Catherine Van Doren
— TUDO BEM, ESTÁ TUDO AQUI. — Vovó olha tudo com certa agitação enquanto da ordens para as empregadas que corriam feito loucas em meu quarto. — Cath, você pegou as suas lentes de contato? — Me pergunta concentrada em fazer o casaco entrar na mala.
— Sim, vovó. — Digo já entediada.
— Ótimo, temos que estar lá em trinta e três minutos. — avisa após ter visto o seu relógio. — Vamos, vamos. Já mandei entregar os móveis.
— Vovó, o quarto não é meu. Eu não quero móveis lá. — Reclamo a seguindo pelo corredor.
— Sim, mas eu não vou permitir que você use esse tipo de quarto comunitário. Sabe lá quantas pessoas usaram aquelas coisas. — Diz com desdém batendo seus saltos altos.
Elizabeth Van Doren era a mulher mais determinada e manipuladora que eu tinha conhecido, se ela não tinha o que queria, ninguém poderia ter. Vovó era capaz de fazer qualquer coisa para alguém que contradiz a ela e sua família. Tinha cabelos curtos loiros, era um tanto alta e de olhos castanhos claros.
— Mas-
— Sem mais, Catherine Taylor Van Doren! — Exclama.
E quando ela colocou meu nome no meio, eu percebi que ela não estava aberta a sugestões.
— Tudo bem, só não usa meu nome do meio, por favor. — Imploro.
— Não sei porque você não gosta de seu nome do meio, era o sobrenome de sua bisavó. — Reclama.
— Esse não é bem os melhores dos nomes. — Digo com receio.
Harvard, eu iria estudar em Harvard uma universidade da liga Ivy, e o melhor de tudo foi que eu passei com meu próprio esforço e dedicação. Não precisei do meu sobrenome, a não ser da parte em que minha avó convenceu o reitor a pintar as paredes do meu quarto, mas isso é história pra outro dia.
Saímos de casa assim que a porta é aberta por uma das funcionárias e vamos para a limousine.
com meu vestido soltinho da cor verde musgo e meus salto alto branco, eu entro no automóvel assim que o chofer a abre pra mim. Ouvi minha avó da ordens para os empregados enquanto eu esticava meu vestido com força já que eu via pequenos amassados, ainda pensei em voltar pra trocar, mas eu desisti assim que minha avó entrou no carro e pegou uma taça assim servindo de vinho.
— Sábado de manhã irei te encontrar em Chicago, a família Smith nos convidou para um brunch assim aproveitamos pro seu avô resolver algumas pendências com o banco de lá. Domingo a tarde você pega um voo de volta pra Cambridge, certo? — Ela me olha enquanto bebe seu vinho.
— Mas vovó, eu acho que vai ser muito cansativo pra mim já que segunda eu tenho aula.
— Meu amor, você terá de entender que vivemos pra esses compromissos, eles são importantes pra fazermos mais contatos e socializarmos, faz parte de ser da elite. — Explica enquanto balança seu copo.
— Eu achava que ainda teria um pouco de paz já que estou na faculdade. — Gesticulei.
Minha avó me olhou como se eu fosse o ser humano mais ingênuo da face da terra.
— Pelo contrário, após sua festa de debutante onde você foi apresentada pra sociedade devidamente que começou sua carreira social. — Deu um gole. — Agora que você entrou na faculdade será o momento em que você mais irá ir pra esses lugares, minha neta. Só iremos poder encontrar um devido marido pra você se você for em lugares desse tipo.
Eu abri minha boca levemente em choque.
— Não, a senhora disse que mulheres Caccini nunca precisaram de homens. — Nego com a cabeça.
— Não somos Caccini's desde que me casei com seu avô, somos Van Doren. — Brinca.
— Mas eu tenho o sobrenome Caccini ainda, e mesmo que eu não tivesse eu não irei casar com ninguém. — Falo seriamente. — Eu faço tudo o que a senhora me manda, mas casar com alguém só por ter a mesma classe social que a minha não vai acontecer. — Dou de ombros.
— Isso tem que acontecer pra manter a linhagem de classes, não posso deixar você casar com um universitário qualquer. — Fala com desdém.
— Se eu for me casar será porque eu gosto da pessoa, não pela conta bancária. — Retruco. — Eu não tô afim nem de pensar em casar, eu tenho muitas responsabilidades, não tenho tempo pra isso.
— Gostar? você acha mesmo que gostar de alguém vai levar as pessoas terem respeito pela sua índole? vai te levar a comprar joias e pagar suas contas e luxos? — Questiona.
— Não preciso me preocupar com a conta bancária de outra pessoa, a minha já basta. — Dou de ombros.
Acho que ela ficou sem argumentos, pois ficou uns bons longos segundos em silêncio.
— Tudo bem então, uma hora você vai se render. — Eu bufo enquanto me viro pra olha pra janela. — Isso não é atitude de uma dama, Catherine.
— Só tenta respeitar o fato de que é o meu primeiro dia de aula na universidade.
Enquanto vejo as paisagens, eu me questiono o que será de mim nesses próximos cinco anos.
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Our Dynasty
RomanceCatherine Van Doren é o tipo de garota estudiosa que tenta atender as necessidades de todos. Criada pelos avós bilionários após ser abandonada pela mãe, Catherine passa a descontar a sua raiva nos estudos. Catherine nunca foi do tipo de namorar, de...