Capítulo IV

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•O estranho a minha porta•

Bella dirigiu até sua casa, contrariando todo o seu bom senso, levou a garota de cabelos pretos até seu quarto, onde a mesma desabou na cama.

O coração de Bella se confortou, se sentiu aliviada por estar em casa, tinha uma estranha em sua cama que havia matado um vampiro, mas a única coisa que ela pensava era nas asas. Sua convidada estava imóvel, dormindo.
Horas haviam passado desde o encontro com Laurent. A humana acabou adormecendo em sua cadeira de balanço.

"Algumas pessoas nunca enlouquecem.
Elas devem levar uma vida verdadeiramente horrivel.
Malditas pessoas tediosas.
Em toda face da Terra, propagando novas malditas pessoas tediosas.
Que show de horrores.
A terra está tomada por elas. "

Não era a primeira vez que Bella havia sonhado com livros que não conhecia. Ela escutava uma voz rouca, distante, sem dúvida familiar. Como algo de outra vida, ou talvez fosse algo menos complexo do que ela gostaria de imaginar.

Quando seus olhos abriram a cama estava vazia , tentando esquecer o sonho e colocar seus pensamentos em ordem, Bella se levantou.

-Me procurando?.

Bella se virou para a porta observando a garota que usava seu roupão.

-Tudo bem. -Com um suspiro Bella sentou-se na cama, nada normal acontecia com ela. Ela era um imã vivo para problemas. -hhmmm eu tenho perguntas.

-Eu que tenho sérias perguntas para você!!. -Disse com deboche se sentando na cama. -Garota! Por que toda vez que encontro você, você está a beira da morte?

Seus olhos lacrimejaram instantaneamente.
E Seraphine a observava confusa, assumindo para si que talvez a humana fosse verdadeiramente louca. Sem dúvida tinha algum problema mental.

Seraphine insistiu para que Bella contasse a história. E com uma certa relutância a humana contou tudo, pela primeira vez. Quebrando a sua promessa de manter segredo. Mas ela realmente devia algo para eles?

-Então é por isso que a vampira veio atrás de você?

-Sim...bom é minha vez agora.

-Pergunta.

-O que você é exatamente?.

-Pensei que as asas tinha me entregado. -Ela revirou os olhos deitando na cama. Seus olhos eram como os de gato. Talvez sua personalidade também se assemelha-se quase que demais a de um gato preto.

-Onde elas estão agora?.

-Escondidas.

-Então você veio porque eu quase morri?.

A morena soltou um riso. -Se cada anjo tivesse que descer até a terra porque um humano quase morreu a cidade prateada já estaria vazia.

-Você é realmente um anjo.. -Bella afirmava para si mesma.

O silêncio tomou conta do quarto por longos quarentas minutos. A morena não interviu, deu o tempo que a humana precisava.


•Seraphine•

Tinha algo sobre aquela humana, a dor dela chamou sua atenção, a falta de medo a deixava em uma agonia dormente e constante.
Uma piada cruel do Destino eu tê-la tirado da água. Talvez eu devesse tê-la deixado morrer.
Talvez a morte fosse inevitável para ela. Eu deveria acabar com essa agonia. Ou permiti-la que acabasse por conta própria....

Estrela da Manhã        (Nova Versão) Onde histórias criam vida. Descubra agora