Tomada de Território

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Moscovo (CINM)

Pov
Vilanelle

Eu e Irina estávamos fazendo guarda para Carolyn no pátio de um prédio empresarial que ficava no centro de negócios de Moscou. Carolyn subiu e pediu que ficássemos de vigia, ela parecia andar preocupada ultimamente, estava acompanhada pelo tal Vlad.

- Você acha que a Carolyn vai pagar pelo serviço de guarda costas? - perguntei num tom irônico para Irina.

- Eu nem sei o que estamos fazendo aqui... - Irina andava muito desanimada desde a morte do pai, não era mais tão divertida quanto antes.

- Ela não falou "se algo acontecer mando uma mensagem", tão mandona! - falei brincando, tentei animar Irina.

- Se algo realmente acontecer, ela não vai conseguir ter tempo de mandar nem "mayday". Estamos no térreo Villanelle. - Irina foi sensata, não tinha muito sentido estarmos ali no pátio, nem ao menos tínhamos credenciais para entrarmos.

- Não é que você tem razão fedelha. - sorri para Irina, falava assim de forma carinhosa, tinha respeito pela Irina e pelo que ela representou para o Konstantin.

- Já pedi para não me chamar assim... - ela sorriu de volta, sorriso contido mas sorriu.

- Porque se preocupa tanto com dinheiro? - Irina indagou.

- Você não? Seu pai se preocupava bastante... - franzi a testa.

- Eu tenho outros interesses...

- Me conte, fala mais de você Irina... - Irina era uma jovem muito interessante, misteriosa.

- Agora você se importa? - Irina franziu a testa surpresa.

- O que ainda faz com a Carolyn?

- Meu pai, antes morrer pediu que ela fosse minha tutora, não posso ser independente antes dos 21 anos.

- Nossa que arcaico! - exclamei, não era do feitio do Konstantin, mas ele devia ter algum motivo, indaguei: - E a sua mãe?

- Ela me odeia... Eu nunca fui a filha "perfeita" para ela. Além do mais matei meu padrasto, fiquei detida...

- Eu te entendo... Também nunca fui a filha que minha mãe esperava. Ela me odiava muito.

- Onde ela está agora? Vocês não se falam mais?

- Ela está mortinha. - respondi sorrindo sem graça.

- E o seu pai?

- Também morto, mas ele sim me entendia. Sabe Irina, os pais sempre nos entendem melhor.

- Vamos embora! - Carolyn nos interrompeu, apareceu apressada, parecia revoltada, Vlad não estava junto. Entramos num carro que nos aguardava e seguimos para outro lugar.

Norte da Espanha

Pov
Eve

Yusuf havia partido, eu estava procurando um lugar no vilarejo mais próximo para tentar falar com a Carolyn, meu celular não estava pegando, estava sem sinal. Achei uma cantina muito simpática e movimentada, ali era um ponto turístico para degustação de vinhos. Consegui sinal no celular e finalmente liguei para Carolyn.

- Oi Carolyn, estou tentando contato com você há horas...Tenho novas informações sobre o caso, E também fui atacada. - dei ênfase a tentativa de ataque.

- Onde você está Eve? Quem te atacou? - Carolyn parecia preocupada, tinha um pesar na voz.

- Estou em um vilarejo próximo a vinícola da Villanelle...

Killing Eve: Um outro RumoOnde histórias criam vida. Descubra agora