PACTO (ERERI - RIREN)

UM - PRÓLOGO

NOTAS DA AUTORA
Oi, leitores! Tudo bem? :) Aqui é a Gabi falando e bem-vindos e mais uma estória minha.
Quero trazer alguns avisos iniciais. Essa estória é quase uma darkfic, um romance entre DEMÔNIO E HUMANO. Então alguns questionamentos, falas, posicionamentos de personagens podem não agradar alguns, principalmente no quesito religioso; porém, deixo claro que não quero atingir ou denegrir NENHUMA religião. Sou neutra em relação a tudo e respeito igualmente toda crença religiosa e fé como um todo, da mesma forma que tenho a minha fé e crença. Essa é apenas uma obra de fictícia, para entretenimento, saibam separar a ficção da realidade. ♥
Ah, outra coisinha. Essa estória tem gatilhos sobre suicídio bem explícitos e pode apresentar cenas violentas. Leiam com cuidado caso forem sensíveis, ok? ♥
No mais é isso, obrigada a quem continuar e boa leitura, pessoal. ♥

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Eren estava mais uma vez naquele quarto branco, pequeno e gelado segurando a mão de sua mãe. Havia perdido a conta de quantos dias ela estava naquela situação. Estava tão magra e pálida e seus cabelos castanhos estavam curtos agora, pois os médicos haviam desistido da quimioterapia e resolveram colocá-la apenas nos cuidados paliativos.

Suspirava triste ao vê-la naquela situação. Sentia-se impotente demais. Sua mãe não merecia passar por isso. Sempre foi uma pessoa muito acolhedora com tudo e com todos, ajudando todos sempre que tinha a oportunidade e foi muito amorosa sempre. Por que aquilo estava acontecendo?

Que mundo injusto era aquele?

— Boa tarde. — Uma enfermeira sorridente entrou. — Eren, poderia sair por um instante? Irei aplicar a medicação nela.

Eren apenas concordou em silêncio e deixou a sala.

Parou no corredor, levando as mãos nos fios castanhos e bagunçando-os em pura frustração. Sua mãe havia sido diagnosticada com câncer no estômago, logo depois no fígado, depois no intestino e, quando se deram conta, havia se tornado uma metástase. Não havia nada a ser feito. Fizeram sessões de quimioterapia para ver se conseguiam brecar a doença, mas em vão. A cada exame feito só evidenciava o estado crítico que Carla estava e as cirurgias não ajudariam em mais nada, seriam apenas um sofrimento a mais para ela.

— Eren Jaeger? — Uma voz feminina chamou e o garoto virou-se. — Está sozinho?

— Sim, doutora. — Eren virou-se. Era a oncologista que tomava conta do caso de sua mãe.

— Tem um minuto? Preciso conversar com você sobre os últimos exames.

Eren apenas concordou, indo até uma pequena sala – provavelmente sala daquela médica em específico – e a doutora fez um sinal com a mão para que ele se sentasse lá e o garoto o fez, encarando-a no processo.

— Diga que tem notícias boas dessa vez, doutora Anka. — Eren rezava por aquilo todos os dias: para que um milagre acontecesse e sua mãe fosse curada de todo aquele sofrimento.

— Infelizmente não, Eren. — A médica apenas suspirou. — Sua mãe está sendo forte lutando pela vida, mas não sei quanto tempo mais seu corpo aguentará tudo isso... As notícias não são das melhores, o câncer está se espalhando mais rápido do que esperávamos. Se continuar assim, temo que ela não passará desse mês... Sinto muito.

Eren deixou um soluço involuntário escapar do fundo da sua garganta. Não poderia perder a sua mãe, não agora. Não naquele momento. Ela não merecia sofrer nada daquilo. Se pudesse sofreria no lugar dela. Se pudesse passaria por tudo o que ela estava passando apenas para livrá-la de tudo aquilo.