Killing Eve: Um outro Rumo

Matando a Eve

Final - Última parte

Escócia

Pov
Eve

Eu e Gastón chegamos na casa da Gerondine, tinham muitas janelas, e em uma delas, a que dava para cozinha, notamos que Gerondine estava distraída, cozinhando. Havíamos decidido sequestra-la a usaríamos para obter vantagens com a Carolyn, a idéia era leva-la para o castelo e de lá chantagear a Carolyn. Gastón ficou na retaguarda e eu entrei na linha de frente. Bati na porta, Gerondine foi prontamente me atender.

- Eve! Que surpresa! - ela sorriu limpando a mão em um pano de prato.

- Eu digo o mesmo, quer dizer, quanto tempo... - me enrolei um pouco pois precisei dar um sinal para Gastón passar e entrar pelos fundos.

- O que faz por aqui? Veio com a mamãe? - Gerondine esticou a cabeça para procurar pela mãe.

- Na-não...Eu... Estava tirando alguns dias de descanso por aqui me senti sozinha e pensei, por quê não visitar alguem rosto familiar? - respondi nervosa.

- Você quer entrar? - Gerondine deu passagem e continuou: - Espero que não se importe, mas estou preparando o almoço.

- Se não for incomodar... - falei isso passando pela porta de entrada sem cerimônias, Gerondine parecia estar confusa e um pouco tensa, ela olhou ao redor e fechou a porta da entrada desconfiada. Fui um tanto quanto invasiva. Tirei meu casaco e fui até a bancada da cozinha. Gastón fez sinal tentando comunicar que havia conseguido entrar na casa pela porta dos fundos. Gerondine quase percebeu então comecei a falar para distrai-la.

- Konstantin morreu...

- Como?! - Gerondine respondeu aparentemente surpresa e continuou: - Nossa... Eu não acredito! Sabe... Apesar de traidor, eu até que gostava dele. - Gerondine voltou para a ilha da cozinha e começou a cortar alguns legumes. Eu sentei e comi um pedaço de cenoura. Gerondine, parou de cortar, pegou uma taça de vinho branco, o mesmo que ela estava bebendo enquanto cozinhava, e me serviu:

- Você não parece muito abalada com isso Eve... - Gerondine franziu a testa confusa.

- Passamos por tantas coisas que você nem imaginaria... - respondi.

- Sabe o que acho estranho? - Gerondine mudou repentinamente seu semblante, sua postura, eu estranhei, parecia um pouco mais imponente. Me ajeitei na cadeira e perguntei:

- O que?

- Eu sou uma pessoa completamente comum... - Gerondine andou ao redor da bancada e se posicionou próximo a mim. Ela segurava a mesma faca dos legumes. - Nem somos amigas... O que faria uma pessoa como você vir à minha casa, na Escócia, cujo o endereço é sigiloso, para comer alguma cenoura, tomar vinho e me dar uma notícia da qual eu já sabia. - Gerondine me deu uma chave de braço e segurou a faca sob a minha jugular. Eu arregalei os olhos, ela me pegou de surpresa, me assustei. Ela era surpreendentemente forte, mais do que eu poderia imaginar.
- A menos que você tenha vindo buscar alguma informação... - Gerondine falou com um sorriso sagaz.

- Gerondine, o que está fazendo? Sou amiga, estava investigando a morte do seu irmão... Trabalho para sua mãe. - respondi nervosa.

- Eve, eu sei o que você é. Acha que não me comunico com a minha mãe???

- E o que você sabe? - Gastón chegou por trás da Gerondine e encostou o cano da arma em sua cabeça, ela então me soltou, jogou a faca no chão e levantou as mãos.

- Isso é uma grosseria. - Gerondine se referia a arma apontada para sua cabeça, e continou: - Não tenho nada para oferecer a vocês... - Gerondine respondeu nervosa. Me soltou e eu me afastei nervosa.