Esse vídeo é tão bem feito e descreve exatamente a situação deles na fic Aproveitem
Então recomendações musicais pra esse capítulo:
Afire Love <3 – Ed Sheeran Big Girls cry – Sia Habits – Stay High
Saint Anne Hospital
Louis tentava abrir os olhos, mas ao ser atingido por uma forte luz decidiu fechá-los novamente, ele não estava se sentindo bem sua boca estava seca, seus olhos pesados e seu corpo dolorido como se tivesse sido amassado por um rolo compressor.
Não querendo abrir os olhos novamente por causa da claridade ele decide explorar ao seu redor passando a pontinha dos dedos por sobre onde ele estava deitado tentando adivinhar aonde poderia estar
Os pelos de seus braços se arrepiaram e ele percebeu que estava com frio se mexeu minimamente e pôde sentir um leve tecido sobre seu corpo, com a ponta dos dedos tocou o fino lençol e constatou que aquele não era seu velho cobertor surrado, abriu os olhos e após alguns minutos de ardência finalmente pôde enxergar.
Maca. Soro. Lençóis Brancos. Hospital
Tentou se lembrar o porquê de estar ali, mas apenas se lembrava de dar boa noite aos pais e ter ido dormir repassou em sua mente tudo o que fez antes de chegar ao quarto tentando se lembrar de algo que pudera ter o trazido até ali, mas nada.
- Louis Querido, que bom que acordou - Jay entrou no quarto com uma aparência cansada, grandes bolsas roxas enfeitavam seus olho e um copo de café esquentava seus finos dedos, liberando uma fumaça gostosa que fez Louis Salivar
- Você quase me matou de susto ontem à noite - Jay se aproximou da cama e deitou ao lado de Louis oferecendo o café a ele e deslizando seus dedos pelo cabelo macio do filho
- Desculpe mãe, eu realmente não faço a menor idéia do que aconteceu - Louis disse saboreando o gosto amargo do café em sua língua e o calor que emitia do copo até suas mãos que estavam descobertas por ele estar vestindo apenas a camisola do hospital.
- Como assim? você não se lembra? - Louis assentiu enquanto se apoiava na mãe que acariciava seus cabelos - Bem eu não sei o que aconteceu, quando eu cheguei ao quarto você já estava deitado no chão, chorando, gritando e se debatendo o quarto estava uma bagunça, suas roupas, os porta retratos e até aquela foto com o Harry que você adora estavam no chão...
O peito de Jay se apertava só de lembrar-se da cena horrível que presenciara chegando ao quarto e encontrando um Louis desolado em lagrimas se abraçando e sussurrando palavras desconexas, soltando gritos e puxando os fios de seu cabelo ralo como se quisesse arrancar a sua cabeça fora
Jay se sentiu impotente enquanto tentava em vão acalmar o filho em seus braços trêmulos, Louis era sempre tão forte tão cheio de vida tão corajoso nunca o vira daquela forma frágil, quebrado e destruído
Ela mal sabia que era assim que ele se encontrava na maior parte do tempo.
Era sim que ele se encontrava agora ao assistir entorpecido sua fraca e cansada mente o lançar milhares de informações
Harry Edward Styles. Melhor amigo desde os cinco anos. Pele pálida, cachos volumosos, lábios carnudos e deliciosos.
Louis conseguia se lembrar perfeitamente da sensação de seus lábios contra os de Harry, como se o primeiro beijo que eles deram debaixo daquela macieira estivesse se repetindo novamente bem na frente de seus olhos.
Louis se lembra do primeiro encontro e em como ele estava tão feliz que não conseguia esconder o sorriso, lembra das risadas no parque e de quando minutos depois de tirar a foto que o fez desmaiar, ele invadiu os lábios de Harry saboreando sua língua macia, lembra de ouvir as reclamações das pessoas do outro lado da cabine que esperavam o casal apaixonado sair de lá para tirarem suas próprias fotos, ele se lembra de como se sentiu bem e amado e de como queria que aquele momento nunca acabasse, ele se lembra de sua promessa. Ele se lembra.
E então de repente ele se tomou conta da grandeza de sua descoberta e uma dor alucinante invadiu seu coração trazendo lagrimas aos seus olhos e levando sua mão inconscientemente ao peito como se esse simples gesto pudesse amenizar a dor
Ele se lembrava. Ele se lembrava porque tinha esquecido. Ele tinha esquecido
Louis se desesperou ao que a dor em seu coração só fazia aumentar, lágrimas despencavam de seus olhos rolando por sua face triste, ele era uma mistura confusão de sentimentos, angústia, dor, arrependimento e saudades
Muitas saudades, o sentimento era tão grande que o sufocava ele precisava ver outro de um modo desesperador. Louis deixou que toda sua aflição abandonasse seu pequeno corpo em forma de gritos
O menino se encontrava perdido, desolado, machucado, se debatendo nos braços de sua mãe que tentava assim como noite passada acalmar seu filho em vão, gritando o nome de Harry como se ele estivesse presente nos corredores tristes daquele hospital e pudesse ouvi-lo, mas ele não podia.
Louis achou que já tinha conhecido as piores dores do mundo ao passar por suas crises, mas agora ele sabia, nenhuma dor era maior do que aquela.
Ele não suportaria perder Harry, não de novo.
*
- Harry? - Lottie chamou o menino que dormia tranquilamente como se não estivesse sob os efeitos de tranqüilizantes pesados, a loira detestava dar remédios a Harry, mas às vezes era necessário como hoje quando ele estava tão descontrolado que esmurrou a parede até fraturar os dedos da mão, ela precisou o sedar para que o raio-x fosse feito e o curativo colocado
Era nessas horas de descontrole do menino que Lottie desejava não ser sua enfermeira, pois ela sentia-se tão mal ao vê-lo naquele estado, ela sentia pena e ela não queria isso já que Harry nunca foi um menino que precisasse de pena, ele era forte, brincalhão, alegre, cheio de luz, aonde fosse ele encantava multidões e arrancava sorrisos Lottie só queria que ele voltasse a ser como era e não continuasse quebrado desse jeito, mas tudo isso era culpa do estúpido de seu irmão se por um lado ela amava e protegia Harry com todas as suas forças a única coisa que ela conseguia sentir por Louis era ódio.
Ódio por ter que ver sua mãe ficar esperando horas e horas ao lado do telefone por uma ligação que nunca viria, ódio pelas vezes que chegava de seu antigo trabalho e via o pai encarando o jardim aonde ele e Louis costumavam brincar, ódio pelas falsas mensagens de parabéns que recebia em sua aniversario.
Ódio pelo o que ele fez por Harry. Ódio por ele ter feito nascer nela uma culpa tão grande
Ela sentia-se culpada pelo o que o irmão fez e tentava se redimir o máximo que podia cuidando de Harry com todas as suas forças, esperando que ela possa acender aquele brilho de novo, o brilho que Louis apagou.
Mas enquanto via Harry dormindo e suspirando baixinho palavras de dor, ela soube que talvez ela não esteja apta a fazer isso, talvez ela não consiga por mais que tente salvar Harry.
Talvez não seja por ela que Harry precise ser salvo.
*
Hora da revisão da tia Jane
Então nesse capítulo nós podemos ver com mais clareza a reação do Louis com a volta de suas memórias, mas novamente não se anime isso não significa muita coisa sim ele se lembra sim ele sente saudade sim ele quer ver Harry, mas ele ainda está sobrecarregado ele não tem coragem pra encarar o que ele fez, mas não se preocupem Lottie vai dar um choque de realidade nele.
Segunda coisa importante desse capítulo: Jay e Lottie eu espero que a esse ponto da história vocês já tenham percebido que esta ocorrendo uma divisão de lados
#TeamLouis or #TeamHarry
Pessoas que os amam e querem protegê-los e isso vai acabar afetando os dois de uma maneira positiva, mas também negativa é aquela velha historia de boas intenções o inferno está cheio pessoas que querem ajudar, mas acabam atrapalhando não por mal é claro
Enfim ultima coisa importante do capitulo: Harry precisa ser salvo Harry precisa se reerguer ele precisa de ajuda, mas ninguém pode ajudar ele no momento eu quero que vocês se lembrem que mesmo que ele saia do manicômio as coisas não acabam aí ele foi muito ferido e ele não vai curar tão facilmente
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Without You l.s (shortfic)
Fanfiction- Você fez isso Louis, não olhe pra mim como se fosse minha culpa porque não é, você acabou comigo, acabou. - Harry estava sentado o mais longe possível de mim, cabeça entre os joelhos, lagrimas pingando na calça surrada, frágil, por minha culpa. ...