Repentance

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Pode haver possíveis gatilhos.

Eu o queria para mim, para desfrutar do amor que nunca me foi proporcionado, mas quando eu finalmente o olhei como eu costumava fazer nas outras vezes e ele estava olhando para ela... Meu mundo inteiro parou, senti minhas pernas fracas e meu coração lento no peito.

Eu o queria, mas Taehyung não era meu.

Limpei a lágrima que escorreu solitária na minha bochecha, não poderia ser egoísta e desejar que aquele sorriso apaixonado fosse dirigido para mim, o mundo precisava vê-lo lindo com os olhos brilhando.

Eu o amava tanto, e percebi que o amava quando a vontade de deixa-lo ir com ela foi maior do que a dor que se alastrou no meu coração.

Eu não podia ser egoísta, infelizmente... Meu coração era bom.

— Você fica lindo apaixonado. — Taehyung despertou do mundinho particular e me encarou como se houvesse visto um fantasma.

Ele percebeu meus olhos amuados e as lágrimas recentes que eu não fiz questão de esconder.

— J-jeongguk... Não é oque-

— Não... Tae, deixe-me dizer que eu estou orgulhoso de você, finalmente consigo ver o brilho de amor nos seus olhos, eu não lutei atoa. — falei. — Ela sente o mesmo, não deixe-a ir.

Mas Tae estava com os olhos lacrimejantes também, como se uma grande culpa corrompesse seu coração, afinal, dediquei anos a procura de médicos e tratamento para aquilo que não sabíamos que tinha cura.

— Guk...

— Vá, Taehyung, ela está quase indo. — falei entre um soluço e outro desta vez sem conseguir olha-lo nós olhos.

Doía como o inferno.

Tudo oque ele fez foi beijar minha testa e correr em direção a mulher a alguns metros da gente, não se ocupou em olhar para trás quando a beijou e ela prontamente retribuiu.

A dor foi lacinante, o suficiente para abrir uma lacuna em meu peito.

Ele havia escolhido ela e eu já deveria te esperado por isso, fui muito burro em ter esperança.

Antes de ir, Suspirei uma última vez, antes de caminhar para fora do estabelecimento. A noite estava calma e silenciosa, sentei-me em um banco afastando observando pelas paredes de vidro a senas se repetindo de Taehyung e a outra abraçados e sorrindo um para o outro, por um momento eu quis me apegar aquela mínima e minúscula pedrinha de esperança que cutucava meu peito, mas ele estava feliz onde estava, e eu seria muito egoísta se desejasse tirar isso dele.

Havia me apegado a ideia de ficar com Taehyung logo depois de algumas horas antes de vir nesse restaurante, familiares me ligaram anunciando a morte de minha mãe e irmão em um trágico e mortal acidente de carro.

Talvez eu houvesse me apegado ao último suspiro de esperança de que talvez a vida não fosse tão ruim assim comigo, que eu poderia amar e ser amado da mesma forma e que eu não estaria sozinho no mundo.

Mas era tudo mentira.

Estava sozinho no mundo. 

Então não faria diferença se eu o deixasse também.

Taehyung descobriu a minha morte algumas semanas depois, quando voltou para Seul após descobrir das tragédias em minha família e que meu corpo foi encontrado na ponte do rio Han alguns dias depois.

Ele não teve tempo de descobrir que seu amor real era por Jeongguk, o dono e pertencente de todas as suas primeiras vezes.

Porque confundiu amor com compaixão, quando ele estava cuidando de suas feridas.

E agora, Taehyung não podia retribuir, além de chorar em lamentação, porque o Jeon nunca mais voltaria.

Ideias da madrugada • Oneshots Taekook Onde histórias criam vida. Descubra agora