Confiança.

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Narrado por Emília

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Narrado por Emília.

É bem provável que trazer este homem para a minha casa, tenha sidouma ideia precipitada. Entretanto, ele me passou confiança. Isso raramente acontece se tratando da minha pessoa. Com os anos aprendi a não confiar em pessoas que se diziam "boas". Por cada maldita confiança, um pedaço do meu coração se quebrava. Do que adiantaria me importar em quebrar mais um pedaço se ele já estava todo estilhaçado?

Bom, isso não importava mais, não agora. Não confiar, não muda o fato de que eu nunca veria alguém sofrer e não faria absolutamente nada para ajudar. Não se engane, você faz isso consigo mesma.

Voltando ao homem que estava sentado em meu sofá, analiso atentamente o seu ombro, e suas escoriações. É  nítido como isso me intimida, ele é muito bonito, não nego e as tatuagens espalhados pelo seu corpo só reforçam o seu charme. Pare de pensar nisso, me repreendo mentalmente.

— O que houve? Perdeu o ar, peixinho? - Ele sorri com malícia. Causando um certo frio na boca do estômago.

— Como assim "peixinho"? - Indago, fazendo aspas no peixinho.

— Irei te chamar assim. - Ele me dá uma piscadinha e se estica no sofá. Ele não estava com dor?

— Confortavel, sr Vincent? - Cruzo os braços.

— A dor diminuiu com seus cuidados, peixinho. Obrigado pela preocupação!

— Então, agora que você já se sente melhor, pode ir andando.

— Oh baby! Me expulsando? Assim você me magoa. - Ele coloca a mão sobre o peito.

O que ele tem de bonito tem de folgado.

— A vossa excelência, pode por gentileza, se não for muito incômodo, se retirar da minha residência?

— Obviamente senhorita, com uma única condição. - Ele sorri.

— E qual seria? - Pergunto.

Ele é igual, ele é igual, ele é igual, igual a todos. Minha mente volta a falar, e eu decido ignorá-la desta vez. Não posso viver sendo refém da minha própria mente, mesmo que por muito tempo eu tenha concordado com tudo o que ela sempre me dizia.

— Que você aceite tomar café comigo, amanhã.

Seria um erro aceitar. Tenho erros demais em minha gaveta de coleções.

— Tudo bem, tenho que ir ao restaurante que fica no centro. Você pode me encontrar lá, por volta das dez da manhã. - Digo e ele assente.

Depois de mais alguns minutos, ele se vai. Agora só me resta a minha própria companhia. Preciso de um longo banho e uma boa noite de sono. Meu corpo irá me  agradecer depois. Saio do banho e vou até a cozinha, a parte menos usada da minha casa. Me sirvo com um copo de leite, enquanto acendo um cigarro. Os pensamentos como sempre acabam por me invadirem. Aquelas malditas lembranças, essa dor que não se dissipa. Por mais que eu tente, sei que nunca mais vou poder sentir aquela emoção e felicidade que um dia senti. Solto a fumaça lentamente, e subo as escadas, indo em direção ao meu quarto.

[•••] Dia Seguinte.

Sinto os meus olhos arderem devido a luz que vinha da janela aberta, não acredito que não a fechei. Cubro a minha cabeça com o edredom enquanto me encolho em posição fetal.

— Me perdoe mundo, mas hoje não estou com a mínima vontade de vencer.

●•° °•●

Oii, perdão pelo capítulo pequeno. E obrigada por lerem!

ps: A Emília tem alguns probleminhas, inclusive excesso de desanimo. (preguiça também, mas relevamos)

Até logo!

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