II

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Duarte Lobo

- A serio que tinhas de fazer aquilo a frente dela Yasmin? - Perguntei.

- Algum problema?

- Não quero ser preso de novo.

- Anda logo, falas de mais.

Consegui convencer a Yasmin a sair dali. A sair daquele lugar. Ela realmente queria fazer aquilo? Matar a Rafaela? Enquanto a polícia estava quase ali a porta? Ela tem de se tratar ate porque a Rafaela não tem nada a ver com o irmão. Yasmin era a única pessoa que eu conhecia que mudava de humor em segundos, tipo de um gatinho fofo para um leão faminto.

- Para onde vamos agora? - Perguntei.

-para a minha casa como é óbvio.

Eu não queria ir. No começo, tipo a uns três anos atras, quando ela me fez entrar nesta vida, eu achava tudo divertido, a adrenalina, o perigo. Eu gostava da Yasmin como amiga na altura, mas ela tornou-se obcecada por mim, e não faço ideia o porque. Eu ganhei nojo dela, mas não podia fazer nada contra a Yasmin Fortado, uma das criminosas mais procuradas de Portugal. E não esta bem na hora de eu morrer. Já estávamos na casa da Yasmin quando resolvi falar.

- O que vais fazer em relação a Rafaela?

- Não sei, bem, não a posso matar agora.

- Matar é realmente a única opção? Por que é que para ti é sempre assim?

- Estas insatisfeito?

- N-não, só quis dizer que á formas de te aproximares do Eduardo sem ser matar a irmã dele.

- Eu faço o que quiser, e tu? Fazes o que eu mandar. Não queres ter problemas comigo pois não?

- Não Yasmin, não quero.

- Ótimo. - Disse ela aproximando-se de mim.

- Eu vou-me embora tenho coisas para fazer. - Disse indo em direção a saída, mas a caminho reparei em varias fotos espalhadas no sofá, de diferentes raparigas, mas uma me chamou a atenção, peguei na foto e guardei no bolso. Quando Yasmin apareceu, apontei para as fotos,

- O que é isto?

- Alvos, novos trabalhos, pessoas que já trabalharam para nos e nos traíram e alguns policiais e algumas pessoas marcadas.

Virei-me e continuei a caminhar ate a porta quando Yasmin me pegou no braço. Puxando-me para ela numa tentativa de beijo.

- Yasmin não! Eu não gosto de ti okay? Entende isso. - Disse arrependendo-me de seguida.

Yasmin levantou a mão dando-me uma chapada forte na cara e saiu de perto de mim, peguei na minha arma prendendo a mesma na parte de trás das calças e sai rapidamente dali, antes que ela mude de ideias e vá buscar a arma para me estourar os miolos.

Erika Dias

Já estava quase na hora do ricardo chegar, levantei-me da cama, mas voltei a sentar-me quando o telemóvel começou a tocar.

- Sim?

- Erika, estou a sair de casa agora sim?

- Okay.

Desliguei, não estava com paciência para conversas. Estava a sentir que algo não ia correr bem. Despi a minha roupa de andar por casa e vesti umas calças pretas rasgadas, uma sweat preta e umas sapatilhas brancas, estava a apanhar o cabelo num coque quando ouvi barulhos vindos da sala.

- Erika!

- Diz mama!

- Ricardo chegou!

Revirei os olhos enquanto fechei a porta do quarto. Desci as escadas a correr e deparei-me com o Ricardo sentado no sofá a olhar para o nada. Abanei a cabeça, dei um beijo a minha mãe e fui em direção a porta.

Ghost FireOnde histórias criam vida. Descubra agora