Cap. VII

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× vei que saudade das calzona... eu tava chorando por causa delas 🤡 e porque meu celular levou uma queda fudida e eu tô sem celular agora 🤡 ×

callie pov

DORMIMOS JUNTAS!

Se eu pudesse saia pulando pela casa igual uma idiota, sem mais, ela pegou no meu cabelo até adormecer.

Eu a chamei de amor de novo e ela não pediu que não o fizesse.

Ela me ama e eu a amo, nada disso mudou, só aumentou se formos sinceras.

É tudo tão familiar e tão novo, é estranho até, o modo que ela... nunca pensei que sentiria tudo de novo, porque não havia ninguém mais depois dela, mesmo que eu tenha tentado foi algo que eu forcei na minha cabeça.

Eu já havia feito as pazes com tal pessoa, éramos boas colegas até, ela disse que entende hoje, mais do que no dia que ocorreu até porque estávamos ambas exaustas, brigamos e terminamos, até que conversamos e então terminamos mesmo.

Fora melhor assim, nosso relacionamento vinha morrendo aos poucos de qualquer forma, eu não aguentaria ter que lutar por mais um relacionamento morto então apenas a deixei ir e foi uma decisão boa, eu me sinto melhor e tenho certeza que ela também.

Agora eu estava aqui, nesses braços onde me sinto em casa, me sinto a salvo, me sinto amada... sempre senti, não tem nada igual, nunca teve em toda minha vida.

- Posso ouvir seus pensamentos. - Escuto sua voz rouca, não consigo não sorrir.

- Desculpa, não quis te acordar, até porque eu tô bem confortável assim. - Me aconchego mais nela, passando meu nariz em seu pescoço e inalando o cheiro dela.

Um cheirinho que é só dela, minha Arizona.

- Devíamos levantar antes que- - Ela tenta, mas é interrompida.

- Maaaaaaamaaaa, a mommy não tá no quarto dela! - Sofia diz entrando no meu quarto ainda com os olhos cheios de sono. - Ah, ela tá aqui!

Eu rio do modo sonolento que por mais que todo mundo ache que é meu, é completamente da loira.

- Ei! A mommy tá aqui e eu não! Mama, eu que sou seu bebê! - Ela reclama, um tantinho mais desperta e corre até a cama, tomando cuidado ao se encaixar no nosso meio. - Bom dia, irmãzinha! - Ela se enrola na minha barriga e dá vários beijinhos, Rafaela já se esperta dando vários chutes, reconhecendo a irmã.

Ouch. Ok, agora eu preciso levantar.

- Naaaão, aonde você vai, Mama? - Sofia pergunta manhosa, ela sempre amou momentos como esse, ficar agarradinha no nosso meio.

- No banheiro, meu amor, você animou de mais sua irmã e ela me chutou bastante agora eu preciso muito ir fazer xixi. - Ela abre a boca em um "O" perfeito e eu vou no banheiro, faço o que eu preciso, escovo os dentes e checo o horário.

Ainda são mal 6h da manhã, pra que tão cedo se eu nem vou fazer NADA até de tarde, pelo amor de Deus?

- Eu vou fazer o café e vocês duas não demorem tanto desse jeito, Sof você tem aula ainda. - Eu aviso na porta e escuto dois "tudo bem" abafados.

Eu faço o café, apesar do meu precioso café estar me deixando completamente enjoada... Rafaela, sua irmã não foi tão cruel assim comigo, filha! Sorrio acariciando minha barriga que já estava enorme, e eu digo, enorme.

Não vou pensar nisso não, enfim, faço as panquecas das duas e minhas torradas, por incrível que pareça, faço chá de camomila pra mim, aprecio esse desde o início da gravidez.

Comparada a da Sof, a gravidez da Rafaela não é nem um pouco complicada, os enjôos passam mais rápido, não sinto tantas dores, não engordei tanto assim, a única coisa que ela me fez odiar mesmo foi o meu precioso café, que saudade do meu cafezinho, mas tudo bem, a mamãe aguenta.

Enquanto pego o açúcar pra pôr na mesa, me sinto ser abraçada por trás, sorrio quando sinto o gelado do nariz dela nas minhas costas.

- Eu precisava vir aqui fazer isso. - Ela diz, sinto o sorriso dela em mim.

- Tudo bem, eu gosto quando me abraça. - Eu digo, continuo de costas mesmo, passando as minhas mãos pelas dela, Rafaela também a sente já que chuta, de forma diferente... é como uma onda cheia de manha, ela ama essa atenção.

- É tão bom sentir ela chutar assim.

- Eu também gosto, não cheguei nessa parte com a Sof então é meio estranho ainda ter ela assim, sabe? - Eu suspiro, afinal são só apenas memórias ruins.

- Como assim, Mama? - Viramos quando a voz da Sofia soa, ela já está arrumada e deixa a mochila no chão.

Eu olho Arizona, ela me olha e olhamos pra Sof.

- Vem cá, amor da mamãe. - Ela corre até mim e logo abraça minha barriga. - Essa é uma história um pouco complicada, então não vou te contar os detalhes, sim?

- É meu amor, quando for maior te contamos melhor, ok? - Ela assente olhando pra mãe loira e Arizona não aguenta e a agarra, prendendo ela num abraço. - Vem, vamos sentar aqui antes de comer.

Sentamos no sofá e aconchegamos ela em nosso meio, passo a mão nesse rostinho que naqueles dias, meses, morri de medo de não ver mais, não poder ver ela chegar nesse ponto da vida.

- Bem, quando eu estava grávida de você, com cinco meses, mommy e eu sofremos um acidente de carro. Mama não foi prudente e estava sem o cinto, então eu acabei por me machucar muito mais, - eu suspiro, aquelas memórias são aterrorizantes.

- E com você na barriga da mama, ela teve que fazer várias cirurgias e você teve que nascer antes da hora, você era tão pequenininha... eu fiquei com muito medo de perder as duas. - Sofia escutava atenta a cada coisa que dizíamos.

- É verdade, tão pequenininha, Sof... mas a sua mommy quem fez seu coraçãozinho bater, todo mundo me disse. - Sofia sorriu e abraçou a mãe.

- Obrigada por fazer meu coração bater, mommy! - Arizona tinha os olhos cheios de lágrimas, sorrindo toda emocionada.

Depois dessa conversa, Sofia ficou agarrada em Arizona até a hora de ir pra escola, eu observava cheia de paz, era como se tudo que eu sempre quis virasse realidade.

× cap. ultra pequeno só pra ser filler mesmo, já que o próximo vai ser um time skip :) love u ×

Babies Take TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora