Garder le contrôle de soi

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Um silêncio que doía estava naquela mesa, que normalmente é tão barulhenta.

A moça mais nova sequer havia encostado na comida, seu olhar odioso em cima dos dois visitantes e os suspiros que mais pareciam com um búfalo com raiva. Beomgi estava quietinho, mas ele olhava de vez em quando para os outros mais velhos, parecia assustado com aqueles estranhos,  sempre foi muito manhoso e não gostava muito de gente desconhecida.

Em frente aos visitantes, Taehyung comia como se nada estivesse acontecendo, o que assustava o parceiro ao seu lado, pois sabia bem que se tratava de uma tentativa de autocontrole do rapaz. Só um empurrão e ele surtaria. Não esperava e nem foi de seu agrado essa visita inesperada, nunca foi agradável. 

Sim, isso já aconteceu.

Foi quando eles conheceram Kiko e fizeram um alarde pelo filho estar morando com uma garota de menor, que isso era errado e ele poderia ser preso por pedófila. Interpretaram tudo errado e do jeito que queriam. Ganharam o ódio de Mitsuya, ela simplesmente adquiriu muita raiva pela visita, pelo jeito que a trataram mesmo sendo a dona da casa.

– Você é amigo do Tae? – A mulher mais velha perguntou. – Ah, espere, namorado dela?

– Ele é meu namorado. – Kim respondeu curto e grosso.

Um pigarreio foi ouvido vindo do outro Kim.

– Devo ter ouvido errado. – A moça disse rindo nervosa e forçadamente. – Namorado de quem?

Yoongi iria intervir, mas o rapaz ao seu lado não precisava de ajuda.

– Meu namorado. – Dessa vez, levantou o olhar para a mais velha, se mostrando não estar de brincadeira. 

– Que palhaçada… – O patriarca Kim largou os talheres e olhou para o pintor. – Que namorado o que! Onde já se viu dois homens namorarem?!

– Nós namoramos e não sei em que buraco de rato vocês vivem para não saberem que isso é muito comum e normal. – Largou os talheres também, mas sentiu a mão gélida do Min e encontrou o olhar dele, lhe pedindo para se acalmar.

Respirou fundo, tem uma criança muito assustada e não estava afim de piorar a situação do garotinho Min.

– Como ousa levantar a voz para mim? – O Kim mais velho diz. – Respeito, pois sou seu pai.

– Não tenho pai. – Respondeu voltando a comer.

– Você tem pai e mãe! Não fale mais isso, Kim Taehyung! – A matriarca disse, sentindo-se ofendida. 

– Pode calar a boca? – A voz de Mitsuya soou calma, mas os outros dois visitantes não entenderam, pois ela disse em francês, já que não sabia coreano, ela estava ficando sem paciência. 

Porém, a matriarca Kim entendeu que aquilo não era nada simples ou inofensivo. 

– Como é, pirralha? – A mulher levantou enfurecida. 

Taehyung levantou logo atrás e pegou uma reta só até o lado da sua progenitora, sussurrou algo para ela, mas a resposta não foi nada discreta:

– Não! Não vou sair daqui! 

– O que pensa que está fazendo? – O patriarca se envolve. – Respeito, Kim Taehyung!

– Respeito é o caralho! – Levantou a voz e Yoongi prontamente levantou indo até Beomgi e Kiko.

– Leve ele pro quarto, por favor. – Pediu o Min bem baixinho. – Filho, papa vai daqui a pouco lá. 

A japonesa pegou o pequeno Min no braço e saiu rumo às escadas, sumindo no segundo andar e deixando aquele terremoto para quem ficou.

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