A nova vida de Momo Parte VII

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"- Momo, acho que sua magia se estabilizou."

Ele me olha confuso.

- Do que está falando? -Ele parece preocupado e vira minha cabeça, olhando minha marca. – Não está cinza nem com raízes.

Estranho. Se bem que dessa vez não estou sentido dor nem mal-estar.

- Sua marca também está diferente. Da última vez eu te ajudei, mas acho que foi temporário. Ela ficou piscando, como uma árvore de natal. Talvez os efeitos fossem passar com o tempo.

- ... -Momo vira o rosto, nervoso.

- .... Mo-mo... -O olho severo, como uma mãe prestes a dar bronca no filho.

- E-eu comecei a me sentir mal pela manhã. Mais especificamente com frio. Depois disso eu fiquei pensando em você. D-de várias formas por algum motivo. E acabei d-daquele jeito. Então aconteceu o que você sabe. -Fala envergonhado.

Suspiro.

- Então realmente ia perder o efeito.

- Quer dizer que agora não vai? -Pergunta confuso. – O que fizemos de diferente?

- Transa... -Ele bate em minha cabeça, não me deixando terminar.

- Nem termina.

- Você tá bem diferente agora.

- S-só to com vergonha. Podemos não falar disso? -Diz, a cabeça baixa e o rosto completamente vermelho. – A marca pode não ser fixa, pode significar apenas que durará mais tempo. -Diz sério, o rosto ainda vermelho.

- Tem essa possibilidade. -Momo se meche na cama e é então que percebemos algo: eu ainda estava dentro dele. – A-ah... M-melhor eu sair.

Ele apenas assente, mais envergonhado ainda. Contudo, quando saio percebo algo que me desespera.

- Momo, cadê a camisinha?!

Ele me olha apavorado, intercalando seu olhar de meu rosto ao meu pênis.

- Não deveria estar ai? -Pergunta apavorado.

- Eu sei que deveria! E porque não está?!

Ele arregala os olhos.

- T-talvez... S-só talvez, m-meu corpo tenha detectado minha magia como organismo estranho de novo e... -Ele começa, temeroso, e não termina.

- Não. -Eu estava pasmo.

Contudo, não temos tempo de continuar a refletir, já que alguém sequer bate a porta, apenas começa a arromba-la mesmo.

- SEUS IDIOTAS! VOCÊS NÃO PODEM TRANSAR! -Anna grita. – Se não estiverem usando camisinha humana normal vocês estão fodidos! -Diz, realmente desesperada.

E ela verbaliza o que nossas cabeças não queriam ouvir. Nossos olhares se cruzam, o desespero estampado ali. Estávamos tão desesperados que não movemos um milímetro sequer, bem como não respondemos a ruiva do outro lado da porta. Então, dez segundos em silêncio depois, a porta do quarto é arrombada por uma princesa em fúria nos olhando ameaçadoramente enquanto bufava.

- Escritório, a-go-ra! -Dita, irritada. É então que voltamos a realidade. Momo tenta sair da cama correndo, mas cai no processo, indo de cara ao chão, dando um alto som na queda. Já eu estou apavorado demais para mexer um músculo sequer além do suficiente de puxar a coberta para me cobrir. – Vou esperar vocês lá. Não demorem! -Ordena autoritária, em seguida saindo e batendo a porta arrombada com magia.

Momo termina de colocar a calça e me olha, percebendo o quão aflito eu estava, então vem até mim, se apoiando na cama.

- O que ouve? Está se sentindo mal? -Pergunta realmente preocupado.

Uma Nova Versão De Você (Novo Verão Em Gravity Falls)Onde histórias criam vida. Descubra agora