tá tudo muito estranho.

— Como eu disse, vocês podem voltar pra sua realidade, mas precisam fazer por onde. Não é assim tão simples.

— O que temos que fazer então? Nos diga e faremos — o lobisomem propôs, incomodado demais com toda aquela situação.

— Deem um beijinho! — Spirit diz sorrindo.

Derek prontamente disse "Não!" Ao mesmo tempo em que Stiles mais uma vez perguntava "o que?".

— Vocês me escutaram perfeitamente! Se beijem e o portal será aberto para sua realidade. Continuem de pirraça e vão conhecer os muitos Stiles e Dereks naquela sala. E alguns deles podem ser bem intensos, se é que me entendem.

— É só isso? Só um beijo e pronto? — Stiles perguntou com uma careta, mesmo que por dentro seu coração estivesse acelerado com a ideia. Spirit afirmou — Ok! O que seria da ciência se os cientistas não matassem alguns ratinhos, não é mesmo?!

— Eu não vou te beijar, Stiles! — Derek, mais uma vez, rosnou.

— É tão ruim assim a ideia de me beijar? Eu escovo os dentes todos os dias, tá! E qual é, é só um beijo, nossa passagem de volta pra casa! Você quer mesmo ver aqueles cara se pegando naquela sala ali?

— Não tem outro jeito? — O moreno questiona ao ser verde.

— Não! E não é um beijo do tipo que dava na sua mãe, é um beijo de verdade.

Derek engoliu em seco, nervoso. Podia ouvir as batidas frenéticas do coração de Stiles, o que fazia o seu também bater muito rápido.

— Ok! Eu faço.

O lobisomem se aproxima mais do humano, que tinha agora a respiração presa na garganta, visivelmente nervoso. Derek não estava diferente, apenas escondia tudo debaixo da carranca como sempre fez.

— Se contar isso pra alguém, eu rasgo sua garganta com meus dentes — Derek ameaça o garoto, que também engole em seco nervoso, ficando mais vermelho, se é que era possível.

Então seus lábios quentes e macios se tocam, começando um movimento lento e tímido.

Mesmo que Derek nunca fosse admitir, ele já havia imaginado aquilo algumas vezes. Stiles era um garoto bonito e atraente, mesmo que insuportável quando abria a boca, e o cheiro dele era algo que agradava o faro apurado do lobisomem.

Para Stiles aquele era o sanar de uma curiosidade antiga, e que estava melhor do que o esperado. O gosto forte e marcante da boca de Derek era um sinal direto a suas partes baixas, o que se intensificou mais quando Derek pousou as mãos em sua cintura.

Spirit observava tudo com muita empolgação, sorrindo de orelha a orelha e um brilho nos olhos como se visse a coisa mais graciosa do mundo. Só faltava dar pulinhos de alegria.

Ao se separarem, ofegantes, os dois juntaram suas testas à espera de que algo acontecesse e que eles voltassem para suas vidas normais. Porém nada aconteceu, e estranhando eles se separaram.

— E então?! — Derek foi o primeiro a recuperar a fala.

— Então o que? — Spirit se finge de desentendido.

— Por que não voltamos?

— Porquê não é assim que funciona!

— Você enganou a gente? — Derek rosnou com raiva, suas presas aparecendo.

— É! Mas foi lindo de ver, e eu sei que vocês gostaram, então de nada!

Derek avançou na criatura com as garras de fora, pronto para enforcar aquele ser atrevido e irritante, mas antes que pudesse triscar nele, a coisa sumiu de sua vista, reaparecendo mais à frente, rindo da irritação do lobo.

— Me diga como é que saímos desse inferno!

— Eu já tinha dito antes, só vocês podem descobrir a saída. Eu não posso ajudar nessa parte. Mas enquanto isso por que não conheçam seus amigos?

Spirit entrou então na sala lotada, deixando os dois para trás. Stiles estava estranhamente calado, o que deixava o clima ainda mais distópico. Mesmo não querendo, Derek passou pela abertura da porta com Stiles atrás de si.

A sensação foi de atravessar um portal mágico; antes era tudo silêncio e apenas eles três, agora era muito barulho e vozes e olhares questionadores sobre eles.

Era estranho, pra dizer o mínimo, ter vários pares de olhos exatamente iguais aos seus lhe observando, chegava a ser nauseante para os dois. Para Derek, tudo o que sentia de cheiro era exatamente o dele e o de Stiles, apenas duas ou três notas diferentes que poderiam vir certamente de Spirit ou algum outro personagem perdido por ali. Mas o barulho era quase insuportável em seus ouvidos hiper sensíveis.

Aquela seria uma longa e estranha viagem.

Paradoxo SterekOnde histórias criam vida. Descubra agora