Parte 24

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Chegamos em Dun Broch logo pela manhã e fomos direto para o castelo. A primeira coisa que eu fiz foi ir até o estábulo e dar um grande abraço em Angus, estava com muitas saudades mesmo passando só alguns dias longe. Depois fui com o Soluço até o salão principal, onde estavam os meus irmãozinhos, aprontando, para variar... Dei um abraço bem apertado nos 3 e quando eles viram que eu estava acompanhada pelo Soluço, fizeram uma careta e logo sairam correndo. Logo em seguida meus pais chegaram. Minha mãe me deu um beijo, animada por eu ter voltado, meu pai me abraça e cumprimenta Soluço muito sério.

- Mãe, Pai... Chegamos! O pai do Soluço está esperando lá fora. É... Eu acredito que talvez vocês se surpreendam um pouquinho com os seus costumes, mas vocês com certeza vão se entender... Ele é muito gentil e simpático! Vão lá conversar, vão! -Falei dando pequenos empurrões em suas costas.

R. Elinor: Está bem, estamos indo! Já voltamos...

- Sem pressa! -Falei fechando a porta.

Eu e Soluço subimos as escadas e fomos até o meu quarto. Fomos direto para a janela, onde conseguimos ver eles conversando lá em baixo.

- Será que eles vão se entender?

Soluço: Não se preocupe, vai dar tudo certo!

Nós olhamos mais atentamente pela janela e ficamos escutando a conversa...

R. Fergus: Stoico?

Stoico: Fergus!

R. Fergus: O que você faz aqui?

Stoico: Vim com o meu filho, Soluço!

R. Fergus: Você é o pai do Soluço?

Stoico: Sou sim!

Meu pai olha espantado para Stoico.

R. Elinor: Fergus?

R. Fergus: Agora não Elinor! Vá para dentro e ache a Mérida! Vamos cancelar o casamento!

R. Elinor: Mas, por que?

Stoico estava confuso com a situação.

Stoico: Não vamos cancelar casamento nenhum! O Soluço irá se casar com a Mérida!

R. Fergus: Não! O Seu filho não irá se casar com a minha filha!

Stoico: O que? A Mérida é sua filha?

R. Fergus: Sim!

R. Elinor: Fergus! Me explique agora mesmo o que está acontecendo!

R. Fergus: Eles são primos, Elinor! PRIMOS!

O que? O Soluço é meu primo? Como assim?
Nessa mesma hora nós nos olhamos confusos e descemos as escadas correndo indo em direção à eles.

R. Fergus: É isso mesmo! Eu e Stoico somos irmãos!

Stoico: Por que diabos mandou aquele convite convidando o Soluço para os jogos?

R. Fergus: Eu não sabia que você era o líder de Berk! E por que diabos mandou o seu filho para cá?

Stoico: Porque eu não sabia que o rei era você!

R. Elinor: Cavalheiros, isso está realmente muito confuso, mas vamos ao assunto que interessa, o casamento...

Os dois juntos: Não vai mais ter casamento!!!

Eles descutiam sem parar, então eu e Soluço chegamos juntos.

- O que está acontecendo aqui?

Soluço: Será que alguém pode explicar essa história direito?

R. Fergus: Vocês dois! Quero pelo menos 3 metros de distancia! -Ele fala afastando nós dois.

- Pra que isso? O que está acontecendo???

Stoico: Não vai mais ter casamento!

Soluço: Mas pai, por que não? Que história é essa?

Meu pai e o Stoico se olham sérios, e ao mesmo tempo um pouco tristes, mas então falam...

R. Fergus: Não vai mais ter casamento porque... Vocês dois são primos! Eu e o seu pai, Soluço, somos irmãos e a anos atrás nos desintendemos muito feio, o que ocasionou a nos afastar por tanto tempo e vocês não se conhecerem até agora...

- Mas e quanto a nós? Nós nos amamos e vocês não vão nos separar e nem cancelar o casamento! Vocês podem muito bem se acertarem! Devem fazer isso! Sendo primos ou não nós nos amamos e vamos nos casar!

Soluço: É isso mesmo! Vocês não podem nos separar!

Stoico: Nós podemos e vamos! Além de não ser permitido, nós não somos bem-vindos aqui, Soluço. Vamos embora!

Soluço: Não, Pai! Eu te amo e te respeito muito mas isso eu não posso permitir!

Soluço olha para mim e eu apenas balanço a cabela positivamente, era o 'plano B'. Sim, nós tínhamos feito um 'plano B' para o caso de algo dar errado, e você já vai descobrir qual é...

- É isso mesmo! Mãe, Pai... Eu amo vocês, mas não posso mais ficar longe do Soluço. E vocês não vão me impedir de ficar junto dele!

Em um empulso nós nos damos as mãos e saímos correndo até Banguela que estava nos esperando. Montamos em Banguela, que voa para longe.

R. Fergus: O que é aquilo?

Stoico: Um dragão!

R. Fergus: Para onde o seu filho está levando a minha filha?

Stoico: Isso... Só Deus sabe...

R. Fergus: Como assim?
Trate de trazer a minha filha de volta!!! -Grita meu pai.

R. Elinor: Fergus! Pare de gritar, a essa altura eles não vão te escutar! E vocês dois deviam ter é vergonha! Viram o que fizeram? -Fala minha mãe um pouco mais exaltada.- Eles vão voltar e até lá, tratem de fazerem as pazes! -Ela fala agora um pouco mais calma.

Eles fazem uma careta mas meu pai convida Stoico para beber algo e conversar. Stoico aceita e lá vão eles, depois de tantos anos deviam ter muito assunto para botar em dia. Stoico falou sobre Berk e seus dragões e meu pai falou sobre o reino e também contou, mais uma vez, a história de como perdeu sua perna...
Eu e Soluço, obviamente não fomos muito longe, não saímos de Dun Broch. Fomos até a colina... Aquela colina com certeza significava muito para nós... Foi onde nos conhecemos, foi onde passamos a nos encontrar, e confesso também que lá era um lugar bem romântico... Principalmente ao entardecer... Ficamos lá até mais tarde, conversamos muito e decidimos voltar para resolver tudo com mais calma. Nossa intenção era fugir, fugir para bem longe para que não nos encontrassem, mas sabíamos que isso não resolveria nada... Então voltamos para o castelo.

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