° 𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 73 °

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Bonnie

A Jéssica tava deitada em cima de mim, com a cabeça com o corpo inteiro dela, mexendo no celular enquanto eu fumaça um cigarro, fazia nem dez minutos que nois tinha transado de novo e eu já tava com tesão querendo mais, só tô dando um tempinho pra ela.

Bonnie: Tu tá ligada que eu não vou aceitar porra nem uma de ninguém não né? - ela bufou desligando o celular e jogando na cama.

Jéssica: Eu só fui educada, é claro que a gente ia conversar antes Sabrina, você tem o seu filho, sua família. Eu sei disso.

Bonnie: Independente Jéssica, falou, o cara agora vai ficar em cima querendo que nois aceite isso, nois nem conheçe o cara porra.

Jéssica: A minha mãe tá ficando com ele a mais de um mês Sabrina, ele não é qualquer um também - traguei o cigarro tão forte que eu até tossi, eu fico puta com isso. Eu sei quem ele é, oque ele fez, como que eu falo pra elas? Se o cara resolve me matar depois?

Bonnie: Eu não vou sair daqui não, do Brasil - ela concordou mais eu vi que fico triste - Só fala Jessica, quer falar alguma coisa tu fala.

Jéssica: Eu não queria ter meu filho no rio de janeiro, é minha cidade e eu amo aquele lugar, mais mesmo assim eu não queria.

Bonnie: E porque não, tu cresceu lá, eu cresci lá, meu filho tá crescendo lá, Eai? - ela saiu de cima de mim e eu sentei na cama cruzando os braços.

Jéssica: Não fica brava - ela amarrou o cabelo fazendo um coque - Como que vai ser Sabrina com meu pai? Ele já ficou daquele jeito quando soube que nois duas tava juntas, imagina quando soube que você me deu um filho?

Bonnie: Eu não tenho medo do Grego não Jéssica, papo reto? Tô pouco me fudendo pro jeito que ele vai ficar, aquele pau no cu - taça puta, mais não era com ela não, era com o Grego mesmo, o cara conseguiu deixa a própria filha com medo dele.

Jéssica: Eu só queria ter minha gravidez em paz, ter meu filho em paz - olhei pra ela - eu quero você comigo toda hora Sabrina, no rio você não vai tá.

Bonnie: O que você quer, fala.

Jéssica: Vamo viajar nois duas, não precisa ser essa viajem dele, nós duas Juntas temos dinheiro suficiente pra ficar bem por um ano sei lá.

Bonnie: Eu ia contigo pro caralho que foi amor - puxei ela pra perto de mim - Se eu não tivesse meu moleque também, eu não consigo fica um ano longe dele Jessica.

Jéssica: A gente com a Amanda, pergunta pro Nathan se ele quer ir, vamo tentar? - dei de ombro.

Bonnie: Longe do moleque eu não fico - ela concordou. Mudou de assunto e colocou um filme, não assisti nem o começo já tava em cima dela beijando.

[...]

Dia seguinte

Sai do apartamento da Rafa e vim dá uma volta por aqui, tá é louca de ficar dentro daquele apartamento pô. A Jéssica quis ficar lá, tava com preguiça de sair, fui até uma praça que tinha ali fumei um cigarro e fiquei ali um pouco. Depois fui em direção a uma sorveteria, não sabia onde ficava então fui andando até acha. Quando eu virei a esquina e um carro preto parou na minha frente em cima da calçada, dois cara saiu do banco de trás e colocaram um toca na minha cabeça, me puxaram pra dentro do carro e saíram.

Bonnie: Qual foi porra? - falei puxando meu braço de um dos caras que tava me segurando, tirei a toca e quando ela ia me dar um soco eu segurei o braço dele e dei um soco no cara, o outro me segurou e colocou um pano na minha boca,tentei me soltar mais não consigui, apaguei em um minutinho.

...

Senti meu corpo sendo empurrado e minha cabeça batendo em algo duro, aos poucos eu abri os olhos e fui ficando com ciente. Eu tava em um barracão, cinco cara mascarado e um em pé na minha frente. Desgraçado.

Murilo: Faz vinte minutos que nos estamos olhando você dormindo - Balancei a cabeça e passei a mão no rosto, ele cheio forte ainda tava me deixando tonta - Queria conversar com você Bonnie, em particular.

Bonnie: Precisava disso filho da puta? - falei mesmo, eu tava puta. O cara riu, puxou uma cadeira e sentou na minha frente.

Murilo: Esses homens aqui são da Colômbia, eles não vão entender nossa conversa - olhei pros cinco - São todos um bando de cadelas, tudo o que eu falo ou mando, eles fazem são tão previsíveis e burros, odeio pessoas assim.

Bonnie: Ham, e eu com isso? - ele tiro um cigarro da calça e colocou na boca, acendeu e deu a primeira tragada.

Murilo: Você não abaixou a cabeça quando conversamos na casa da Rafa, mesmo sabendo quem eu era. Eu admiro isso Bonnie, gente sem medo.

Bonnie: Eu ainda não tô entendendo.

Murilo: Eu vou ser direto então - Concondei - eu propus que você e a Jéssica morassem na Colômbia porque eu vou passar a morar aqui, vou facilitar a entrada das armas aqui mais eu preciso de alguém confiável na Colômbia para mandar as armas pra cá.

Bonnie: Eu? - ele concordou - Tu me conhece há um dia cara, vai me dar o comando dos teus negócios lá fora.

Murilo: A metade Bonnie, o comando de verdade sou eu - dei de ombro balançando a cabeça.

Bonnie: A Jéssica não me quer mais envolvido nisso pô - ele riu.

Murilo: Você não vai tá se colocando ao riscos de ser presa ou morta lá Bonnie, eu tenho parceria com a polícia pago um bom dinheiro pra aqueles filhos da puta, mandarem meu esquema bem seguro. Você vai ter minha proteção, pode ficar tranquila.

Bonnie: Eu não sei pô,falei pra ela que não queria sair daqui, tenho minha família aqui.

Murilo: Pensa grande Bonnie porra. Você vai ter dinheiro, quer o caralho de um jatinho pra levar sua família pra lá, você vai ter. Eu tô nessa a mais de vinte anos Bonnie, caralho eu tenho dinheiro pra distribuir.

Dinheiro é uma parada suja po, tu fica deslumbrado com tudo que aquela nota pode te dar. Quando eu era menor eu sonha em dar uma casa foda pra mim mãe, minha vó, quando o Nathan nasceu eu só queria da do melhor pra ele, pra Isa também, agora tem a Jéssica, mais um filho.

Bonnie: Eu vou pensa pô, vou pensa.

Somando - 𝕴𝖓𝖙𝖊𝖗𝖘𝖊𝖝𝖚𝖆𝖑Onde histórias criam vida. Descubra agora