❀ Chapter 07 ❀

292 19 17
                                    

Any Gabrielly10/07/2017 - Ipanema - RJ/BR

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Any Gabrielly
10/07/2017 - Ipanema - RJ/BR

Eu tenho síndrome do pânico! Os meus pais estão mortos...

O seu pai não está morto, ele te abandonou! — lembro da frase dita pelo meu tio naquela nossa última discussão

Minha vida estava virada de cabeça para baixo. Tudo era confuso, eu não podia ter síndrome do pânico, aquela revelação do meu tio rodava a minha mente sempre que eu estava sozinha ou que pensava mais sobre os meus pais.

Ron- Any, ANY! – ouço os berros do meu marido e me levanto indo recebê-lo na sala

Any- Sim, meu amor! – me coloco à sua frente de cabeça baixa como tinha que fazer sempre que o via por está casa, mas sou surpreendida por um abraço apertado do homem que se desmoronou em lágrimas no meu ombro

Ron- A Úrsula não resistiu... – sussurra ainda abraçado ao meu corpo e eu retribuo ao abraço segurando as minhas lágrimas

*Flashback on*

Any- Papai! Fala comigo papai! Não me deixe aqui! – balancei o corpo do meu papai que estava parado

Carlos- Sai Any, ele está morto! – grita tentando me tirar de cima do meu papai mas eu não queria, ele precisa de mim

Any- Não, ele precisa de mim, a mamãe... Ela precisa saber – me levanto e saiu correndo do escritório do papai indo para o quarto dele e da mamãe – Mamãe, mamãe! O papai tá dodói, mamãe... – grito desesperada e ao abrir a porta minha vida acabou de se destruir – NÃO! Irmãzinha, mamãe... Não me deixe mamãe, mamãe fale comigo! – a mamãe estava cheia de sangue, deitada na cama. Seus olhinhos estavam fechados ela não respirava mais

Carlos- Vamos Any! Precisamos sair daqui. – me puxa, me pegando no colo

Any- Não, a mamãe e o papai precisam de mim; eles precisam de mim.

Carlos- Eles não precisam mais de você Any, eles te odeiam! – me arrasta pelo corredor saindo da casa

Any- NÃO! MAMÃE! PAPAI! SOCORRO!

*Flashback off*

Ron- Any, está bem? – desperto de meus pensamentos e assinto enxugando as lágrimas que molharam o meu rosto – Você pode preparar o funeral dela, por favor? – volta à questionar e eu apenas balanço a cabeça concordando – Obrigado! – sorrio fechado

Any- Cadê o Josh? – questiono preocupada ao perceber que o mais novo não havia chegado em casa

Ron- Ele ficou transtornado, correu pra casa onde morava com a mãe, duvido ele sair de lá tão cedo. – responde parecendo estar anestesiado com a perda de sua ex esposa, mulher com quem formou uma família maravilhosa

Any- Vai descansar um pouco, eu vou preparar tudo por aqui. – me levanto enxugando minhas lágrimas

Sinto o olhar triste do homem que apenas assentiu levantando-se, um beijo carinhoso fora deixado na minha testa e em instantes o mesmo já subia as escadas rumo ao quarto para descansar pelo menos um pouco.

Peguei meu celular, pelo menos agora eu tenho, e comecei à procurar cemitérios que não fossem muito caros mas que desse o conforto necessário à falecida e seus familiares nesse momento tão difícil. Eu olhava no notebook do Ron, alguns familiares da tia Úrsula que ele tinha em seus contatos e enviei mensagem para todos que confirmaram a presença tristes com a notícia que apesar de ser esperada pelos médicos, ninguém queria que acontecesse.

Depois de tudo certo, caixão, coroa de flores, horário de velório e sepultamento, número de pessoas presentes na despedida e transporte até o cemitério; caminhei até a cozinha e preparei uma sopa de verduras para que o Ron pudesse se alimentar um pouco.

Any- Licença! – abrir lentamente a porta do quarto encontrando o homem jogado no quarto com uma garrafa de whisky me uma das mãos

Ron- A culpa é sua, vadia desgraçada! – aponta pra mim me assustando – Foi por sua culpa que a minha mulher morreu! Você não passa de uma putinha frágil que acha que perdeu os pais. Seu pai está vivo, muito bem vivo; te vigia por todos os dias, vendo a meretriz, prostituta que a filhinha amada se tornou. – ele estava bêbado novamente, soltei um suspiro pesado e frustado pois sabia onde isso podia acontecer

Any- Vim trazer uma sopa pra você, precisa de alimentar! – digo calma sem me aproximar tanto do homem que estava visivelmente alterado

Ron- Eu não quero essa porcaria! – bate a mão na bandeja derrubando a mesma no chão quase me queimando – Vem aqui! Você vai gemer bem alto pro seu homem porque é só pra isso que você serve. – as mãos fortes do homem me puxaram e jogaram meu corpo sobre o colchão com certa brutalidade

Eu não tinha mais reação para essas ações do mais velho, tinha que ceder aos seus ataques sempre que bebia. Minha roupa foi arrancada, ou melhor, rasgada do meu corpo e não demorou para que o homem começasse à se relacionar comigo deixando alguns beijos molhados em meu pescoço me fazendo ter nojo de mim mesma. Ser vulnerável em suas mãos e suas provocações era o que me fazia ter ódio de mim mesma, sempre era a mesma coisa. Só fazíamos sexo contra a minha vontade, apenas quando ele queria.

Eu me sentia um lixo nas mãos daquele homem que se dizia ser meu marido. Eu não aguento mais ser submissa de seus caprichos, não vivi minha vida para seguir apenas o que os outros ditam e ordenam. Às vezes o melhor à se fazer é tirar a própria vida, quem sabe assim esse sofrimento todo não acaba.

❀❁❀❁❀❁❀❁❀❁❀❁❀❁❀❁❀❁❀❁

Eita que esse capítulo foi triste por a tia Úrsula ter vindo à falecer, mas de deixar a gente p da vida. Esse Ron não cansa né? Sempre estuprando a Any, tadinha! E sobre essa história dos pais da Any, será mesmo que eles estão vivos? O que será que aconteceu com eles?

E aí? Cê tá gostando da fic? Tem alguma teoria ou sugestão para os próximos capítulos?
1. Vote
2. Comente
3. Compartilhe
4. Acompanhe nosso insta: unido_agora_

Um beijão e até o próximo capítulo!

A Madastra! - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora