12.3 - Eu sempre estrago tudo

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FLÁVIA

Três meses depois

Minha vida estava bem agitada nos últimos tempos devido a produção do meu próximo trabalho musical, estávamos com alguns problemas, pois eu queria algo 100% autoral, mas andava totalmente sem inspiração, o que me deixava em completa agonia, a gravadora já cobrava por músicas novas.

Fora isso, eu e Gui continuávamos com a nossa "amizade colorida" sigilosa e tudo com ele era maravilhoso, porém havia uma questão: Quanto mais o tempo passava mais eu percebia que os meus sentimentos estavam se intensificado, podia jurar que isso também acontecia com o meu melhor amigo e esta constatação me deixava apavorada.

Nunca permiti que ninguém entrasse no meu coração de maneira profunda, embora amasse escrever sobre amor nas minhas músicas a ideia de entrar de cabeça em uma relação me assustava muito.

— Em que você tanto pensa? — Guilherme perguntou me abraçando por trás.

Geralmente nos encontrávamos à noite, ele fazia o jantar e nós ficávamos conversando e nos agarrando até dormirmos colados um ao outro, mas naquele dia em especial os dois tinham o dia livre.

— Em muitas coisas... — Suspirei sentindo um arrepio quando seus lábios beijaram meu pescoço.

— Podíamos fazer algo diferente hoje, né? Aproveitar a folga na agenda. — Guilherme disse animado.

— O que o doutor sugere? — Perguntei curiosa, sabendo perfeitamente que meu melhor amigo já tinha algo planejado.

— É uma surpresa baixinha!

— Eu tenho ansiedade, Guilherme, me conta logo! — Pedi juntando as mãos.

— Não, mas eu garanto que você vai gostar. — Disso eu não tinha dúvidas, o mesmo me conhecia como ninguém.

— Tá bom, já vi que não tem jeito mesmo, vamos logo! — Falei impaciente e ele riu antes de me dar um selinho.

— Não acredito que você lembrou da minha vontade de aprender a patinar! — Exclamei com um sorriso olhando para a pista de gelo.

— Eu lembro de tudo relacionado a você Flávia e uma vez eu prometi que te ensinaria, os anos de aula em dupla com a Betina que ela me obrigou a fazer devem servir para alguma coisa. Vem! A pista é só nossa por suas horas.

— Você alugou a pista só pra gente? — Perguntei surpresa.

— Claro, preciso ver você caindo com exclusividade. — Brincou e eu dei um tapa em seu ombro.

Guilherme me ajudou a colocar os patins e suas mãos estavam firmes na minha cintura quando entramos na pista.

Guilherme me ajudou a colocar os patins e suas mãos estavam firmes na minha cintura quando entramos na pista

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Parte do meu coração - Oneshots Flagui Onde histórias criam vida. Descubra agora