Kim Sunwoo é um grande amador de filmes clichês e tinha total certeza de que a sua vida nunca seria como daqueles filmes. Mas ele era tão clichê quanto os filmes.
Sunoo havia escrito 5 cartas de amor sem nenhuma pretenção de enviá-las.
A primeira...
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Eu sabia, repito, eu sabia que essa festa daria errado! Mas eu sou muito idiota, não agarrei essa oportunidade que a vida me deu, não! Eu fui na maldita festa e agora o Nini tá no hospital.
Seu estado não era mais grave ‐ ainda bem –, mas o médico contou que se tivesse demorado mais, Nishimura teria morrido. E como eu iria ficar se o meu Riki morresse?
Eu provavelmente seria aquelas viúvas negras que só se vestem de preto.
Quanto a festa? Foi totalmente arruinada depois que a ambulância chegou e Riki foi levado. Heeseung gritou que a festa tinha acabado e muitas pessoas saíram com raiva. Logo depois ele pediu que o motorista particular dele levasse ele, Jay, Sunghoon, Jake e Jungwon para o hospital – a sorte é que o carro era de sete lugares. Desde então, estamos todos esperando.
A tia de Niki chegou muito desesperada e precisamos de uma meia hora pra fazer ela se acalmar. Ela tá lá dentro com o Niki agora, enquanto nós estamos jogados nas cadeiras, alguns dormindo, outros inquietos – como era o meu caso.
Acho que bebi dois copinhos de café, preciso parar, se não o coração que nem tá tão bom de saúde assim, vai se foder no futuro.
— Sunoo, sossega esse caralho de perna, pelo amor de Deus! — Heeseung diz.
— Mas, hyung... — Reclamei.
— O Riki já tá bem, Sunoo, fica calmo. — Jake disse doce.
— Tá vendo, seja mais delicado como o seu bestie, seu brutamonte! — Digo para o mais velho ao meu lado.
Ele revira os olhos e se vira para encarar Sunghoon que dormia sobre a cadeira de maneira desajeitada e com o pescoço numa posição que parecia desconfortável. Meio hesitante, Heeseung pega a cabeça do Park e coloca sobre seu ombro, fazendo com que o mesmo se acomodasse melhor ali.
Sorri com aquilo. Talvez esses dois...
— Sunoo? — Yerim, tia de Niki, aparece na porta do quarto dele me chamando. Me levantei em um salto, indo até ela. — Riki quer ver você. — Ela sorriu.
Assenti e tratei de entrar rápido e cessar a minha preocupação, mas assim que vi ele com os olhinhos pequenos e abatidos, meu coração se encheu de mais preocupação e de repente se aqueceu.
— Riki... — Chamei-o, caminhando até a cama hospitalar.
Ele deu aquele sorrisinho lindo dele que eu sempre amaria, me passando mais tranquilidade.
— Você ainda não foi embora, hyung... — Ele disse.
— Achou que eu ia deixar meu Max aqui? — Disse sorrindo mais tranquilo e pegando a mão dele.
— Você avisou sua mãe? Seus irmãos? Eles devem estar preocupados, hyung. — Ni-ki indagou com uma chateação evidente.
— Ei, eu já avisei eles, ok? Disse que ficaria no hospital com você o tempo que fosse preciso. — Respondi.
