LOTUS: A HERANÇA DE PARK [JIKOOK]

CAPÍTULO II

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• Park Jimin

2012

Aos oito anos perdi meus pais.
Eles morreram na minha frente.

Estávamos saindo de casa para comemorar meu aniversário, papai tinha comprado um bolo enorme mas se esqueceu das velinhas, então nós três íamos no mercado comprar.

No caminho mamãe teve a idéia de passar no parque um pouquinho para que eu pudesse brincar, comemos algodão doce e fizemos bolhas de sabão juntos. No final da tarde tínhamos ìdo ao cinema assistir "Hotel Transilvânia", eu estava muito animado para ver esse desenho então eles me levaram para assistir.

Aquele foi o melhor dia da minha vida, até chegarmos em casa.

Era por volta das 18:30 da tarde, o céu indicava que iria chover. Entramos e mamãe tirou meu casaco para que eu pudesse ajudá-la a enfeitar o meu bolo. Meus avós moram em Busan e não puderam ir comemorar com a gente. Graças ao estudo domiciliar, eu não tinha amigos de escolinha e meus tios eram ocupados demais para tirar um tempinho para me ver no dia do meu aniversário.

Então a festa foi entre nós três, e foi perfeita. O papai ligou a filmadora e a mamãe acendeu a velinha com o número oito no topo do bolo. Cantamos parabéns juntos e eu recebi beijos na bochecha, sendo abraçado no meio dos dois.

— Meu pequeno Lotus, mamãe te ama tanto! — Soltei risadas quando ela me fez cócegas na barriga — Abra seu presente, filho!

— Sua mãe e eu escolhemos com muito amor. — Papai me deu uma caixinha vermelha de veludo.

— Vamos sempre estar com você, use isso e nunca se sentirá sozinho. — Mamãe tirou um colar de dentro da caixinha e prendeu no meu pescoço — Você vai ter muitos amigos um dia meu filho, mas enquanto não tiver, lembre que a mamãe e o papai vão estar contigo o tempo todo. Bem aqui.

Ela abriu o pingente e me mostrou uma foto com nós três dentro do colar.

— Lembre que você não é inferior à ninguém, Jimin. Você é perfeito, completamente normal e não há nada de errado com você. Se as outras crianças não gostam de você, elas que são estranhas. Não você. — Meu papai me disse e me beijou.

— Lotus, você ainda vai conhecer pessoas que vão te amar e gostar de você pelo o que você é, mas nunca deixe ninguém te dizer que você não é bom.

— Lembra do que o papai te disse uma vez? — Ele pegou minha mão e sorriu para mim — Você não pode ser igual aos outros se nasceu para se destacar. As estrelas nunca vão brilhar mais que a Lua, meu pequeno. E você é a nossa Lua.

— Eu me lembro, Papai. — Sorri, com pais tão amorosos e carinhosos eu nunca me senti excluído. Eu nunca precisei de amigos, tinha tudo neles.

— Amamos tanto você, meu amor. — Mamãe me abraçou — Você é o nosso orgulho, e quando crescer, será muito feliz. Eu prometo, bebê.

— Mas eu já sou feliz! — Saltei no colo dela — Tenho os melhores papais comigo! Jiminie ama muito o papai e a mamãe!

Eles deram risada e me beijaram de novo e de novo.

O dia não podia ser mais feliz, até que o papai ouve um barulho vindo da entrada. A porta se abriu e som de passos começaram a se aproximar de nós.

Pelo visto os seguranças não estavam em seus postos e nenhum funcionário da casa estava presente no seu horário de trabalho. Ou seja, armaram para deixarnos sozinhos e sem proteção.