No último dia do nosso mundo - Drarry

Capítulo 3 | Noite sem Fim

Harry passou a noite em uma casa vazia. Ele a escolheu aleatoriamente, não se preocupando com muito, exceto sair da rua. Ele se agachou no canto de uma aconchegante sala de estar de onde tinha uma visão desobstruída da rua. Nesse ponto, ele concordou com Draco que ele não era alvo de algum ataque secreto, mas velhos hábitos custavam a morrer, e se Severus tivesse entrado naquele momento e espiado Harry descansando no sofá azul macio, no aberto, haveria um inferno a pagar.

Antes de se estabelecer, ele colocou várias proteções na casa e as colocou para alertá-lo silenciosamente se fossem quebradas. Mentalmente, ele se amaldiçoou por só agora ter tomado tais medidas, mas "ontem à noite", se é que se pode chamar assim, na Dedosdemel, ele ainda estava em estado de choque.

Surpreendentemente, por mais aterrorizante que fosse ver Draco partir, isso clareou um pouco a mente de Harry. Fosse ou não o resultado de estar sozinho ou apenas a inevitável aceitação da situação, ele se sentia mais concentrado agora do que desde que a provação começou. O que, segundo sua estimativa, foi cerca de sete horas atrás.

Ele descobriu rapidamente que seu charme Tempus era inútil. Na verdade, ele havia deixado o feitiço ativado por alguns minutos no início da noite e observou os ponteiros enquanto corriam ao redor do mostrador do relógio fino.

Assim que Harry se sentou, o cansaço rolou sobre ele. Ele fechou os olhos com um suspiro gigante, em um dilema sobre descansar. Se dormisse, estaria vulnerável a ataques. Se ele não o fizesse, ele se tornaria descuidado em pouco tempo. Ele se contentou com um estado meditativo leve que Severus havia lhe ensinado, o que lhe permitiria permanecer hiper consciente de seu entorno, bem como descansar uma mente e corpo cansados. Quando ele obteve o foco adequado e se sintonizou com as defesas defensivas, ele fechou os olhos.

Não sendo de perder seu tempo de introspecção, ele voltou sua mente para o estranho fenômeno que afetava Draco e a si mesmo. Matemática simples sugeria que algo havia acontecido com Harry e Draco, não com o resto do mundo, embora ainda não tenha sido determinado se o fenômeno se estendia além de Hogwarts e Hogsmeade. Embora ele esperasse que Draco soubesse agora.

Não pela primeira vez desde que Draco havia aparatado, Harry amaldiçoou o pânico cego do outro garoto. Embora, com toda a justiça para o outro garoto, se Harry tivesse um lugar que chamasse de lar, além de Hogwarts, ele provavelmente teria feito a mesma coisa.

Ele revirou o evento várias vezes em sua mente, assim como repassou o tempo que eles passaram trancados na masmorra, mas nada parecia fora do comum. Perplexo, ele o revisou novamente.

Os meninos entraram na sala, procurando os móveis que Filch queria que eles encolhessem e se mudassem para a sala dos professores. Em um piscar de olhos, a porta bateu atrás deles e se recusou a abrir, mesmo quando os meninos haviam esgotado seu conhecimento dos feitiços básicos de desbloqueio. Eles discutiram, nenhuma surpresa. Eles haviam transfigurado algumas camas e ido dormir. Harry franziu a testa, mas seus olhos permaneceram fechados. Havia algo mais? Ele achava que não, mas talvez Draco se lembrasse de algo que ele não lembrava. Draco. Harry soltou um suspiro frustrado, arruinando completamente sua mediação. Ele queria sacudir o sonserino por separá-los.

Mas quando ele abriu os olhos, o amanhecer estava surgindo sobre a pitoresca cidadezinha de Hogsmeade, e os pensamentos de vingança de Harry se dissiparam. Bom dia, de novo, ele pensou. Hora de partir.

Sem contar o feitiço Tempus, o resto da magia de Harry parecia não ser afetada pelo que quer que tivesse acontecido, então com apenas uma pequena hesitação, ele aparatou da pequena sala de estar para o beco do Caldeirão Furado. Duas de suas perguntas foram respondidas imediatamente. Primeiro, o amanhecer estava apenas amanhecendo aqui, um sinal de que o Beco Diagonal havia sido afetado pela distorção do tempo. E segundo, estava tão vazio quanto Hogsmeade.