Distance compliquée

27 2 2
                                    

Era manhã, o sol entrava pela sala, incandescendo nos olhos de Taehyung. 

O rapaz abriu os olhos lentamente e ia se levantar, porém sentiu um peso em cima  de si. Yoongi ressonava baixinho em seu peito. Instantaneamente, sorriu abobado e se ajeitou um pouco, tendo uma visão melhor da cena. 
Ele dormia tão sereno, os cabelos negro da franja caíam delicadamente sobre os olhos, a respiração era toda calma, seu peito subia e descia devagar. Os lábios entreabertos. Kim tinha total certeza de que ele é o cara mais lindo que já viu.

Um resmungo foi ouvido, mas não veio de Yoongi.

– Papa? – A vozinha manhosa de Beomgi soou no corredor.

O rapaz mais novo levantou devagar, pouso a cabeça do Min em uma almofada do sofá e foi até o corredor, encontrando o garotinho coçando os olhinhos em frente à porta do próprio quarto.

– Beom? – Chamou o  garotinho pelo apelido dado por si.  – Bonjour. – Se abaixou e afagou os cabelos negros.

– Bonjour, hyung. – O pequenino abraçou o pescoço do rapaz, o que o surpreendeu, mas logo retribuiu o abraço. – Meu papa?

Taehyung levantou com o pequeno Min nos braços e foi até a sala, fazendo sinal de silêncio com o dedo indicador para ele, quando mostrou o pai dele.

– Ele está bem cansado, então vamos preparar o café da manhã e deixá-lo dormir. – A criança ali assentiu balançando a cabeça e sorrindo cúmplice para o rapaz. 

Foram até a cozinha, Taehyung abriu os armários dando uma olhada no que poderia fazer, mas, bem, não era muito bom na cozinha e ali só tinham coisas a serem cozinhadas — não sabia fazer nenhuma delas.

Pegou o celular na sala e procurou uma receita fácil para o café da manhã. Panquecas. Típico. 

– Beom, vou precisar da sua ajuda. – Colocou uma tigela de plástico limpa que estava na pia na mesa, em frente ao garotinho e foi atrás dos ingredientes indicados na receita. – Toma. – Entregou um fuê ao menino. 

Colocou todos os ingredientes na mesa e sorriu para Beomgi antes de começar, rodou o vídeo no celular e foi, calmamente, seguindo o que era indicado pela moça do vídeo. Até estava dando certo, mas na hora em que teve de usar a frigideira, tudo começou a desandar e o desespero começava a bater. Estava difícil de intercalar entre a mesa e o fogão,  a cozinha já estava ficando suja, inclusive, sua própria roupa. 

Precisava virar a panqueca que estava na frigideira. 

Foi até a mesa e pegou Beomgi, o colocou sentado na bancada, não tão perto do fogão e colocou a tigela com a massa que fizeram entre as perninhas e um prato ou lado. 

– Beom, preciso que fique aqui e me ajude, agora vai ser bem difícil.  

O garotinho assentiu todo sério. 

Pegou uma espátula e segurou firme no cabo da frigideira, usou todos os neurônios para calcular o que faria e como iria virar aquilo sem estragar a panqueca tão bonitinha na panela. Beomgi também estava todo atento, quem visse de longe, pensaria até que estavam desarmando uma bomba, mas só estavam tentando cozinhar. 

Taehyung acabou fazendo uma barulheira danada — sem querer — e Beomgi riu alto achando graça no desespero do adulto, resultou em Yoongi acordando no susto e saindo desesperado até a cozinha, mas se acalmou quando viu os dois garotos sorrindo, sujos de massa de panqueca e se divertindo com aquilo. Se recostou na entrada da cozinha e ficou os observando, o sorrisinho do filho lhe dava um conforto no coração, era tão fofo as dobrinhas no canto dos olhos. 

Notre Destin Onde histórias criam vida. Descubra agora