III

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Duarte Lobo

Acordei com o sol a bater-me na cara, olhei para as horas, 10:45. merda, tinha adormecido, levantei-me num salto. Despi-me, tomei um banho rápido, e voltei para o quarto, vesti umas calças pretas rasgadas, uma sweat preta, calçei os meus ténis brancos, peguei nos óculos de sol, carteira, telemóvel, chaves e corri ate a garagem. Conduzi rapidamente ate a casa da Erika, estacionando a porta, ajeitei o cabelo pelo retrovisor e tirei o numero dela do vidro do carro e liguei.

-humm? - ouvi a voz sonolenta dela. Suspirei de alivio por não ter sido a única a dormir ate tarde.

- bom dia pricesinha.

- Duarte? Minha Deusa, eu adormeci, desculpa, estas onde?

- ca fora, no carro, não te preocupes, eu também adormeci. - disse rindo.

- vou- me despachar num instante, da-me 15 minutos.

- okay.

Desliguei e pus música, dez minutos depois vejo ela a sair de casa. Erika usava umas calças pretas e uma sweat, sorri e sai do carro dando a volta para lhe poder abrir a porta para ela entrar.

- bom dia - disse ela dando-me um beijo na cara.

- bom dia princesa. - disse sorrindo enquanto ela se ajeitava no carro.

Fechei a porta e entrei também no carro. dei partida do mesmo começando a conduzir para um café perto da praia que tinha uns croissants que era de comer e chorar por mais.

- então , quais são os planos que o senhor tem para hoje? - perguntou ela sorrindo.

- deixa-me surpreender-te. - sugeri sem desviar os olhos da estrada.

O resto do caminho foi em silencio, chegamos ao café e sentamo-nos numa mesa na esplanada, com a vista linda para a praia e com direito a ouvir as ondas bater. Pedi dois cappuccinos e dois croissants simples acabados de fazer. Comemos mantendo uma conversa agradável, ate chegar ao único assunto que eu não queria.

- então Duarte, em que é que trabalhas? - perguntou ela sorrindo.

- eu.. humm, gostaria de não falar nisso. - disse limpando a garganta, fixando o chao.

- estas desempregado? Isso não é vergonha nenhuma sabes?

- Não Erika, não estou desempregado, mas o que eu faço, não é nada de bom.

- não me digas que es assassino contratado. - disse ela rindo animada.

- sou, tu é que ainda não sabes. - disse eu rindo, quando ela soubesse futuramente, pelo menos não pode dizer que eu menti.

Acabamos de comer, paguei e fomos novamente para o meu carro, mas não deixei ela entrar. Puxei-a fazendo-a ficar frente a frente comigo.

- não vamos para o carro novamente, vamos caminhar pela praia um bocado, depois de almoço vamos a um lugar.

- já vi que tens tudo planeado. - disse dando-me um pequeno beijo. O que me fez sorrir.

Deixamos as sapatilhas na mala do carro, e ela puxou-me enquanto ria para a praia. Caminhamos na praia durante horas, a conversar, fazer piadas, rir, e assim foi algumas horas, sentamo-nos na areia, Erika usara a minha perna como almofada e eu instintivamente fiquei a mexer-lhe no cabelo, a fazer-lhe carinho, ela levantou-se e aproveitei para olhar para o relógio, eram tres e meia da tarde. Olhei para a Erika que estava a observar as ondas do mar a bater. Levantei-me aproximando-me dela devagar e apertei-lhe a bochecha dando um beijo de seguida, onde apertara. Ela riu e aninhou-se em mim, aproveitei para a abraçar. Ficamos assim durante algum tempo, mas isso acabou quando ela se soltou do meu abraço e andou ate a água, virou-se para mim, sorriu com um olhar desafiador e com os pes mandou-me água para cima. E porra que a água estava gelada, arfei e olhei para ela sorrindo da mesma forma que ela, so que agora ela gargalhava.

Ghost FireOnde histórias criam vida. Descubra agora