Alice Pérez com certeza é uma mulher de gênio forte e muita opinião própria. Depois de receber uma ótima proposta de trabalho e se mudar para São Paulo, ela vê seu nome envolvido em uma polêmica, após fazer comentários sobre um certo jogador. O que...
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Arrumei-me um pouco antes do horário marcado com o Piquerez. Não queria faze-lo esperar, apesar de não ser muito obcecada por moda, eu tinha lá minha vaidade. Não queria me vestir de qualquer jeito!
Com a ajuda da Liz, as coisas pareceu andar mais rápido. Ela me emprestou um de seus vestidos, esses que ela usava para encontrar os seus peguetes, isso antes do Pirani é claro. Optamos por um preto, colado ao corpo detalhado com brilho. É, nada mal!
Enquanto esperava o jogador, a Liz e eu jogávamos conversa fora. Minha amiga parecia mais empolgada com esse jantar que eu, se eu seguisse todas as coisas que ela me disse, certamente iremos para em um motel!
Era tão absurdos as suas "dicas de conquista" que a única reação que eu esbolsei foi uma sonora gargalhada. Ela estava louca se acha que vai rolar algo entre o palmeirense e eu! Não, claro que não! Era um jantar de amigos, apenas.
— Não seja exagerada, entre o Piquerez e eu não vai rolar nada! — Garanti firme. A mesma me passou um olhar de como se quisesse dizer; "ah, jura?" — Não me olha assim vadia, eu estou falando sério. — joguei-lhe uma das almofadas do sofá.
— Tá, se você diz! Eu finjo acreditar. — Riu alto e saiu correndo até o quarto, antes que eu lhe acertasse outra almofada.
Até pensei em ir atrás da garota, mas minha ação é Interrompida antes mesmo de ser concluída. De longe pude ouvir a buzina do lado de fora, o objeto macio em minhas mãos logo cai sobre o chão. Merda! As batidas do meu coração acelerou em batimentos intensos. Aproximei-me da janela e vi seu carro estacionado na frente do meu prédio. Apesar da distância, não pude deixar de nota o quanto ele estava bonito!
— Ele chegou! — avisei minha amiga, que veio até a mim como flash. A mesma me empurrou um pouco para lado e passou a observa-lo pela janela, como eu fazia.
— Então desce longo sua boba! Vai deixa-lo esperar?
Era como se eu fosse uma criança e a Lizandra minha mãe! Porque verdadeiramente eu só me toquei que tinha que descer por conta de seus gritos eufóricos! Estava nervosa, mal conseguia raciocinar direito. Tenho medo do que esse jantar pode significar.
(…)
O restaurante que Joaquin me levou era italiano, e eu claro como uma boa adoradora de massas fiquei super feliz. O lugar não estava muito cheio, mas isso não impedia os olhares de algumas pessoas em nossa direção, o que me deixava um pouco desconfortável. Enquanto o palmeirense falava um pouco sobre sua vida, eu o observava em silêncio. Naquela noite ele estava ainda mais gato que o normal. Vestia uma camiseta branca destrancando seus músculos, uma calça jeans escura, um belo tênis no pé, um relógio que valia mais que meu apartamento e o charme principal era a correntinha que ele usava no pescoço, fora o cheiro de perfume importado que emanava dele, podendo ser sentido a metros de distância. Resumindo, ele estava um puta de um gostoso e eu tentei evitar meus pensamentos maldosos a cada vez que ele sorria pra mim.
