Uma semana inteira se passou desde que saímos com Ranpo e Koichi, desde aquele dia Ayato vinha agindo de forma estranha.
Ele não me tratava mal, porém estava distante e sempre que eu o chamava para fazer algo ele dizia que estava ocupado.
Eu perguntei por aí e não tinha nada de errado com a empresa recentemente, na verdade tínhamos nos erguido consideravelmente desde a última crise, então, teoricamente, não era para Ayato estar me ignorando tanto, mas ainda sim ele não tinha tempo para almoçar junto e sempre demorava para responder as mensagens.
Definitivamente tinha algo errado, eu não podia mais fingir não ver.
Eu esperei a oportunidade perfeita com a paciência de um soldado. Manipulei algumas peças do tabuleiro e consegui, numa sexta à noite, ficar sozinho com ele no departamento de segurança. Ele estava na sala de Ranpo terminando alguns relatórios semanais pelo irmão e eu entrei lhe levando um copo de café puro.
- Ah, obrigado. - Ele sorriu para mim, mas logo desceu os olhos para o monitor.
Era nesse momento que eu me afastava e deixava-o em paz com a mente perturbada, mas dessa vez não, eu dei a volta na mesa e virei sua cadeira à força, ficando frente a frente com ele para conseguir me sentar em seu colo, ambas as pernas ao redor da sua cintura.
- Custa você olhar para mim um pouco? - Murmurei devolvendo toda a birra que ele fez comigo.
Um sorriso charmoso nasceu no canto dos seus lábios e as mãos dele foram para a minha cintura.
- Desde quando tenho um namorado tão carente? - Ele provocou de volta, enterrando o rosto na curva do meu pescoço e inspirando fundo o cheiro do meu perfume.
Isso me arrepiou dos pés à cabeça, não nego...
- Você está trabalhando muito ultimamente, eu quero um pouco de atenção também... - Arfei sem querer, inclinando a cabeça para trás enquanto sentia os lábios dele roçarem em meu pescoço em beijos que não eram beijos.
- Me desculpe, meu amor. - Sussurrou mordiscando a ponta da minha orelha.
- Mas agora eu realmente preciso terminar isso, e eu estou muito cansado, podemos fazer isso depois? - Céus, a mesma desculpa de novo.
Isso estava me deixando muito, muito impaciente mesmo.
- Sério, o que está acontecendo, Ayato? - Perguntei afastando-o pelo peito.
Ele desviou aqueles olhos sinceros para o lado, um suspiro escapou dos lábios e ele parecia lutar muito contra algo dentro de si, o que me irritava era não saber o que era isso que lhe incomodava.
O idiota dizia que iríamos lidar com tudo juntos, mas quando era a sua vez de abrir o jogo ele ficava de draminha. Minha paciência tinha limite e ele não era muito amplo.
- Ok, se você não quer falar, foda-se. - Eu me levantei do colo dele.
- Lide com isso do jeito que quiser, não me importa se você não confia em mim. - Dei as costas e, mesmo sabendo que eu estava sendo imaturo, saí dali.
Mas foi dois passos e meu pulso foi segurado daquela forma clichê que eu via toda hora em filmes de romance. O mocinho da história era realmente forte e ser segurado daquela forma era realmente desconcertante.
Mas me fazer de difícil era uma arte que eu já dominava.
- Me solta, você parece ter a situação sob controle. - Mandei sem me virar, mas invés de obedecer ele me abraçou por trás firmemente.
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Meu Alvo
RomanceComo um militar de elite treinado e um espião de reputação eu não deveria cair nos encantos de um maldito príncipe encantado perfeito... não? Bem, não tenho orgulho disso, mas, em minha defesa, ele é muito bom na cam... Ele tem uma ótima personalid...