Mais sobre nós

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Wanda e Stephen saíram do quarto tomados banho e bem cheirosos, Wanda se teleportou diretamente para o centro de Kamar-taj e Stephen ficou no Sanctum para continuar sua pesquisa onde ficaria por um tempo. Ele entrou na sala de encantamentos  do Sanctum e abriu o Livro de Vishanti que estava ajudando a entender a magia e conexão dos dois, abriu seu caderno de anotações e se sentou na cadeira, seria outro dia longo. Sabia que já estava muito avançado no entendimento sobre o que ele chama de Conjuração. Era o nome mais bonito que ele achou para nomear aquela união demasiada de poder. Entre ele e Wanda. Sabia que chegaria num ponto onde ele precisaria da ruiva para continuar a pesquisa, mas mesmo assim, não sentia que era a hora, estava escondendo? Sim. Mas algo dizia que deveria ser assim, se era Deus ou os demônios já era uma coisa que ele não decifrou ainda, focado nos estudos, a imagem de Wanda na noite passada se figurou na sua mente tão nítida que ele ajeitou até a postura na cadeira. Ela, toda somente pra ele, de um jeito que ele não teria coragem de pedir de novo. Era um cachorro obediente e faria tudo que sua dona, vulgo Wanda mandar, ele ficou paralisado na noite passada, no primeiro beijo deles no pier, se levantou rapidamente, guardou os livros e encantamentos e abriu um portal pra onde qualquer lugar que Wanda estivesse.

Wanda havia chegado no Kamar-taj e foi diretamente para a biblioteca onde sabia que acharia seu amigo, passou pela grande porta com alguns livros na mão, olhando agitada para os lados a procura de Wong.
— Wong?
O chamou,  e de primeira o mesmo apareceu entre as estantes do local.
— Wanda!! Como você está?
Abraçou a garota. Os dois sorriam como amigas no recreio prontas pra contar uma fofoca.
— Como foi a noite ontem?
Ele perguntou puxando a cadeira para se sentar. Wanda o seguiu.
— Wong, o Stephen é...
Ela procurou a melhor das palavras pra descrever tudo que ela achava dele:
— Ele é majestoso.
Não sabia se essa palavra é a certa, mas era a primeira coisa que veio na mente.
— Ele e você?
Ele apontou pra ela e depois bateu o dorso na palma da mão pra insinuar o sexo.
— Sim, transamos.
Ela falou baixo. Os dois riram, pareciam adolescentes depois de aprontar na festa.
— Foi sua primeira vez?
Wong questionou ela e a mesma corou.
— Foi sim, e acho que não me arrependo.
Ela falou enquanto colocava os livros na mesa.
— Ele é bom na cama?
Wong falou segurando a risada.
— Pra uma primeira vez acho que não conseguiria ter pensado em algo melhor.
Ela parou tentando se recordar da noite.
— A gente... Se conectou.
Ela disse olhando pro nada a sua frente.
— Se conectou?
— É. Aquela magia... Nossa união, no final a gente estava conectado a ela, eu não sei explicar.
Ela se virou para Wong tentando buscar palavras.
— Era algo além do sexual, era místico.
Wong arregalou os olhos.

— Você já falou com ele sobre isso? Pode ser algo importante.
Ela assentiu.
— Bem, eu só vim trazer os livros e te falar isso, vou voltar pro Sanctum pra continuar minhas anotações.
Antes dela completar a frase, um portal foi aberto atrás dele e Stephen saiu dele, Wanda e Wong se entreolharam curiosos, por que ele viera?
— Stephen, você sabe que não pode conjurar portais dentro da biblioteca.
Stephen olhou fixamente para Wanda.
— Não sabia que ela estava aqui.
Falou sem graça.
— Estava me procurando?
Ela se aproximou de Stephen e ficou a centímetros do corpo dele. Eles se encararam procurando respostas na entrelinhas do rosto.
— O que você quer?
Ela questionou ao moreno.
— Preciso...
Ele buscava palavras ou estava tentando dar um motivo para sua vinda?
— Eu preciso saber se você tem algo pra me ajudar a entender a Conjuração.
— Conjuração?
— É. Nossa conexão.
Ele cruzou os dedos da mão a frente da barriga como estivesse aprontando algo.
— E desde quando isso se chama Conjuração?
— Desde que eu nomeei.
Ele sorriu de canto.
— Só você. Você nomeou sozinho uma coisa que envolve nós dois.

Ela falou em um tom chateado, ele descruzou os dedos e puxou ela pra perto do seu corpo rapidamente, de reação ela colocou as mãos no peito dele no mesmo instante que recuperava o ar. Os dois tinham a bocas a centímetros de distância.

Wong observava de longe e se escondeu atrás de umas estantes para não ficar na vista deles.

— Qual nome você sugere?
Ele apertou a cintura com os dedos, Wanda arrepiou por inteira.
— Acho que estou começando a gostar de Conjuração.
Os dois riram. Stephen tentou beija-la, mas a mesma se afastou e ele ficou confuso.
— Aqui não é lugar pra beijos... Você mesmo disse.
Ela mordeu os lábios. Ele piscou os olhos e mostrou arrependimento por ter dito isso alguma vez, pois agora que queria, Wanda diria não de vingança.
— Então, pode ser Conjuração?
Ele trocou de assunto pôs estava perdendo.
— Pode sim.
Ela abraçou ele. Ele retribuiu.
— A gente, ontem... Aconteceu a Conjuração. Né?
Wanda sussurrou no ouvido dele.
— Sim. Pelo que parece...,
Ele respondeu.
— Mas eu não sei o que significa ainda.
— E o que você sabe, Stephen?
Ele se calou.
— Eu preciso de você pra continuar.
Aquelas palavras vieram como nostalgia, já tinha escutado essas palavras de alguém, não sabia quem... Talvez Visão, Mercúrio... Clint. Dela mesma.
Ela se aconchegou nos braços dele e suspirou fundo. Ele não entendeu aquele silêncio mas não ousaria rompe-lo. Abraçou ela mais forte.
— Eu vou com você.
Ela disse baixo.
— Estamos indo, Wong.
Stephen abriu outro portal.
O asiático saiu das prateleiras e fez que sim com a cabeça.
— Cuida dele, Wanda.
A ruiva sorriu.
— Pode apostar que eu vou.
— De quem vocês vão cuidar?
Stephen falou desconfiado. Os três se entreolharam.
— Ninguém, pode ficar calmo Stephen.
Ela bateu nas costas dele.
Wong disfarçou o riso e os dois voltaram ao Sanctum. Diretamente na sala de feitiço, na da onde aconteceu a conexão e também toda a confusão. Wanda parou drasticamente na frente do portal, Stephen colocou a mão nas costas dela.
— Não pode fugir.
Ela respirou fundo.
— Foi minha culpa...
Stephen bufou.
— Já passamos por isso antes, você já sabe que não é assim.
— Eu quase matei você.
Ela voltou o rosto para Stephen e colocou a mão delicadamente em sua bochecha.
— Mas não o fez.
Ele guiou ela calmamente para as cadeiras que estavam na frente de uma mesa cheia de folhas e livros.
— Sente-se. Vamos começar nossa pesquisa.

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Votem ★

Sim galera, eu tô viva.

ScarlatStrange || The true love storyOnde histórias criam vida. Descubra agora