Capítulo 8 Sonho involuntário

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É minha pausa pro almoço…
Achei legal tomar-lhe nota de minha manhã turbulenta: atendi cerca de trinta e duas mesas porém, nenhuma delas foi a sete. Estranhei não ter visto o trio hoje pela manhã mas, levando em conta que Serena estava doente, imagino vagamente que essa seja a causa.
As fantasias com Laís param, pelo menos por hoje. Não tive sonhos comprometedores com minha chefe e isso gera alívio em meu corpo; embora eu não consiga parar de pensar na noite que passei ao lado do Thomas. 
É estranho dizer que eu mal consigo olhar pra ele desde o ocorrido, mesmo que já tenha se passado uma semana.
Acredito que parte, ocorra por conta de meu lado feminino e animado com o suposto fato dele me ligar na manhã seguinte… o que não aconteceu. Por outro lado, isso não transformou meu trabalho em algo desconfortável.

****

Fim de expediente e finalmente me encontro em casa e de banho tomado. 
Os planos para a noite de hoje eram entediantes até um certo alguém bater em minha porta.

— Oi. 
— Oi… o que faz aqui?

Achei que deveríamos conversar sobre o que rolou entre a gente na noite de uma semana atrás. 

— Ah.. entra. 

Thomas entrou e eu fechei a porta. Coloquei sua mochila ao lado do sofá e me sentei na poltrona da frente. 

— Como esta a Serena? - perguntei, quebrando o gelo.
— Esta bem.
— Fico feliz em saber… você quer água, café, chá, cerveja? 
— Eu aceito uma cerveja. - ele sorriu com o rosto vermelho.

Peguei duas latinhas, uma para mim e outra para ele. 

— Aqui está.
— Obrigado. Bem, por onde começar? - ele sorriu, de nervoso nitidamente.
— Pelo começo. - eu ri.
— É uma boa… - ele riu desconcertado. — Queria me desculpar por não ter ligado ou falado com você. 
— Sem problemas.- dei um gole em minha cerveja.— foi apenas algo casual.
— Entendo. - ele corou e deu um gole em sua cerveja. — Mas eu passei a semana com você na cabeça. 
— Sério?
— Sim. Olha, eu não quero ser precipitado... mas, adoraria sair com você qualquer dia. 
— Minha próxima folga é na terça, vamos nos falando para marcarmos.
— Combinado. Eu te vejo na terça então. 

Ele se levantou e deu seu último gole na cerveja, então veio até mim e me abraçou. 

— Tchau. - ele sussurrou em meu ouvido.
— Tchau.

Abri a porta e ele se foi. Eu ainda estava desacreditado. Seria possível? 
Como ele descobriu onde eu moro sendo que sequer passei meu endereço pra ele? 
Como teria chegado até mim, se não por meio de uma investigação completa ou no mínimo mirabolante para que tivesse precisão quanto ao meu endereço?

Acordei!

Claro, só em sonhos! Só assim ele falaria comigo de forma vaga sobre a transa da semana passada. É, depois desse sonho curto e sutilmente comprometedor me vi em puro cansaço físico após uma punheta "involuntária". 

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