CAPÍTULO 9

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Todos chegam ao hospital pela porta dos fundos para evitar tumulto, pois a imprensa estava acampada em frente ao hospital. Foram todos doar sangue ao mesmo tempo, enquanto Ludmilla registrava tudo em um Vlog. Depois se dividiram para visitar Pablo, Beto, Brenda e os alunos que se acidentaram. Violetta era a única autorizada a visitar Angie, porque ela ainda estava na UTI.

Se aproximando dos corredores, Violetta vê seu pai sentado em uma cadeira cochilando.

— Pai, pai - o sacudindo pelo ombro -. O que está fazendo aqui? Não te vejo desde o dia que cheguei.

— Não consegui ficar em casa ou trabalhar sabendo que Angie estava aqui. - Violetta abraça o pai.

— Alguma novidade?

— Eles estão prestes a tirá-la do coma induzido e vão deixá-la em observação, não havendo piora ela poderá ir para um quarto, ter acompanhante e receber visita como todos os outros.

— Vamos torcer para tudo dar certo. Eu vim com o pessoal do Studio doar sangue e estamos divulgando em diversas mídias para doarem não só para Angie, mas também para alunos que ficaram em estado grave. - Violetta segura o rosto do seu pai que não conseguia olhar em seus olhos. - Pá, eu também estou preocupada com Angie, você não pode simplesmente morar no hospital. Eu já sei me virar, mas a Maria precisa de você mais que nunca.

— Eu vou voltar para casa – disse cabisbaixo –. Eu só não estou preparado para perder outra pessoa na minha vida.

— Nem eu Pá, mas temos que ter esperança, não desejo que Maria passe por tudo que passei.

Violetta fica ali um tempo com seu pai, e depois vai em direção a recepção da UTI, quando informam que já não é permitido visitas a Angie, pois iniciaram um procedimento cirúrgico de emergência e só era permitida a entrada da equipe médica.

Desolada, não conseguiu dirigir a palavra ao seu pai e foi correndo em direção ao andar em que os outros estavam. Chegando lá, viu alguns colegas esperando a sua vez de visitar, mas não se aproximou deles e de repente ao olhar para o lado oposto através das paredes de vidros, viu uma espécie de Jardim coberto, no meio do hospital com um piano ao centro, um andar abaixo, e teve uma ideia.

Depois de muito conversar com os Administradores do hospital, conseguiu convencê-los a permitir a ação que estava planejando. Então, todos os pacientes Studio que não estavam ligados a aparelhos foram direcionados a esse jardim em cadeira de rodas juntamente com os seus enfermeiros.

León entra e começa a tocar ao piano Algo se Enciende, Violetta entra e em seguida começa a cantar. Instantaneamente Pablo vai às lágrimas, assim como Brenda e dão as mãos. Aos poucos vão chegando os outros ex-integrantes do Studio por diferentes portas de acesso e se juntam à música. Os alunos acidentados também começam a cantar e vira um grande coro.

Enquanto canta, Violetta se pega olhando em direção ao andar onde Angie está e começa a chorar copiosamente sendo amparada por Camila e Francesca.

Com o tempo vão chegando outros pacientes, acompanhantes e funcionários. E acaba acontecendo um pocket show acústico improvisado com canções como: Juntos Somos Más, Ven y Canta, Ser Mejor, Hoy Somos Mas, Llámame e Crecimos Juntos.

Ao final todos são ovacionados por alguns minutos e se abraçam emocionados.

— Que lindo gente, estou toda arrepiada - Naty diz secando as lágrimas.

— Que saudade desses momentos com vocês - Francesca fala abraçando Camila e Maxi.

Todos continuam ali por um tempo conversando, tiram fotos e distribuíram alguns autógrafos. Com isso, grande parte da tarde havia passado.

Violetta se afasta do resto do grupo, com um semblante triste. León a segue até a recepção hospital.

— Você está indo aonde?

— Só queria um pouco de silêncio.

— Quer que eu te leve pra casa?

— Eu queria mesmo é ver a Angie, mas não pude entrar e agora o horário de visita acabou.

— Ei, vem cá - a puxando para um abraço. - Vamos chamar o pessoal para ir embora senão daqui a pouco expulsam a gente do hospital.

— Ei Vilu, - Francesca a encontra no meio do caminho do Jardim – estava te procurando, pretendia ir embora sem se despedir?

— Estava com um pouco de dor de cabeça e lá estava muita muvuca, mas vem cá amiga me dá um abraço, estava com tanta saudade de você. Precisamos marcar uma festa do pijama para lembrar os velhos tempos. – De repente sentem quem mais alguém se juntar ao abraço.

— Não pretendiam fazer festinha sem mim, né?!

— Claro que não Cami, vamos marcar em breve. Fran você tem onde ficar?

— Pode ficar na minha casa também...

— Pode deixar amigas, vou ficar na casa do Luca, ele voltou para Buenos Aires.

O resto do pessoal conversando todos ao mesmo tempo e são chamados atenção pela recepcionista do hospital.

— Tão bom saber que o Pablo pode ter alta a qualquer momento. Espero que o Beto e a Angie possam sair de perigo logo, queria tanto ter visto eles – Camila dá um puxão no braço de Broduey quando percebe que o que ele disse deixou Violetta mais triste - Ai.

— Vamos pessoal, que amanhã o dia será longo - León diz, encaminhando o pessoal para a saída. - Fed você vai com a gente?

— É... - Ele olha para Ludmila que desvia o olhar e vai na direção de Naty-. Acho que é melhor não. Posso ficar na sua casa amigo?

— Claro. Vou avisar minha mãe para liberar o quarto de hóspedes.Te encontro lá!

Violetta pega na mão de Federico e sussurra "Dessa vez as coisas entre vocês vai se resolver". Federico assente, mas sem muitas esperanças. Ao pegar o celular para ver as horas, Violetta visualiza 10 ligações perdidas de Olga e presume que seja algo grave.

— Tchau gente, preciso ir mesmo, vejo vocês amanhã. Sister quer ir com a gente?

— Podem ir, vou dar uma passada na casa Naty. Vejo vocês em casa.

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