II.

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S/n Hernandez, New York

Entro no meu ambiente favorito das manhãs e logo sou surpreendida pelo cheiro maravilhoso que habita o local. Sorrio com a sensação única que me percorre todas as vezes que entro no Starbucks tão conhecido por mim.

O loiro sorri assim que me vê. Seus olhos azuis como o Pacífico se espremem e os músculos de seu rosto se contraem ao abrir o tão sorriso singelo, cujo qual me recepciona todos os dias.

── Bom dia! Feliz Sexta-Feira! ── Ele sorri alegremente, pois os fins de semana são seus dias de descanso.

── Bom dia, Josh! Feliz Sexta-Feira para você também! ── Digo, contagiada pela animação do garoto, e por isso, acabo soltando uma risada fraca ao fim da frase. ── Quando você irá admitir que ama sextas-feiras porquê não me vê aos fins de semana? Juro que não ficarei triste. ── Digo brincalhona, meus lábios se formam em um biquinho engraçado, ─ e definitivamente, longe de fofo.

── Não digas isso, S/n! Você sabe que eu te amo! Não aguentaria viver sem você e seu tão amado café gelado. ── Arqueio a sobrancelha, duvidando de suas palavras, o que faz nós dois cairmos na gargalhada.

── Okay, okay... Se você me ama tanto assim... ── Ele arqueia as sobrancelhas e ri sacana. ── ... prepare meu pedido favorito para esta linda sexta-feira! ── O loiro sorri, assentindo ao dizer que não iria demorar.

Espero durante algum tempo ─ talvez horas ou minutos, acabei perdendo a noção do tempo ao perceber que minha mesa estava vazia.

Solto um suspiro pesado ao perceber que não teria companhia hoje. No entanto, nunca tive companhia em todos estes anos que frequento esta cafeteria. Não há razões para suspirar pela falta dos olhos verdes.

── Bon appetit, Hernandez!

Volto meus olhos para o garoto sorridente e sorrio fraco. Pego meu pedido, agradecendo-o em seguida.

Sigo para a mesa, me sentando à mesma. Uma pequena curva se forma em meus lábios ao ver um pedaço de brownie, dois macarons e meu tão amado café gelado. Josh nunca erra.

Começo meu café da manhã, me deliciando calmamente do meu pequeno banquete, e focando minha total vista à janela.

Não me canso. Simplesmente não me canso. Não me canso de admirar tudo a minha volta.

É fascinante. A vida é fascinante. Como alguém pode não se prender a vida? Como alguém pode não a admirar? Como é possível que as pessoas se prendam tanto em seus próprios mundos a ponto de esquecer do mundo em que vivem?

Nunca entendi isso. Essas e muitas outras questões sempre invadiram minha mente, mas nunca obtive resposta. Não há nada que me convença a não enxergar a vida.

── Com licença, eu poderia me sentar nesta mesa, juntamente com você?

Viro rapidamente, um tanto assustada, ao ouvir uma voz. Aquela voz.

O homem parado próximo a mesa, está trajado com uma calça marron escura, um suéter cujo tom é o mais claro do outfit, e a camisa por debaixo do suéter é uma social branca, que está um tanto 'desarrumada'. Além disso, ele usa um casaco marrom do mesmo tom da calça, imagino que o casaco cumprido esteja em seu corpo por conta do frio agradável que habita em Nova Iorque nesta manhã.

▶ 𝗦𝘁𝗮𝗿𝗯𝘂𝗰𝗸𝘀 〢 𝖭𝗈𝖺𝗁 𝖴𝗋𝗋𝖾𝖺 𝖥𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora