Des choses inséparables

50 2 0
                                    


Estava sendo um domingo tão chato, havia se acostumado a estar sempre com o namorado nos fins de semana, sua casa parecia tão vazia e sem graça, além de estar se sentindo decepcionado e solitário desde a noite passada.

Não sabia bem como explicar o que pensava, queria muito correr até Taehyung e enchê-lo de perguntas e sermões, por tê-lo tratado daquela maneira sem nem saber o motivo. Ficou muito magoado. Mas daria o braço a torcer, se ele está errado, ele que reconheça seu próprio erro e venha até si.

Beomgi se encontrava dormindo em meio as almofadas no chão da sala, o rotineiro cochilo da tarde, nem fazia meia hora que haviam almoçado e Yoongi se deparou com o filhote ressonando no local que antes estava brincando. Agora nem a companhia do garotinho tinha e se lhe dava tempo de sobra para pensar, o que era um problema.

Não dormira direito na noite passada, dormiu tarde e acordou cedo, estava em alerta para qualquer sinal de seu celular, negava para si mesmo, mas sabia que estava sim esperando um sinal do pintor.

A campainha soou, provavelmente Andrea sem nada para fazer e querendo lhe fazer falar com Taehyung, olhou rapidamente o pequeno Min, ele ainda dormia profundamente, levantou sorrateiramente e caminhou sem muita pressa, abriu a porta já com a frase pronta para a francesa.

– Olha, chega disso... – Seu texto decorados sumiu de sua mente ao vez os cabelos ondulados e negros daquele maldito pintor dentro de roupas em tons marrons.

– Oi... – Disse com um sorrisinho torto.

– Oi. – Deu um leve suspiro. – Ainda tinha mais pra falar? – Não conseguia segurar, ainda estava bem magoado.

– Exatamente sobre isso que vim falar. – Comprimiu os lábios e desviou o olhar. – Será que podemos conversar com mais calma?

O rapaz mais velho respirou fundo e deu um passo para fora, puxou um pouco a porta, para poder vigiar o filho dormindo e conversar.

– O que? – Cruzou os braços e olhou para o mais novo.

– Yoon, me perdoe. – Fechou os olhos, sem saber como encarar o outro coreano. – Estava tão estressado com a exposição, não tinha mais energia social. Não esperava encontrar vocês lá e muito menos queria agir daquela forma. – Seus dedos não paravam quietos, estava muito nervoso e constrangido de suas próprias atitudes.

– Olha, entendo que estava estressado, que estava cansado e tudo mais, mas realmente fiquei magoado com o que disse, além de que foi muito difícil explicar para Beomgi. – Disse o produtor. – Nunca mais faça isso.

Nunca mais faria, mesmo.

Talvez devesse começar a praticar yoga nos dias de exposição, agora, mais que tudo, via que ter a companhia de seus dois Mins seria o melhor jeito de recarregar suas energias e, o que fez, foi burrice e idiotice de sua parte.

– Está dizendo que me perdoa? – Os olhos brilhantes de Taehyung se ergueram, encontrando os do Min, esse que deu um sorriso castro.

Não via motivo de tornar aquilo maior, sentir falta do namorado já era ruim e, estando brigados, era pior ainda. Yoongi só queria esquecer isso e ver a prova de que o Kim nunca mais faria aquilo consigo e seu filho.

– Pra que isso? Parece até que derrubou o presidente de um palanque. – Brincou o mais velho erguendo a mão para o amante.

Assim que a mão ossuda e bonita de Taehyung tocou a sua, o puxou para mais perto e não perdeu tempo ao juntar os lábios e selar o perdão daquela briguinha boba.

(...)

Beomgi estava se sentindo torturado, sem saída, muito indeciso, estava tomando uma das maiores decisões da sua vida: qual sabor de sorvete escolheria

– Vamos, chaton. – O Min mais velho pressionou risonho.

– Dê tempo a ele! – Repreendeu, o pintor.

Os dois adultos se deixaram curtir um tempo juntos, tiveram até um momento de tensão sexual, onde o tarado Kim não deixou passar e, bem, foram para o banheiro e trocaram toques, já que seria muito arriscado intensificar as coisas. Imagina se Beomgi acorda na hora H Só precisavam se esconder e não fazer muito barulho.

Finalmente, o garotinho decidiu que pegaria duas bolas de sorvete de morango e finalmente sentaram em uma das mesas da sorveteria.

O celular de Taehyung começou a tocar, o nome "Senhora Sem Escrúpulos" brilhou.

– Que nome! – Yoongi gargalhou. – É a Kiko?

– É. Só um momento. – Atendeu.

- Príncipe, que horas vem pra casa?

– Pra que quer saber? – Não estava querendo ser grosso, mas já sentia todo o interesse por trás.

Eita, calma! – Dramatizou. – Enfim, a Andrea nos convidou para jantar hoje à noite em comemoração que eu finalmente voltei a pintar.

– Andrea – Os olhos do mais velho encarou os do namorado, por ali mesmo ele já recebeu a mensagem de que aquelas duas estavam aprontando. – Okay, pode ser.

Ah, o Yoon também. Sei que vocês já tiveram aquela reconciliação, em? – Como ele é vulgar...

– Tchau, Mitsuya. – Desligou

Uma relação saudável.

O produtor precisou segurar a risada, havia se acostumado com aquela relação estranha de Taehyung e Kiko, muitos julgariam o Kim como um grosseiro, mal educado, mas era ciente de que era só o Taehyung e a Kiko.

– A Kiko disse que a Andrea nos chamou para jantar, pra comemorar que a MItsuya saiu do fundo do poço. – Disse brincalhão. – Tudo bem pra você?

– Sim sim. – Respondeu. – Queria muito ir ver a nova pintura da Papillon...

– E a minha? Não quer ver? – O mais novo fingiu indignação. – Wuah! Estou magoado.

– Deixa de ser dramático! Claro que quero ver. – Revirou os olhos.

A conversa durou mais um pouco, foram para casa assim que Beomgi terminou seu sorvete, por insistência do garotinho. Descobriu que iria jantar com as outras duas moças. Ficou todo entusiasmado e ansioso para encontrá-las que até usou Taehyung para apressar o pai.

O pintor foi para sua casa, logo se encontrariam de novo, assim que abriu a porta já pode ver a japonesa jogada no sofá com a TV ligada, o que era muito estranho, já que ela sempre fica enfurnada no quarto.

– Cheguei. – Anunciou recebendo a atenção da mais nova.

– E ai? Como foi com o produtor bonitão? – Levantou seguindo o amigo que rumava para o próprio quarto.

– Foi mais fácil do que pensei. – Sorriu de canto. – Estava com muito medo do Yoon desistir de mim.

– Ele nunca vai desistir de você, vocês são estranhamente muito ligados. – Bufou após a fala. – Sério, parece até casalzinho de romance.

– Mas nós somos, somos protagonistas de nosso próprio romance. – Piscou para a moça que simplesmente revirou os olhos e saiu.

– Esteja pronto logo, a Andrea pediu para nos encontrarmos às sete no restaurante combinado! – Gritou do corredor.

– Depois mande o endereço para o Yoongi! – Gritou de volta e recebeu uma resposta positiva.

Ah, parece que tirou um grande peso das costas.

Não sabia que podia sofrer tantos danos em uma noite só, bebeu tanto, mesmo que não gostasse muito de beber, foi a melhor escapatória que achou. Doía tanto. Ficou se culpando toda a noite, ligou várias vezes e deixou várias mensagens, mas seu namorado seque se dava o trabalho de um sinal de fumaça que fosse.

Se sentiu um idiota a noite toda, não sabia mais o que fazer, só pensava que havia chegado a hora que Yoongi usaria aquela boba briga como motivo para lhe abandonar. Só pensava que seria abandonado de novo. Esse medo de ser abandonado é horrível, uma coisinha pequena pode lhe assustar de uma maneira indescritível.

Mas queria somente acreditar no que Kiko acabara de falar, que ele nunca vai desistir de si e que são estranhamente ligados demais.

Notre Destin Onde histórias criam vida. Descubra agora