Capítulo 4 Impulso coletivo

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Não sei como explicar mas, aquilo me excitou. Por mais que a ideia fosse repentina, a decisão já estava tomada, nós iríamos invadir o parque.
Algo novo tomou conta do meu ser, uma adrenalina desconhecida a qual queria me convencer de que aquilo não era errado, afinal, não pretendiamos roubar nada, apenas ter um banho privado de piscina. 
Laís pegou outro de seu cigarro e se ajeitou no sofá e o acendeu, deu alguns tragos e o ofereceu para mim, fiz que não com a cabeça, ela deu de ombros voltando a dar longos e esfumaçados tragos enquanto me observava.

— Já fumou alguma vez? 
No ensino médio, não me agradou. - respondi.
Não sente vontade de fumar de verdade? - Ela sorriu maliciosamente e me entregou o baseado. 
— Como pretende entrar no parque brisada desse jeito? 

Eu o peguei e o apaguei.

— Não vou passar o dia inteiro sobrea, sendo que posso criar um plano ainda melhor para entrarmos e sairmos de lá sem sequer sermos vistos. - Ela sorriu e se levantou. — Entraremos no parque uma hora da manhã e ainda são uma da tarde, acha mesmo que passaríamos o dia inteirinho apenas esperando o parque fechar?
— Quais são seus planos para agora Sr. Chapada?
— Isso vai variar um pouco, prefere aproveitar em casa mesmo, ou tá afim de ver gente? 

Minha mente parou ali: "ver gente?", isso me lembrou o Thomas, a Serena e a Naomi… Não, definitivamente eu não queria ver pessoa alguma, além do mais eu e Laís estamos tendo um dia tão gostoso que decidi apenas ficar a mercê do fluxo das coisas. 

— Uma brisa entre nós é mais reservada, faz muito tempo que não faço isso. - sorri desconcertado.
— Neste caso ficaremos por aqui, vem vamos comer alguma coisa.

Ela me puxou pelas mãos me levando até a cozinha, ela retirou uns salgadinhos do armário e tirou duas cervejas e uma jara de suco de limão, organizamos tudo em cima da mesinha da sala e separamos um filme.

— Vou colocar o celular pra despertar caso a gente pegue no sono. - disse Laís. 
— Irei conectar meu celular ás câmeras de segurança do parque, assim consigo manipular as câmeras para não sermos vistos. 
— Ual, você é realmente nerd. - Exclamou Laís, com uma expressão sedutora.
— É preciso ter qualidades para compensar a caretice.- respondi. 
— Que tipo de defeito teria um ser como você? - Ela olhava diretamente em meus olhos.

Aquilo me estremeceu e antes que pudesse pensar em algo ela me beijou. Me vi imerso junto à ela, durante as poucas horas que ficamos juntos, tudo se tornou ainda mais intenso durante o beijo... foi ficando cada vez mais quente, quando dei conta de mim por alguns segundos inertes e de puro prazer, me encontrava semi-nu na sala e Laís usava uma lingerie laranja a que a deixou ainda mais sexy e resaltava o tom azulado de seus olhos. 
Minha mão percorria o seu corpo torneado e quente, que se encontrava arrepiado... já a mão dela, apertava de forma sutil meu pescoço de acordo com a intensidade de nossos beijos, esta, deslizou sua mão até minhas partes enquanto eu tirava seu sutiã.

— Vamos pro quarto? - Ela sussurrou em meu ouvido entre gemidos.

Descobertas a doisOnde histórias criam vida. Descubra agora