Cap. III

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× aos curiosos o que a april disse com * foi:
- "eu queria ser madrinha mas *a arizona não colabora comigo*"

- era pra *tu ser mãe*" a april explanando a arizona só pra os entendedores ×

geral pov

Sofia devia voltar pra Nova Iorque com você... e eu acho que devia ir junto.

O que? — Callie soltou, ela esperava tudo menos isso. — Calma, como assim você vir pra Nova Iorque também, Arizona?

— Olha, hoje a Sofia fez algo muito, muito errado. — Arizona escutou um "hm" como aviso pra ela continuar. — Ela roubou o dinheiro da sala dela, — escutou um "o quê?" furioso, — eu sei, conversamos e sabe por que ela fez isso? Porque ela ficou com raiva por estar aqui e com saudades suas e do bebê... e dos amigos e da professora, ela não quis me dizer pra não me magoar. — A voz da loira era embargada, não conseguindo se segurar.

— Oh, Arizona...

— O que me deixou assim mesmo foi o fato dela não querer me dizer porque não queria que eu pensasse que ela não quer ficar comigo, ela quer, só não quer estar em Seattle. — Arizona se acalma mais. — Ela tem todo direito aos sentimentos dela, foi quando eu comecei a pensar, ela me quer perto, ela te quer perto, ela quer estar perto do bebê, quer os amigos e etc, então sim, eu acho que devia ir pra Nova Iorque.

— Arizona, espera, é uma decisão enorme, seus amigos? Seu trabalho? — Callie tentava ser sensata em todo caso, não ser como antes e ser impulsiva... apesar de estar pulando por dentro.

— Eu-eu sei, eles vão me odiar, meu Deus! MAS isso é pela Sof, tudo vale a pena por ela, — ela fala e suspira, — e sobre o trabalho, bem, a Herman quer abrir uma clínica e se ela fosse em Nova Iorque?

— Olha só, dorme com essa ideia, pondera tudo, ok? Não pula nessa decisão, vai que você se arrepende e não tem mais volta ou algo assim. — Callie diz com calma.

— Você... você se arrepende? — Arizona pergunta. — De ter ido, digo.

— Ah, essa é uma pergunta e tanto, mas... não. Eu sinto falta de muitas coisas, dos amigos principalmente, mas não me arrependo porque eu pude crescer mais aqui, amadurecer mais, pensar mais, me curar sozinha e me focar mais... eu sinto muita falta de antes, mas acho que tomaria essa decisão de novo se estivesse aí.

— Ah... - Arizona pondera o que ela disse. — Hm, me-me fala mais sobre o bebê. — Ela muda de assunto rapidamente ao perceber o clima da ligação.

— Bem, não tem muito o que dizer mais, o desenvolvimento é saudável, está do tamanho perfeito, cinco dedinhos em cada mão e em cada pé, o coraçãozinho é forte e bate saudavelmente. — A voz da morena muda na hora ao falar do bebê, Arizona aposta que ela devia estar alisando a barriga nesse momento. — E hoje! Finalmente resolveu abrir as perninhas e me dizer se é menino ou menina, mas pedi pra médica colocar no envelope pra poder abrir com a Sof, mas ela está dormindo. — Arizona conseguiu ouvir o biquinho em sua voz e acabou sorrindo.

— Abre comigo. — Arizona disse de repente, sem nem pensar no pedido. — Digo, se quiser é claro, eu te conheço e você deve estar muito curiosa. — Ela fecha os olhos, balançando a cabeça.

Cala boca, Arizona...

— Arizona, eu amo a nossa filha, mas eu quero abrir com você sim! — A morena diz animada, ela realmente estava se corroendo em curiosidade.

— Jura? Ah, tudo bem. — Arizona sorriu, se sentindo levemente especial por compartilhar esse momento com a morena.

Se estivesse sendo extremamente sincera, ela tinha uma gota de inveja da filha, por ela estar acompanhando Callie de perto, por saber mais que ela, por ir em quase todas as consultas com a mãe... ela queria aquilo também, mas não se sentia no direito de querer aquilo.

Babies Take TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora