- Eleven - Preocupação constante.

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Madrugadinha.

...

Shivani May:

- Miguel, já te mandei descer! - Bailey ordena mais uma vez.

Meu coração estava aflito.

Miguel permanecia dentro daquela casa velha que estava rangendo como nunca com os ventos fortes que surgiram.

- Não vou! - Exclamou sem mostrar o rosto para fora da janela ou porta.- Só vou sair daqui quando todo mundo for embora e eu puder fugir pra bem longe de você e da mamãe!

Eu segurei a mão de Bailey que estava nervoso à ponto de subir naquela árvore e tirar nosso filho dali.

- Mimi, por favor! - Eu disse.- Por favor, meu amor desce desse lugar. É perigoso! Essa casa está velha. Você pode se machucar.

- Não me chama de meu amor, eu não sou seu amor! - Exclamou alto e colocou a cabecinha pela janela.- Você não me ama, mentirosa!

- MIGUEL! - Bailey devolveu em uma forma bruta e soltou minha mão, dando passos à frente.

Meu coração doia tanto!

Ouvir essas palavras da boca do meu filho só provam o quanto eu estava machucando-o sem perceber.

- Olha aqui garoto... se você não descer desse lugar no próximo segundo, eu juro que perco a porra da minha paciência com você Miguel! - Bailey continuou e parou em frente à entrada de madeira.- Eu não quero nem pensar no castigo que vou te dar! Então, DESÇA!

Meu menino olhou pra baixo e com certeza viu o quanto seu pai estava furioso. Depois olhou para mim e deu um passo para frente, em busca de sair.

O vento forte começou a ressurgir e alguns pingos chuvosos apareceram.

- Vou levar Daniel para dentro. - Ouço minha mãe.- Ele pode se resfriar se pegar essa chuva.

Eu assenti e fui até meu filho dando um curto beijo em seu rosto.

- Eu amo você, meu pequeno. - Murmurei tentando passar aquilo que eu sinto ao invés daquilo que eles acham.- Amo vocês todos!

Ele sorriu.

- Tudo bem amar outras pessoas acima de mim, mamãe. - Ah Deus, ele era tão ingênuo.- Eu te amo muito mais que o papai.

Ele beijou minha bochecha e correu para dentro com sua avó quando a chuva engrossou.

Fiquei estática por um momento, tentando perceber quando eu deixei isso acontecer. Quando deixei meus meninos pensarem que eu os amo menos.

Lágrimas silenciosas desceram pelo meu rosto e eu me virei para encarar Miguel descer as cordinhas.

Bailey o ajudou a pular para o chão no final e então meu filho nos olhou esperando alguma repreensão.

Eu apenas me abaixei e esperei ele vir até meu abraço.

Quando o fez, eu o apertei com força!

The Mobster - Adolescência.Onde histórias criam vida. Descubra agora