Bônus: II

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Sim, eu senti vontade de escrever um pouco mais sobre esses luriel aqui, eles são o meu tudo e os meus favoritos de todas as minhas fics, meus protegidos 🥺

• Também contém estímulo visual como o capítulo anterior.

• Sabia que se você comentar e votar sua mão não vai cair? 😱 Juro pra vocês, legal né?

• Capítulo não revisado!

Boa leitura!!!

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Pele.

Eu só pensava na pele.

Desde a madrugada em que ele me tomou em meu ambiente artístico. Tudo lá dentro trazia lembranças. Tudo lá dentro fazia meu pau doer.

Até a maldita mesa de desenhos me deixava excitado.

E então eu lembrava da pele. Da pele dele.

Em como havia deslizado sobre a minha, em como eu a havia marcado do meu jeito. A meu modo artístico e colorido.

Eu estava com o cavalete retrátil já montado em minha frente, sobre a grama verde, de frente para o imenso lago de água cristalina, a maleta de tintas já estava vazia, todas estavam disposta naquele bendito cavalete. Tudo ali me esperava, na esperança de que eu apenas desse fim a espera e começasse.

Mas eu não conseguia.

Ele estava logo ali, rindo e amaldiçoando os próprios irmãos que tentavam afogar uns aos outros naquela água refrescante em meio a um fim de tarde de verão.

E eu só enxergava a pele. A pele dele.

Pingava água. Pingava suor. Pingou de mim, do meu prazer que lhe sujara a mão naquela noite. E somente naquele noite, em mais nenhuma.

Tudo o que eu queria era que ele me perguntasse, conversasse comigo, chegasse e dissesse "Quero novamente, você topa?", mas não, nem isso.

A amizade, estranhamente, continuava a mesma, o acordo de amigos que são amantes parecia nunca ter existido pois estávamos somente na parte de amigos, nada mais. Azriel não falava sobre o acontecimento memorável da galeria, o quem levava a sequer cogitar a ideia de tocar no assunto.

Minha cabeça estava uma bagunça, e ele... Ele parecia sequer se lembrar daquela noite.

Vivendo a vida e frequentando minha casa como se não tivesse me comido com força em um daqueles cômodos silenciosos que se tornavam barulhentos quando ele estava presente.

Eu não estava perdendo o juízo, as marcas de tinta branca, amarela e rosa na porta, mesa e chão de madeira polida estavam lá para comprovar de que realmente havia acontecido, que eu realmente havia aberto minhas pernas e deixado que ele fizesse o que quisesse comigo.

Azriel ainda era o mesmo comigo, então porque eu me sentia tão incomodado somente pelo fato de que ele talvez nunca mais me tocasse como tocou naquela noite...?

Olhei para a tela em branco no cavalete, e então para ele, não conseguindo afastar a memória do corpo dele entre minhas pernas enquanto beijava meu pescoço. Olhei novamente para a tela, e novamente para ele.

Sondei ao redor. Era uma paisagem linda. Verde, branco, azul, violeta, vermelho, amarelo e laranja, seriam as cores de base que eu usaria para pintar a imensidão florida que tinha aos arredores do lago.

Corte de Artes e Paixões •LURIELOnde histórias criam vida. Descubra agora