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Duarte Lobo

Eu precisava acabar com aquilo de uma vez.

- Por favor, para! Imploro-te.

- Cala a boca!

- Ao menos acaba com isto de uma vez, Duarte!

- Isso não me cabe a mim decidir. Yasmin já esta a chegar para fazer o que tem a fazer.

- YYasmin? O que é que ela tem a ver com isto?

- És mesmo idiota, não és? Achas mesmo que isto esta a acontecer porque eu quero? Não ia perder o meu tempo desta maneira. - Aquela rapariga não parava de falar por um minuto e isso começava a irritar-me. - Dá para calares a boca!?

Gritei dando-lhe um murro na cara de seguida, fazendo ela desmaiar. Peguei no telemóvel.

-sim?

-porra Yasmin! Onde estas?

- Vai com calma flor, estou a chegar.

Desliguei, guardando o telemóvel. Mas que merda! Já estou aqui a muito tempo com a rapariga. Vão acabar por dar falta dela, e Yasmin não facilitava. Era tudo em cima de mim e a história nem era comigo. Algumas horas depois ouço barulhos vindos do lado de fora. Peguei na minha arma, apontando para a porta ficando alerta.

- Porra Yasmin! A isso é que chamas está a chegar?

- Ah cala a boca! Onde esta?

- Esta ali. - Disse apontando para o corpo caído no chão tapado por um lençol fino.

- Bem, fizeste o teu trabalho direitinho Dudu. - Disse ela enquanto segurava o meu queixo.

- Não me chames Dudu! Larga-me.

- Não me falas assim!

Yasmin afastou-se de mim em direcção ao corpo, dando um pontapé nas costelas dela. Fazendo a pequena gemer de dor.

- Acorda!

- YYasmin?

-surpresa bebe.

- O que é que queres comigo?

- Adivinha. - Yasmin tirou a arma do cinto das calças, apontando a cabeça da pequena. - Até a proxima vida Rafaela.

Assim que Yasmin apontou a arma para a pequena, ouvi um som familiar, sirene da polícia.

- Merda! Yasmin vamos, a polícia esta aqui!

- Porra! Olha bem para mim, se abrires a boca sobre quem te fez isto, vou atras de ti e não paro até te encontrar.

Já me estava a preparar para fugir, até que Yasmin deu outro pontapé nas costelas da pequena e puxou-me pela cintura, dando-me um beijo forçado. A certas coisas que temos de aguentar por sobrevivência.

Erika Dias

Acordo com o mesmo barulho irritante de sempre. O despertador, o maldito despertador. Levanto-me da cama, vou á casa de banho para fazer a minha higiene matinal, e olho para o espelho.

- Credo Erika.

Estava quase irreconhecível com aquelas olheiras enormes, mais parecia uma panda. Lavei os dentes, liguei o chuveiro da banheira de seguida. Comecei a despir-me, atirando a roupa para o chão e pus-me debaixo do chuveiro, deixando a água percorrer o meu corpo.

Estava completamente relaxada no banho, ate que o meu telemóvel começou a tocar. Eu não ia sair toda molhada da casa de banho, quando saísse ligava de volta. Assim que terminei, peguei numa toalha, prendi o cabelo num coque mal feito e fui ver quem me tinha ligado. Ricardo era o meu namorado, a ligar-me as oito da manha num sábado não era normal. Algo deve ter acontecido, senão não ligava mas, acabei por ligar de volta.

Ghost FireOnde histórias criam vida. Descubra agora