- Thirteen - Pagamento.

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Votem e comentem.

Falta dois capítulos para o final.

....

Lilian May:

Papai não dizia uma palavra.

Uma única palavra!

Ele estava vermelho de ódio enquanto minha mãe segurava sua mão.

Nós demos a notícia da melhor forma que achamos, mas desde sempre sabíamos que a reação dele só poderia ser amenizada.

- Quero mata-lo! - Ele rosnou e eu me assustei.

- Você vai. - Minha mãe respondeu e acariciou de leve sua mão com a outra dela.- Só que não agora.

- Como não? - Ele olhou para ela.- Você ouviu o que Lili acabou de dizer? Aquele imbecil está ameaçando ela, AMEAÇANDO MINHA FILHA!

Eu e a mulher ao meu lado fizemos careta ao mesmo tempo com seu tom de voz alto.

- Sabemos, Bailey. Se acalme! - Exclamou ainda falando baixo e fazendo carinho em sua mão.- Você só não pode fazer isso agora.

Mamãe sabia muito bem como controla-lo.

- Por que não? - Abaixou o tom assim que percebeu a calma de minha mãe.

- Você está cansado. Não dorme durante dois dias e ainda está com essa febre... - Respondeu.- Descanse um pouco e então você pode fazer o que quiser com Eric.

- Ele não vai fugir antes de vir até mim.- Eu o interrompi com um nó na garganta.

Eu não tinha medo do que meu pai faria com ele, ao contrário, eu estava anciando por isto. Sabia que minha consciência pesaria depois, mas eu também saberia lidar com isso.

Papai permaneceu em silêncio... talvez o efeito do remédio que a mamãe o deu, esteja fazendo efeito.

Eu me atrevi a sair do meu lugar e ir para o seu lado, ele analisava cada passo que eu dava sem falar uma palavra. Arrumei minha saia e ocupei o lugar no sofá ao seu lado, com uma cautela e cuidado que eu nem sabia que tinha envolvi meus braços em torno dele e o abracei forte.

Só queria que nosso laço paterno voltasse a ser como era antes de Eric me estragar com a minha família.

- Amo você, papai. - Deitei minha cabeça em seu ombro.- Sei que vai me proteger mesmo que eu não mereça. Obrigada por tudo!

Em poucos segundos ele soltou a mão de minha mãe e me abraçou da forma como tem que ser.

- Ah garota, você não deveria me fazer perder o juízo. - Resmungou.- Eu apostei tudo em você. Que seria a única que não me daria trabalho na adolescência.

- Desculpe. - Fui sincera.- Eu não pensei muito bem. Ainda sou sua princesinha? - Brinquei.

- Nunca vai deixar de ser. - Beijou a bagunça dos meus cabelos.

Um barulho de pisadas soaram e não demorou muito para visualizar Miguel e Dan descer as escadas.

Daniel sorriu para nós e Miguel deu as costas.

- Posso participar do abraço? - O mais carinhoso perguntou e correu assim que meu pai assentiu.

Mamãe ficou de pé e foi até Daniel que estava mexendo nas rosas do vaso da sala.

- Acordou bem, meu príncipe? - Ela questionou quando se abaixou para altura dele.

- Estou com fome, mamãe. - Murmurou enquanto tentava não olhar para nós.- Você pode me fazer um sanduíche?

The Mobster - Adolescência.Onde histórias criam vida. Descubra agora