Capítulo Oito

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Quando Kong parou no restaurante designado, ele ficou boquiaberto com a pura elegância dele. Suthiluck olhou para o homem no banco do passageiro, que estava dormindo com a cabeça contra a janela. Afastando-se, Kong se inclinou para frente para olhar para o prédio, reconhecendo o lugar como um dos poucos restaurantes giratórios da região. Ele veio aqui apenas uma vez com seus pais quando era jovem e ainda tiveram que fazer uma reserva com três meses de antecedência.

Considerando que eles eram bastante ricos, Kong não podia deixar de se perguntar quanta fortuna o homem sentado ao seu lado realmente tinha. Deixando de lado sua curiosidade, ele estendeu a mão e cutucou Arthit para que acordasse. 

Rojnapat sentou-se e piscou para ele com os olhos turvos. Kong o observou esticar os braços para frente, estalando os dedos no processo. Vendo que sua gravata estava torta, Kong estendeu a mão para endireitá-la, apenas para sua mão ser agarrada por Arthit. "Que diabos está fazendo?" 

Suthiluck encontrou seus olhos e apontou para sua gravata. "Está torta. Eu ia arrumar."

Arthit olhou para a gravata e bufou antes de empurrar a mão de seu assistente pessoal para longe. "Eu não sou um inválido, Kongpob. Eu posso fazer isso sozinho."

Kong olhou para baixo, confuso com o motivo pelo qual estava sendo repreendido. Ele assentiu e permitiu que sua mão caísse ao seu lado. Estendendo a mão, Suthiluck desligou o carro e estendeu a chave para Arthit pegar e este o encarou por breves segundos antes de a segurar. Vendo que ele finalmente estava com as chaves, Kong saiu do carro e esperou que Arthit o seguisse. 

Quando Rojnapat saiu do carro, ele apertou um botão e Kong ouviu o bipe alertando que o carro estava trancado. Ele silenciosamente seguiu seu chefe para dentro do prédio. Arthit caminhou até a recepção e Kong ficou em estado de choque enquanto observava a recepcionista dar uma olhada em Arthit e entregar a chave de um dos cômodos privados. 

"Você está vindo ou não?" Arthit chamou por cima do ombro enquanto Suthiluck ainda estava ali, boquiaberto. Ele se apressou para alcançá-lo e ficou ao lado de Arthit enquanto o elevador descia. Quando a porta se abriu, ele teve outra surpresa quando um casal estava se beijando no canto. Viu? É por isso que eu subo as escadas. Arthit pigarreou alto e os dois se separaram às pressas e saíram correndo do elevador, rindo enquanto seguravam as mãos um do outro e corriam para fora do prédio. Kong observou Rojnapat revirar os olhos e entrar no elevador. A porta estava prestes a fechar e Arthit estendeu a mão para impedi-la. "Droga, Kongpob. Você pode parar de ser tão distraído? Entre." Kong voltou à atenção e entrou no elevador, ficando tão longe de Arthit quanto humanamente possível. "Que diabos há de errado com você?" 

Kong olhou para cima para encontrar Arthit com uma expressão exasperada. Ele suspirou e caiu contra a parede do elevador. "Tudo é tão cansativo. Eu nunca sei o que fazer. Durante a minha infância e adolescência, eu só tinha minha avó. Nunca saí de casa. Nunca tive muitos amigos além de um. Agora, eu vejo como é impossível até mesmo manter uma conversa. Por exemplo, chamar alguém de 'senhor' ou 'senhora' é ofensivo? Fazer um wai é errado? Ajudar as pessoas é rude? Sorrir enfurece as pessoas? Puxa, estou enlouquecendo aqui."

Arthit ergueu uma sobrancelha perfeita para ele e Kong o ouviu murmurar: "Tudo faz muito sentido agora." Suthiluck franziu a testa enquanto Arthit olhava para ele parecendo analisa-lo.

"O quê?"

"Posso ajudá-lo com a maior parte disso. Primeiro, vamos esclarecer uma coisa: a menos que a pessoa solicite especificamente, nunca a chame de senhor ou senhora. Fazer wai também segue essa regra. Para ajudar alguém, você deve perguntar primeiro. Quanto a sorrir... esse hábito pode ser um pouco difícil de quebrar a julgar pela sua personalidade. Basicamente, não sorria para as pessoas a menos que elas contem uma piada ou você esteja genuinamente feliz. As pessoas podem dizer a diferença. Você pode sorrir, porém, na privacidade de sua própria casa, se tiver convidados. É mais uma formalidade e uma forma de respeito não sorrir em público. Além disso, sorrir é muitas vezes visto como uma ameaça."

Societal Good (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora