Sempre foi Você

CAPÍTULO 11

— Certo gente, então podemos ficar assim? A gente começa as aulas amanhã com o que tiver. Está tudo meio caótico, mas obrigada por embarcarem comigo nessa.

— Tranquilo, Vilu pode contar com a gente.

— Isso aí.

— Vai dar certo amiga.

— Sério gente, que ninguém acha estranho estarmos na garagem do León e não no Studio? - Ludmila se levantou indignada colocando as mãos na cintura, atitude dela provoca um burburinho - . Vocês vão continuar fingindo que nada aconteceu ou vão falar a real para a gente.

— Ok, ok gente. - Violetta se levanta da caixa de som que estava sentada e arruma sua saia -. Eu ia falar mais tarde para não criar distração mas vou esclarecer a situação para vocês até onde eu sei. Então, - respira fundo - o acidente que aconteceu com o ônibus do Studio pode ter sido criminoso e Parodi suspeita que tem alguém tentando prejudicar o Studio, mas ela não pode revelar mais nada. De manhã quando León e eu chegamos para abrir o Studio as portas estavam pintadas com essa frase. - Ela pega o celular e mostra a foto. Com a descrição: NEM TENTEM, ESSE STUDIO ESTÁ DESTINADO AO FRACASSO.

— Nossa que sinistro - Naty se abriga nos braços de Maxi.

— Vocês acham que isso pode ter a ver com o festival?- Francesca questiona.

— A gente não tem como afirmar nada e inclusive essa conversa não pode sair daqui porque a imprensa ainda não sabe de nada e se souberem podem atrapalhar as investigações.

— Mas Fran pode ter razão - nesse momento Diego e Francesca se olham e imediatamente desviam o olhar -. A seleção para o Festival foi concorridíssima e participaram escolas de música e institutos de arte do mundo todo. O Art Rebel ficou logo atrás do Studio e depois acho que uma escola de música do Brasil. Participar de um festival desse traz um grande prestígio internacional. Agora não sei porque alguém faria isso com vocês se os próximos seríamos nós, do Art, a sermos convocados e não teríamos interesse nenhum em participar desse jeito.

— Claro Di, não temos dúvida disso. Então gente, agora que sabem de tudo mãos à obra. Vamos, vamos - Violetta tenta motivar o grupo que já está todo disperso. Enquanto isso, León pega o violão e chama Violetta pegar o teclado para mostrar ao pessoal a versão que estava trabalhando de Descubri.

(Considerar só a parte cantada)

— Nossa amiga vocês conseguiram deixar a música ainda mais romântica em inglês, ficou lindo. - Cami diz emocionada.

— Pensei em colocar o nome de Carry my heart. Mas a gente está trabalhando nela ainda o Fed também ajudou a gente.

— Eu? Só dei apoio moral mesmo, o casal que fez tudo.

— Pensei em de repente escolhermos um casal de novatos para cantar essa música. O que acham?

— Acho que deveria ser vocês dois mesmo, vai ser um dos pontos altos do show, até porque de todos nós vocês são os mais famosos e daria bastante repercussão para o evento.

— Concordo com a Fran, vamos deixar os novatos com as músicas em grupo e podia acrescentar uma música da banda dos meninos e das meninas. - Naty segura o rosto de Maxi e diz.

— Nossa meu marido é um gênio - diz agarrando Maxi pelo pescoço.

— Só tem um problema: eu e o Fed não podemos participar das apresentações, por causa do nosso contrato com a gravadora, mas podemos ajudar nos bastidores.

— Toda ajuda será bem-vinda, Fran. Maxi depois amadurecemos a ideia, beleza? Vamos ao trabalho gente. - Vilu diz coordenando o pessoal.

Tudo correu relativamente bem durante a maior parte da manhã. Com exceção do climão entre Francesca, Diego, Federico e Ludmila, a loira por sinal não deixava de mostrar seu descontentamento com a presença dos italianos.

— Gente, foi muito bom passar a manhã com vocês, mas tenho que ir preciso abrir o Art Rebel agora tarde. Deem uma passada lá quando puderem temos shows toda noite, vamos marcar de vocês se apresentarem um dia desses. - enquanto Diego se despedia foi interrompido pela chegada de German e Parodi.

— Violetta podemos falar um minuto.

— Claro, Parodi.

— Podem conversar lá em cima no escritório se quiserem, meus pais não estão em casa.

— Tchau gente, vou indo! - se despede Diego.

— Calma Diego, já que está aqui também preciso falar com você. German, por favor, passa a situação para a Violetta que eu terei que levar o Diego para prestar depoimento junto com Gregório. - Todos ficam assustados e se questionam.

— Como assim?

— Calma gente, por enquanto é só um depoimento, o amigo de vocês não será preso – Parodi tenta acalmar os ânimos.

— Pai, o que está acontecendo? - Pergunta abraçando-o.

— Filha vamos lá pra cima que te conto tudo.

— Pode falar aqui embaixo já contei tudo pra eles.

German então explica que estão investigando se há uma relação entre o acidente, o vandalismo no estúdio e o envenenamento de Pablo.

— O QUÊ? - todos gritam.

— Sim, Pablo foi envenenado. Ele teve alta do hospital, mas quase meia hora depois retornou ao hospital após um desmaio, os exames comprovaram envenenamento e encontraram um bilhete ameaçando ele.

— Como ele está German?

— Até onde sei está desacordado León, mas parece que já identificaram o tipo de veneno e só estão esperando o antídoto fazer efeito. Em resumo, a polícia suspeita que alguma escola de música estava concorrendo ao Festival de Londres pode estar envolvida nesses atos criminosos, por isso levaram o Diego, parece que acharam a lata de tinta que pintaram o Studio no Art Rebel. Vou reforçar a segurança do Studio e pedir para pintarem a porta. Amanhã mesmo vocês podem retornar para lá, podem ficar tranquilos, tudo vai se resolver.

— Chocada estou - Cami põe a mão na boca - parece até coisa de filme.

— Parece mais aqueles dramalhões bem mexicanos.

— Oh Avenida Brasil, não fala mal de novela mexicana - León repreende Broduey.

— Tá bom, Maria do Bairro. - Broduey retruca e todos riem aliviando o clima de tensão.