Capítulo Vinte e Dois

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Kong distraidamente mexeu sua bebida. Mesmo que seus olhos estivessem em sua parede, ele não a estava vendo.

Ontem, ele não havia retornado ao apartamento de Arthit. Suthiluck só tinha a suspeita de que seu chefe precisava ficar sozinho. Era desorientador não ir lá. Tornou-se uma parte de sua rotina ir para lá.

Ele caminhou para casa. O edifício em que morava não estava tão longe. Cerca de trinta minutos de caminhada, então ele não estava tão bravo com Arthit. Suthiluck estava apenas ferido. Ele percebeu com um choque que ele nunca tinha ligado para Rojnapat. Ele tinha seu número desde que era necessário, mas ele nunca o usou.

Arthit mora do outro lado da rua e passa o dia inteiro com ele. Não havia necessidade. Mas agora ele desejava estar mais acostumado a falar com Arthit pelo celular. Seria útil para que ele pudesse perguntar o que estava errado sem estar na linha direta de objetos voadores.

Verificando seu celular, Kong suspirou quando viu que teria que sair em uma hora para acordar Arthit. Ele colocou sua bebida na pia, fazendo uma promessa distraída de limpá-la. Tirando a poeira das mãos, Kong pegou sua roupa na secadora e começou a dobrar, colocando-a com cuidado na mesa de cabeceira para não amassar. Ao guardá-las, alguém bateu em sua porta. Franzindo as sobrancelhas, Kong foi até a porta. Eram sete da manhã. Por que alguém estava visitando neste momento?

Espiando pelo olho mágico da porta, Kong engasgou quando viu Arthit parado do outro lado. Este é o segundo dia consecutivo em que Arthit acorda cedo. Respirando fundo, Kong abriu a porta. Rojnapat não estava vestido para ir ao escritório hoje. Ele estava vestindo uma camisa branca de gola alta, jeans skinny preto e tênis.

"Posso entrar?" Arthit perguntou a ele depois de alguns momentos de silêncio. Kong percebeu que estava olhando para seu chefe sem dizer nada. Ele se afastou sem dizer uma palavra. Era estranho ter Arthit em seu apartamento. Ele ia à casa de Arthit o tempo todo, mas ter Rojnapat ali parecia mais pessoal.

O apartamento de Arthit era quase como o escritório. Era o seu espaço de trabalho. Ali era sua casa, onde passava seu tempo livre e fazia as coisas que gostava. Arthit estava na sala de estar, movendo-se em um círculo lento enquanto observava o apartamento árido de Kong.

"Desculpe pelo espaço vazio. Não encontrei tempo para ir comprar móveis." Kong torceu as mãos imaginando o que ele deveria fazer.

"Está tudo bem. Pelo menos está limpo."

Kong poderia cortar a tensão na sala com uma faca. Seus olhos pousaram na mão de Arthit, que agora estava enfaixada e engessada nos dedos indicador e médio.

"Como está sua mão?" Kong perguntou baixinho.

Arthit assentiu pensativo. "Está tudo bem. Essa não foi a primeira vez que eu soquei uma parede." Arthit olhou para o chão e depois de volta para ele. Kong praticamente podia ver a sinceridade vazando de seus olhos. "Desculpe. Eu sei que te deixei lá e que não deveria ter feito isso. Eu simplesmente não podia estar perto de você naquele momento. Eu precisava ficar sozinho para esfriar minha cabeça. Quando eu não durmo, minhas emoções tendem a dar errado e a menor coisa pode me detonar."

"Eu... eu fiz algo errado? Desculpe por chamar o diretor operacional de 'senhor' e não prestar atenção, eu realmente não queria."

Arthit bufou. "Eu gostaria que fosse esse o problema." Kong esperou que ele explicasse melhor, mas não o fez. "Está livre hoje?"

Kong piscou. "V-Você sabe que eu trabalho para você, certo? Então, eu não sei, Arthit. Estou livre hoje?"

Arthit deu uma risadinha. "Eu não sabia que você não tinha vida fora do trabalho. Sim, você está livre hoje. Então, venha comigo."

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